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Mostrando postagens de janeiro, 2021

DOMINGÃO DO FAUSTÃO SÓ FICARÁ NO AR ATÉ O FIM DESTE ANO

  Ainda haverá muitos domingos para ver o Fausto Silva falando "galera" umas 20 vezes por minuto, mas seu Domingão do Faustão já tem seu fim anunciado para dezembro de 2021. Isso reflete a crise da Rede Globo de Televisão, mas não podemos subestimar a ciranda midiática. Aparentemente, Luciano Huck cogitou desistir da corrida presidencial para substituir Faustão nas tardes de domingo. Em todo caso, o Brasil tende a ter um presidente neoliberal, ainda que seja um indicado por Huck, e isso quando as trapalhadas das esquerdas de glúteos ensandecidos (os "bumbum tantãs") não ajudarem a reeleger Jair Bolsonaro. O PT não vai voltar ao poder. Nem o PSOL. Infelizmente nossas esquerdas perderam o protagonismo, até pelos seus próprios erros. Deixam o povo morrer desempregado, para não dizer vítima da violência, principalmente no campo, e vão exaltar uma tolice como o sucesso do MC Fioti. Vivemos uma onda de imbecilização que se reflete até no mercado literário, com pessoas bot

"BUMBUM TANTÃ" NÃO VAI SALVAR A CIÊNCIA NEM CURAR A PANDEMIA

A imbecilização cultural dominante na sociedade lacração há muito contamina as esquerdas. A preocupante unanimidade em torno da música "Bum Bum Tan Tan", de MC Fioti chegou a níveis estratosféricos. Nunca se passou tanto pano numa ruindade musical. A palhaçada do "Bum Bum Tan Tan" foi tal que, de graça, atribuiu-se a MC Fioti "poderes" de "salvador da humanidade", "remédio para a Covid-19" e, pasmem, até como "historiador", pois atribuiu-se o suposto "hino da vacina" a um "retrato fiel (sic) da sociedade brasileira". E muita gente boa caiu nesse papo furado de que "Bum Bum Tan Tan" é "uma lição de História do Brasil". Preocupante uma bobagem dessas se tornar unanimidade nacional. Daqui a pouco nem será preciso se vacinar, porque o pessoal vai achar que basta ouvir "Bum Bum Tan Tan", mesmo em "bailes funk" hiper-aglomerados, que se vai curar da Covid-19. Cloroquina bol

'1984' DE ORWELL FOI O 'ESSES INTELECTUAIS PERTINENTES' DO SEU TEMPO

Recentemente, livros de George Orwell passaram a vender mais no mercado literário. Suas obras 1984  e Fazenda dos Animais  - renomeação do título em português de Animal Farm , antes conhecido, aqui, como "Revolução dos Bichos" (num tempo em que bicho era bicho e não pet , sacou, bicho?) - estão chegando até às listas dos mais vendidos no momento. 1984 , sobretudo, por causa das semelhanças com as distopias dos últimos tempos, envolvendo golpes políticos da extrema-direita e a pandemia. O que o pessoal não sabe é que 1984  foi uma espécie de Esses Intelectuais Pertinentes...   no sentido de que o livro já foi visto como obra literária intragável. Hoje, as pessoas fogem do meu importante livro - que explica o golpe de 2016 através de uma estranha campanha de intelectuais culturais - porque acham que existem "coisas mais importantes", como cavaleiros medievais a procura do segredo do cacete. Naquela época, boa parte do público médio do mercado literário torcia o nariz

