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Mostrando postagens de junho, 2021

COVAXIN É O ESCÂNDALO QUE, LEVADO A SÉRIO, PODERIA DERRUBAR BOLSONARO

Se nossa classe jurídica e parlamentar fosse séria, já teria aberto processo de impeachment  contra o presidente Jair Bolsonaro. O escândalo da Covaxin, a vacina chinesa cuja aquisição foi superfaturada pelo governo, é o ápice de toda uma trajetória de corrupção, baixarias e de um criminoso desprezo à vida do presidente que ignorou as determinações da Organização Mundial de Saúde para adotar medidas de prevenção da Covid-19. Bolsonaro já carrega pelas costas mais de 505 mil mortos pela Covid, e isso é mais do que suficiente para que um processo de impeachment  fosse aberto imediatamente. A Covaxin é uma vacina indiana, produzida pela empresa indiana Bharat Biotech Internacional Limited, e está entre várias produzidas por diferentes países, e sua aquisição envolveu um esquema de corrupção montado pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros. O deputado queria a aprovação de uma emenda para flexibilizar a medida provisória sobre compra de vacinas, para facilita

REMANESCENTES DA LEGIÃO URBANA VOLTAM A PODER USAR NOME DA BANDA

Os dois membros remanescentes da Legião Urbana, o guitarrista Dado Villa-Lobos e o baterista Marcelo Bonfá, venceram mais uma batalha na Justiça. Num ato de desempate da Justiça, a quarta turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu dar ganho de causa aos dois músicos, a poucos meses de completar 25 anos de falecimento do vocalista, Renato Russo. Os dois parceiros de Renato mantém uma batalha na Justiça com o filho do cantor, Giuliano Manfredini, que queria controlar o espólio do pai e se responsabilizar pela marca Legião Urbana. Conforme a causa dos dois, defendida pelo advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro de Dilma Rousseff e advogado da presidenta no processo do impeachment , a marca Legião Urbana está vinculada ao grupo. Conforme declarou o ministro do STJ, Marco Aurélio Buzzi, "A marca está enraizada na vida pessoal e profissional dos recorridos que não podem ser tolhidos do direito de identificação com o nome". Para Cardozo, "prevaleceu a melhor interpretação

ARTUR XEXÉO NÃO FOI INTELECTUAL "BACANA", MAS FOI CITADO EM 'ESSES INTELECTUAIS PERTINENTES'

Foi com triste surpresa que soube, ontem à noite, do falecimento do jornalista Artur Xexéo. Ele foi daqueles que, como Ricardo Boechat e Paulo Henrique Amorim, uniam talento e capacidade de conquistar uma grande visibilidade. Ele faleceu aos 69 anos, na verdade 70 incompletos, devido a um linfoma que descobriu recentemente. Ele foi de uma geração de profunda formação cultural e que acompanhou os fenômenos do teatro, da música, do cinema e da literatura de grande relevância. Isso significa que Artur Xexéo não é como os jornalistas culturais competentes, mas "isentões" de hoje, que passam pano na mediocridade cultural reinante, sob a desculpa da objetividade e imparcialidade. Xexéo trabalhou no Jornal do Brasil, onde atuou em cargos de editor da revista Domingo, do Caderno B e do caderno Cidades. Era também colunista do mesmo periódico, e, depois, tornou-se colunista de O Globo e comentarista da Globo News. Também trabalhou na rede CBN. Ele também era dramaturgo e escreveu peça

TV LINHAÇA - MANIFESTAÇÕES DO 26 DE JUNHO CONTRA BOLSONARO

Felizmente, o 26 de Junho não passou em branco. Houve manifestações em São Paulo e Florianópolis, além de outras comandadas pelos remanescentes da Geração 68, que comemoraram os 53 anos da Passeata dos Cem Mil, um dos mais importantes protestos contra a ditadura militar. Houve uma manifestação contra Jair Bolsonaro, que realizou motociata em apoio a ele na cidade catarinense de Chapecó. Bolsonaro até ameaçou os opositores, mas ficou só nisso. Os atos de hoje foram motivados principalmente pelo escândalo da Covaxin, que comprova a corrupção vergonhosa e aviltante de Bolsonaro, que se autoproclamava "o político mais honesto do Brasil". Felizmente tivemos momento histórico e não "memento histórico". Esta postagem é dedicada à memória de José Paulo Bisol (1928-2021), morto ontem. Ele foi defensor dos direitos humanos, desembargador, político e escritor, tendo sido vice de Lula na campanha presidencial de 1989.

