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Mostrando postagens de setembro, 2017

TV LINHAÇA - O MUTIRÃO DA MPB NO RÁDIO FM NO RIO DE JANEIRO

As rádios de pop adulto dão espaço à MPB, mas a predominância de música estrangeira impede que as emissoras preencham a lacuna da MPB FM, extinta há mais de cinco meses. Pelo menos duas rádios deveriam aumentar a quantidade de música brasileira na programação diária.

O POLÊMICO APOIO DO PT A AÉCIO NEVES

O Partido dos Trabalhadores se envolveu ontem em uma polêmica grave que pode botar tudo a perder. Embora com boas intenções, parte dos políticos do PT resolveu se solidarizar com Aécio Neves. Sabe-se que Aécio livrou-se de ser preso, mas o STF manteve o pedido de afastamento e a proibição do senador de sair à noite, o que rendeu piadas de que perder noitadas era pior do que ser preso. O parecer sobre o caso do senador foi adiado para a próxima semana. O PT reagiu à atitude do STF, defendendo que o Senado é que avalie o caso do tucano mineiro. A ideia era defender o cumprimento da lei, reprovando a ordem de afastamento do senador mineiro pelo Supremo Tribunal Federal e deixando a questão nas mãos do Conselho de Ética do Senado Federal. O PT entrou com representação contra Aécio no Conselho de Ética, esperando que o Senado analisasse a hipótese de afastamento do senador, um dos denunciados em delações de Joesley Batista, da JBS. O problema é que o PT assumiu, sem querer,

EMPRESÁRIOS CRIAM "FUNDO CÍVICO" PARA FINANCIAR CANDIDATOS "LIBERAIS"

No esforço de manter a plutocracia em alta na vida política do Brasil, um grupo de empresários decidiu criar um "fundo cívico" para financiar políticos afinados com ideais "liberais". A informação foi dada pelo colunista de O Globo, Lauro Jardim. O grupo, que pretende lançar oficialmente a ideia na próxima semana, em São Paulo, tem pelo menos quatro empresários notáveis. O mais carismático deles é o apresentador Luciano Huck, astro da Rede Globo, pai da gíria "balada", maior incentivador do "funk" no Brasil e dublê de filantropo. Há também dois membros do Conselhão do governo Michel Temer. Um é Nizan Guanaes, publicitário baiano, que recentemente pediu para Temer "aproveitar sua impopularidade para lançar medidas impopulares". Outro, Abílio Diniz, é sócio da empresa alimentícia BRF, cujo um dos executivos, ligado ao empresário, foi preso numa etapa da Operação Lava Jato. Há também o ex-presidente do Banco Central durant

A PRESSÃO PARA NÃO TER LULA NA CAMPANHA DE 2018

Lula, o mais popular presidente da República brasileira, sofre a pressão da Operação Lava Jato para ser banido da corrida presidencial de 2018. Tendo uma condenação, sendo réu em seis processos penais e denunciado em dois, o ex-presidente ainda tem mais problemas. Ele mesmo é alvo de seis novas apurações por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução a investigações. Seu braço-direito José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula, teve a condenação penal aumentada para 30 anos, nove meses e 10 dias, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A decisão foi dada pelo mesmo TRF-4, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região de Porto Alegre, que avalia a sentença de condenação dada por Sérgio Moro a Lula. Se o TRF-4 confirmar a sentença de Moro, Lula poderá se tornar inelegível. Tudo isso é tendencioso, feito na base de declarações não devidamente investigadas, e visa enfraquecer o PT até ele se

PARTE DAS ESQUERDAS DEFENDE POSTURAS ESTRANHAS

Neste país de convulsões sociais, as esquerdas mostram, em parte, posturas um tanto estranhas à sua natureza progressista. Essas posturas se referem ao desenvolvimentismo da ditadura militar e ao direito das mulheres até de cometer o chamado "golpe do baú". São posturas que se baseiam em argumentos aparentemente bem intencionados. No caso da ditadura militar, os argumentos se referem ao fato de que os generais fizeram a economia brasileira crescer e se tornar a oitava economia do mundo. Alegam que os generais implantaram um projeto desenvolvimentista que realizou grandes obras. Mas essas obras não envolveram interesses das classes populares, que ficaram de fora de participar dos resultados do desenvolvimento econômico. Além do mais, isso não compensava o ambiente de repressão, censura e torturas intensos. Há também a alegação aparentemente feminista de que as mulheres "devem apenas ser livres", num hedonismo cego e imprudente, incluindo a inclinação