ESQUERDAS SE LAMBUZAM COM O LEITE CONDENSADO DE JAIR BOLSONARO

LEITE CONDENSADO - JAIR BOLSONARO TEVE O "HÄAGEN DAZS" PARA CHAMAR DE SEU. As esquerdas andam se perdendo nas redes sociais, confusas num identitarismo festivo e esquizofrênico. Depois do "gado de esquerda" transformar o "bumbum tantã" de MC Fioti numa pretensa unanimidade, agora veio o caso do "leite condensado". A história foi essa. O jornal Metrópoles - não confundir com o grupo de mídia coronelista da Bahia, o Grupo Metrópole do barão midiático Mário Kertèsz - noticiou os gastos, que deram num total de mais de R$ 1,8 bilhão entre 2019 e 2020, do governo Jair Bolsonaro com alimentos. Foi o uso de dinheiro público para compra de temperos, salgadinhos, guloseimas etc. Os dados foram levantados com base em dados do Painel de Compras do Ministério da Economia. Segundo os dados, R$ 16,5 milhões foram gastos em batata frita empacotada, R$ 13,4 milhões em barra de cereais, R$ 12,4 milhões em ervilha em conserva, R$ 21,4 milhões em iogurte natural e,

A PEGADINHA DO LIVRO 'DIÁRIO DE UM JORNALISTA'

Quando lanço coletâneas em livro, me esforço em não oferecer o conteúdo exclusivamente lançado previamente na Internet. Quando lanço esse conteúdo, ele é raro e há uma adaptação dos textos na Internet que faz com que eles sejam diferentes e contem com informações extras. Não é, portanto, um trabalho preguiçoso daqueles que fizeram uma nulidade tipo Merval Pereira entrar de graça na Academia Brasileira de Letras. Minhas coletâneas incluem textos de várias fontes, e vários deles incluem textos nunca publicados na Internet e, quando publicados, estão fora do ar. A má vontade com que certas pessoas veem o livro Pelas Entranhas da Cultura Rock  revela essa confusão: acham que é cópia do que existe na Internet. Grande engano. E, além disso, mesmo quando costumo brincar com certas práticas, lançando a "versão americana" de Pelas Entranhas da Cultura Rock , intitulada O Mundo Não Quer Ler  - título inspirado na coletânea The World Won't Listen , dos Smiths - , capricho no conteúd

A PREOCUPANTE ONDA DO PSEUDO-CULT

MC FIOTI, MULHER TATUADA E BIG BROTHER BRASIL - CULTURA PSEUDO-ALTERNATIVA MONITORADA PELA MÍDIA HEGEMÔNICA. É extremamente preocupante o cenário cultural em que vivemos. A sociedade movida pelo contexto de lacrações e isolada nas verdadeiras bolhas que são as redes sociais andam sucumbindo a um culturalismo cada vez mais degradante. As pessoas se sujeitam a um establishment  cuja narrativa invertida tenta criar um falso contexto de vanguardas e culturas alternativas. Lança-se uma ideia de "liberdade" que mais parece a manutenção de zonas de conforto e a promoção de debilidades pessoais a pretensos empoderamentos de auto-afirmação e aceitação humana. Misturando cultura trash  com politicamente correto e politicamente incorreto, essa cultura hegemônica da lacração tenta se passar por contra-hegemônica, o que é um contrassenso. Mas nós temos que passar pano nesse contrassenso sob a ameaça de linchamento digital. A supremacia de um pseudo-cult , de vanguardas postiças, é preocup

A GAFE DO "TIM MAIA BRASILEIRO". MAS TEVE TAMBÉM A DO "TIM MAIA DO FUNK"

No programa Altas Horas, da Rede Globo, no último fim de semana, o funqueiro bolsonarista Latino, que nunca foi além de uma imitação fajuta do Stevie B, veio com uma gafe. Ao comentar sobre o Big Brother Brasil, que se tornou cult  no Brasil complacente que foi "tomar no cool " com bumbum tantã, Latino chamou Babu Santana de "Tim Maia brasileiro". A Internet caiu em cima. Um dos comentários mais divertidos que li disse o seguinte: "Se existe o Tim Maia brasileiro, quem será o Tim Maia estrangeiro?". Bom, ao menos o Latino não pode ser considerado o "Stevie B brasileiro" porque seria uma vergonha e, por incrível que pareça, acho a vertente do funk (autêntico) eletrônico, o freestyle , legal. Stevie B e Noel Pagan são dois cantores e compositores competentes no gênero. O problema é o "funk" daqui, que fingiu acolher o funk eletrônico de fora assim como o Espiritismo brasileiro (que como os "neopenteques" se ascendeu com a ajuda