O BRILHO DO THE WHO NO BRASIL EM COLAPSO

Por um bom tempo, as iniciais PT deixaram de ter a hostilidade habitual de uma boa parcela dos brasileiros. Elas são as iniciais de Pete Townshend, o vigoroso compositor e guitarrista do The Who, que com seu habitual parceiro e cantor Roger Daltrey e outros mais recentes, aqueceu a noite de sábado do Rock In Rio 2017. Com 72 e 73 anos, respectivamente, Pete e Roger são remanescentes da formação original da banda londrina que foi a terceira a se destacar na Invasão Britânica de 1964-1965. Os demais membros, o baterista Keith Moon e o baixista John Entwistle, faleceram, respectivamente, em 1978 e 2002. Mas os dois substitutos, Zak Starkey e Pino Paladino, conseguem compensar a ausência e se tornaram alunos exemplares dos falecidos músicos. Zak, sobretudo. Filho de Ringo Starr, ex-beatle que havia sido grande amigo de Moon além de ter atuado, com ele, no 200 Motels  de Frank Zappa, fez este padrinho do rapaz. Moon deu uma bateria para Zak no aniversário de 11 anos e este re

TV LINHAÇA: SOLTEIRICE E HIGIENIZAÇÃO SOCIAL

O estranho processo da mídia do entretenimento de enfatizar a solteirice nas classes populares como forma de evitar a geração de filhos que renovassem as populações de origem negra, índia ou mestiça.

EXÉRCITO NA ROCINHA E A INSEGURANÇA DAS CLASSES POPULARES

Mais um fato aparentemente de grande importância ocorre no Rio de Janeiro. Sete anos após a operação policial que resultou na primeira UPP no Complexo do Alemão, uma nova operação tem como foco central a favela da Rocinha, na Zona Sul carioca. Como na implantação do hoje fracassado projeto da UPP, toda uma pompa foi feita na operação de combate à violência na favela carioca vizinha a São Conrado. A grande mídia alardeou o fato como um "grande acontecimento", mas ele causa mais insegurança do que segurança entre as classes populares. Os policiais chegaram a invadir casas de inocentes, revistando objetos pessoais, sem qualquer notificação prévia. Os transeuntes também eram revistados de forma agressiva e impositiva, inclusive com agressões físicas e verbais por parte dos soldados. Em tese, a operação era uma medida urgente para combater o narcotráfico local, caçando seus principais chefões. Mas especialistas afirmam que os chefões não estão na favela, e quem fa

MÍDIA HEGEMÔNICA E A IMAGEM PEJORATIVA DA MULHER SOLTEIRA

As esquerdas médias não conseguem perceber as armadilhas que a mídia hegemônica traz no setor cultural. Muitas estranhezas ocorrem sob o aparente "mundo livre" do "popular demais". Uma delas é a imagem da mulher solteira trabalhada no Brasil, através de um mercado de entretenimento popularesco. Recentemente, foi lançada uma música em que a letra fala da mulher que voltou a ficar solteira. A intérprete é uma funqueira que nem tem cara nem jeito de solteira. Ela lembra aquelas senhoras que, quando falam numa reunião de condomínio, não passam mais de dois minutos sem mencionar a palavra "meu marido". Mas, para todo o efeito, a funqueira está "solteira de novo". E o mais estranho é que ela, nas últimas dez aparições quase sempre consecutivas, só falava que "estava solteira", algo que uma solteira de verdade não faria. Um discurso ensaiado, em que a funqueira falava em "procurar gatinhos" ou dizer coisas surradas

O BÊBADO, O EQUILIBRISTA E O CIRCO DA VISIBILIDADE

A música "O Bêbado e o Equilibrista", com melodias de João Bosco e letra de Aldir Blanc, foi uma crônica da crise da ditadura militar. Foi uma ideia calcada a partir de "Smile", de Charlie Chaplin, lançada em 1978, pouco depois do falecimento do comediante, músico e cineasta inglês, no Natal do ano anterior. Era um hino de esperança pela anistia e pela redemocratização, depois das tragédias da ditadura militar. A música começava e terminava como uma vinheta instrumental em arranjo circense tocado por um acordeon, intercalada por um samba, na famosa gravação de Elis Regina, em 1979. Era um outro período de crise, quando a Era Geisel não conseguia controlar a crise econômica e o Brasil vivia uma convulsão social. Naquela época, havia um sindicalista em plena ascensão política chamado Luís Inácio da Silva, o Lula, marido da hoje falecida Marisa Letícia e, mais tarde, fundador de um novo partido, o Partido dos Trabalhadores (PT). 38 anos depois, Aldir Bla

E A RESSACA DA MÚSICA "POPULAR DEMAIS E TRANSBRASILEIRA"?