HAJA PASSAGEM DE PANO EM "BUMBUM TANTÃ" E COMPANHIA

Não sei em que país vivo, porque, vendo as redes sociais e a mídia, deparo com mil barbaridades. Um artigo de Pedro Antunes, que até estava começando a gostar, por ser um dos poucos a fazer críticas à "vaca sagrada" do rock Guns N'Roses, sobre MC Fioti se soma à infinidade de textos entre vitimistas e chorosos que passam o pano na mediocridade do "funk" em geral. Já estava preparado para aceitar que o referido colunista do UOL não seria um oásis nessa erosão intelectual em que vive o Brasil.  Preciso manter-me atento. Afinal, vou fazer 50 anos em março (isso mesmo, 50 anos) e é a partir dos 50 que boa parte da humanidade precisa tomar cuidado para não ficar fazendo m****, como muita gente pós-50 anda fazendo. Paciência. A adolescência vem com tudo depois dos 50. E tanto empresário um pouco mais velho do que eu, com 52, 53, 55 anos, perguntando demais aos filhos de 17 anos em média a respeito do ENEM, que fica a impressão que esses pais é que querem fazer essas

TV LINHAÇA - CLÁSSICOS OU GRANDES SUCESSOS?

Por que, nos últimos anos, "clássicos" viraram sinônimo de "grandes sucessos"? Vídeo explica a situação.

BUMBUM TANTÃ?

Só no Brasil é que a mediocridade cultural é gourmetizada até o extremo. Combinando vitimismo, pretensiosismo e oportunismo, nosso viralatismo cultural passa a ganhar passagem de pano até de gente gabaritada que, no seu espiral do silêncio, precisa ter complacência para tudo, de "médiuns de peruca" a mulheres-frutas. Daí que vemos jornalistas musicais sérios dando só elogios à vergonhosa canastrice "roqueira" em FM da Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, uma rádio pop cuja maior frustração foi nunca ter sido uma Fluminense FM. No "funk", então, a passagem de pano é maior do que a que se faz em quarto abandonado cheio de poeira. Com direito a uma choradeira vitimista tão chorosa que é capaz de lotar, no mínimo, dez represas a serviço de hidrelétricas. Não bastasse a passagem de pano que se deu para o Negro do Borel, denunciado por assédio e até agressão sexual - a "carteirada" de ser funqueiro fez setores das esquerdas serem "cautelosas" nas

LAMENTÁVEL A KUARUP ADERIR À BREGALIZAÇÃO MUSICAL

MICHAEL SULLIVAN QUIS DESTRUIR A MPB, MAS AGORA PEGA CARONA NA MESMA PARA RECUPERAR A CARREIRA. Vida boa existe no Brasil. Gente que boicota ou destrói uma causa, e depois se torna seu pretenso arauto, quando vê que pode capitalizar vantagens pessoais com tal empreitada. Temos, por exemplo, lá em Salvador, o caso de Mário Kertèsz, que em 1990 desviou um monte de verbas financeiras para obras urbanas de grande envergadura para montar seu patrimônio midiático. Paralelo a isso, Kertèsz destruiu o Jornal da Bahia, praticamente matando o jornal, porque pôs fim à linha progressista e intelectualizada que marcou história no periódico baiano. Cerca de quinze anos depois, Kertèsz seduziu dois fundadores do JBa, Teixeira Gomes e João Falcão, que passaram a passar pano (não notem o trocadilho) naquele que matou o jornal dos dois. Doce vida. Só no Brasil as raposas destroem o galinheiro e depois são ovacionadas pelas galinhas. E aí temos o caso lamentável da Kuarup Discos, importante gravadora e p