A música brega-popularesca virou establishment , mas também entrou na ressaca do proselitismo que fazia com as forças progressistas, através da intelectualidade "bacana". Aquela festa feita sob o pretexto do "combate ao preconceito", que ocorria desde 2000 mas se impôs a todo vapor em 2005 também resultou numa pós-festa dolorosa e melancólica. Na semana passada, dois queridinhos da intelectualidade "bacana" que foram empurrados goela abaixo nas esquerdas culturais, fizeram comentários infelizes. Zezé di Camargo havia dito, na entrevista para Leda Nagle no perfil dela no YouTube, que o Brasil nunca teve uma ditadura militar, mas um "militarismo vigiado". Dias depois, no Encontro com Fátima Bernardes , o cantor Luís Carlos, do grupo de sambrega Raça Negra, fez um comentário machista. Disse que garotas menores de idade deveriam se vestir de "forma mais discreta" e evitar "roupas curtas e maquiagem para não atraírem o olha

A RESSACA DOS TEMPOS PÓS-IMPEACHMENT

ESSA RESSACA EM COPACABANA, RIO DE JANEIRO, FOI EM 2012 E AO PÉ DA LETRA. NO SENTIDO PSICOLÓGICO, A RESSACA QUE O RIO E O RESTO DO BRASIL VIVEM É OUTRA. A sociedade conservadora é boa de festa, mas ruim de ressaca. Depois da vitória do impeachment  e da comemoração pela saída de Dilma Rousseff do poder, os conservadores passaram a digerir uma pesada ressaca. Direitistas andam se desentendendo. O bolo do patrimonialismo não será dividido para todo mundo. Muitos dos 342 deputados que votaram a favor da abertura do processo de impeachment  e dos 61 senadores que votaram por sua conclusão, cairão no esquecimento e perderão o protagonismo. Uma série de fatores políticos provocou a crise e a decadência do governo do presidente Michel Temer, praticamente isolado e governando às costas do povo. É um contexto em que, pelo menos, dois "heróis" da direita militante tiveram encrencas sérias. Meses atrás, Alexandre Frota, que chegou a apresentar um "projeto pedagógico

A DECEPCIONANTE POLITIZAÇÃO DO SKANK

O Skank começou a se projetar nacionalmente há 25 anos, fazendo um pop descompromissado. Nada que fizesse mudar o mundo ou que se comparasse ao som, tecnicamente mais precário porém musicalmente mais visceral, das bandas de Rock Brasil dos anos 80. De certa forma, representou alguma opção musical nas paradas de sucesso tomadas pela supremacia brega-popularesca de 1990-1992. A "cara" da Era Collor havia sido os neo-bregas Chitãozinho & Xororó, Só Pra Contrariar (com Alexandre Pires), Grupo Molejo, Raça Negra, Chiclete Com Banana, Mastruz com Leite, Zezé di Camargo & Luciano e DJ Marlboro. Para se contrapor a esse comercialismo, o Rock Brasil e a MPB vieram com apostas, longe de terem o vigor artístico das gerações anteriores, mas bem intencionadas. Sabe-se que a MPB veio com Marisa Monte, a única exceção no sentido de se equiparar, em vigor artístico, à boa fase emepebista dos anos 1970. Junto a ela, vieram Adriana Calcanhoto, Chico César, Zeca Baleiro,

ROCK IN RIO 2017 NUM CONTEXTO EM QUE O ROCK E O RIO ESTÃO EM BAIXA

Se vivo estivesse, o ex-beatle John Lennon seria a última pessoa a aguentar ouvir a canção "Imagine". Parece estranho, mas não é. Nos lembremos de 1966. Os Beatles estavam com uma popularidade folgada, com uma grande legião de fãs, com um sucesso mundial invejável. Naquela época, começavam a romper com isso, numa atitude de risco. Gravando a melancólica "Eleanor Rigby", irritaram boa parte dos fãs. Naquele mesmo 1966, os quatro rapazes de Liverpool encerraram as apresentações ao vivo. Eles haviam lançado Revolver , o segundo disco com faixas psicodélicas - o primeiro foi Rubber Soul , no ano anterior - , preparando os fãs para uma virada de cabeça para baixo. O John Lennon de "I Want to Hold Your Hand", que em 1966 gravou a esquisita "Tomorrow Never Knows", brindava o público com estranhezas como "Lucy In The Sky With Diamonds", "I Am the Walrus" e "Strawberry Fields Forever". Em 1971, já em carreira

TV LINHAÇA: HUMOR - ROÇA IN RIO

Um retrato do surto de provincianismo que toma conta do Rio de Janeiro. Ouçam o som até o fim, mas, atenção: o som é uma tosqueira.

A TEIMOSIA DE UM SENHOR DE 77 ANOS

A poucos dias de deixar a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot apresentou segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. A denúncia acusa ele e outros políticos do PMDB de organização criminosa. Temer também é acusado, ao lado dos hoje detentos Joesley Batista, empresário do grupo JBS, e o braço-direito deste, o executivo Ricardo Saud, de obstruírem a Justiça nos inquéritos sobre corrupção. A denúncia foi apresentada num documento de 245 páginas. Os políticos do PMDB acusados de organização criminosa, além de Temer, são ex-ministros, ex-parlamentares e dois que ainda estão na equipe ministerial. São eles: Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Rodrigo Rocha Loures, Wellington Moreira Franco e Eliseu Padilha. Como sempre, Temer reagiu de maneira birrenta. Ele disse que a denúncia é "cheia de absurdos". Em outras ocasiões, Temer pediu suspeição do procurador Janot, o que é correto, pois este se revela tendencioso em sua atuação

SEGUNDO DEPOIMENTO DE LULA A SÉRGIO MORO PARECEU MAIS "TRANQUILO"

Lula compareceu ontem à tarde para depor ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, sobre a acusação de suposto esquema de corrupção com a empreiteira Odebrecht. As expectativas do depoimento pareciam sombrias. Diante de tanta pressão contra o ex-presidente, seus opositores estavam na torcida para ver se ele iria ser preso. Era um dia em que houve alguns presos, ex-aliados do presidente como Wesley Batista, irmão e sócio de Joesley Batista na JBS, e Anthony Garotinho, radialista e ex-governador do Rio de Janeiro. No mesmo dia, João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato na 8ª turma da TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª região), pediu pena maior para o também petista e ex-ministro-chefe do Gabinete Civil de Lula, José Dirceu. Gebran alegou "soma de punições" para as acusações de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele pede a volta de José Dirceu, hoje cumprindo prisão domiciliar, para a cadeia. Não foi. Lula fez seu depoimento, r

DO BREGA AO BRETAS E O SILÊNCIO DOS ARTISTAS AO CASO QUEERMUSEU

Numa época em que a provocatividade se torna uma mercadoria vendida por fenômenos que vão de Liniker e Inês Brasil até MC Carol, a solidariedade ao Queermuseu foi muito pálida. Os movimentos sociais deram solidariedade ao evento que ocorreu no Santander Cultural, em Porto Alegre, e que teve sua temporada abreviada após os protestos raivosos do Movimento Brasil Livre. Correu uma notícia de que Belo Horizonte está interessada em abrigar o evento. Mas o cancelamento em Porto Alegre causou um sério estrago: fortaleceu os neofascistas que fizeram campanha contra a exposição. Enquanto isso, há um grupo misto de famosos, entre atores, músicos e políticos, uns progressistas, outros ligados às campanhas do "Fora Dilma", que se juntaram por iniciativa da empresária Paula Lavigne. Fizeram um jogo de cena defendendo um "Fora Temer" que, de midiático demais, não teve os efeitos concretos esperados. Que fenômenos midiáticos podem se propagar como se fossem "o

QUERIDINHO DA INTELECTUALIDADE "BACANA", ZEZÉ DI CAMARGO NEGA QUE HOUVE DITADURA NO BRASIL

Queridinho da intelectualidade "bacana" e ícone da dita "reforma agrária da MPB", o cantor Zezé di Camargo, da famosa dupla com o irmão Luciano, cometeu uma incoerência histórica. Em entrevista à jornalista Leda Nagle, no canal dela no YouTube, ele veio com a "pérola" de afirmar que a ditadura militar nunca existiu no Brasil. Primeiro, Zezé afirmou que se considera um cidadão "politizado". "Me considero um cara muito politizado. Não imagino sendo político. Já tive convite pra isso, já conversei com alguns políticos e eles ficam impressionados com meu conhecimento político. Quero ser politizado para exercer meu direito como cidadão, e meu deveres", afirmou o cantor. Em seguida, ele acrescentou: “Vou falar um absurdo pra você, as pessoas vão me criticar, vão achar que sou um maluco. O momento que a gente vive hoje no Brasil... o Brasil lutou muito pela democracia". Mas, aí, Zezé disparou essa: "Mas eu fico com p