SÓ AS RUAS VÃO GARANTIR MATURIDADE DO POVO BRASILEIRO

  PRESENTE NA PASSEATA DOS CEM MIL EM 1968, CHICO BUARQUE ESTEVE NO PROTESTO DE 19 DE JUNHO PASSADO. A única forma das forças progressistas não se acomodarem é indo para as ruas hoje. Não se pode cruzar os braços e achar que o Supremo Tribunal Federal virou o "pai das esquerdas", que vai barrar qualquer reação de Jair Bolsonaro e asfaltar o caminho todo para Lula em 2023. Quem acreditar nisso faz papel de trouxa, mesmo se o STF estiver com boas intenções. Em vez do clima do "Lula já ganhou" e do "Bolsonaro já perdeu", as pessoas deveriam combinar e ir para as ruas. Nas comédias estudantis se vê um jovem convidando poucos amigos para uma festa na casa dele, durante a ausência dos pais do protagonista. E, de repente, chegam os amigos dos amigos dos amigos e aí tem gente estranha vasculhando a geladeira do anfitrião que não conhece. Por que isso não pode ocorrer nas manifestações de rua? Amigos convidando amigos que chamam mais gente que, em tese, é estranha

A SITUAÇÃO NÃO ESTÁ FÁCIL PARA AS ESQUERDAS

A situação não está fácil para as esquerdas, como parece. Aprendi que as coisas não são fáceis, e não são os fatos que ocorrem hoje, aparentemente favoráveis a Lula, que já garantem, por si, seu lugar na Presidência da República em 2023. Mídia empresarial, Judiciário, pesquisas de institutos, tudo parece indicar que Lula está "praticamente vitorioso" na sucessão presidencial. Como se não precisasse de votos para isso. Não. O caminho não está fácil. O céu não está para brigadeiro. E o doce brigadeiro não está para diabético. Ainda temos muito chão e, lamentavelmente, as esquerdas se iludem com esse clima de "já ganhou". Tanto que deram um tiro no pé, ao marcarem para o distante 24 de julho o próximo protesto popular. Ando fazendo campanha para o 26 de junho ser um protesto mais "informal", ao considerar o 24 de Julho um evento mais institucional, apesar da ampla participação popular. 26 de Junho lembra Passeata dos Cem Mil, um grande protesto contra a ditad

AS ESQUERDAS QUEREM DEMOCRACIA OU MEMECRACIA?

ESQUERDAS, EM VEZ DE LUTAR PELA DEMOCRACIA, PERMITEM DAR TEMPO PARA A REAÇÃO DE JAIR BOLSONARO. Três boas e três más notícias em relação, direta ou indireta, a Lula. As boas, primeiro. O Supremo Tribunal Federal reafirmou, novamente ontem, a suspeição de Sérgio Moro, anulando as acusações contra o ex-presidente movidas pela Operação Lava Jato. O ministro do Meio-Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo, depois de uma trajetória marcada pelo consentimento aos crimes ambientais, como os incêndios na Amazônia e no Pantanal. Ao que parece, numa provável troca de seis por meia-dúzia, Joaquim Álvaro Leite, o novo ministro, não parece que vai trazer uma mudança de atuação em relação ao antecessor. Jair Bolsonaro é denunciado pelo superfaturamento e corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. Agora, as más. Duas ligadas ao próprio Bolsonaro. Em conversa com apoiadores, o presidente ironizou os protestos, interpretou mal um morro situado no fundo da Igreja da Cande

QUEM QUER DEMOCRACIA, VAI PARA AS RUAS NESTE SÁBADO, 26 DE JUNHO

NO PRÓXIMO 26 DE JUNHO, AS RUAS JÁ DEVERIAM ESTAR ASSIM DE GENTE, COMO NA AVENIDA PAULISTA. O deputado federal Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, se recusou a abrir impeachment  contra Jair Bolsonaro e a oposição, o que faz? Marca um protesto popular para daqui a um mês, no próximo 24 de julho. Muito tempo para esperar. Os apoiadores de Bolsonaro já devem ter feito, pelo menos, umas três manifestações. É decepcionante ver que novos protestos populares fossem marcados para data tão distante. Mas isso pode mudar, se o povo não esperar e ir às ruas no próximo sábado, 26 de junho. Lançamos até a hashtag  #26JUNHOCONTRABOLSONARO. Quem quer democracia se manifesta no próximo sábado, sem esperar o chamado dos líderes para daqui a um mês. É manifestação improvisada, mesmo. Como nas mais genuínas manifestações populares. GERALDO VANDRÉ DISSE QUE "ESPERAR NÃO É FAZER". Isso não vem só da minha mente. Lembremos de "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores", de Geraldo Van

COMO SE DEU O PRAGMATISMO CARIOCA?

RIO DAS PEDRAS, BAIRRO CARIOCA REDUTO DE MILICIANOS, QUE SÃO SUBPRODUTOS DE UM PRAGMATISMO QUE DESTRÓI O RIO DE JANEIRO. Sabemos que o Rio de Janeiro decai por conta de seu pragmatismo. Esse pragmatismo é uma forma de combinar viralatismo sócio-cultural com o complexo de superioridade, uma reação vinda de um sentimento latente de ressentimento cultural. Desde 21 de abril de 1960 o município do Rio de Janeiro não é mais capital do Brasil, o que causou nas elites uma dor-de-cotovelo aparentemente discreta, mas que se evidenciou anos depois. As raízes desse pragmatismo de um Rio de Janeiro que perdeu a sua grandeza e a trocou pelos retrocessos combinados com grandiloquência (espécie de "grandeza" de fachada) se deram a partir dos anos 1970. As primeiras amostras do "pragmatismo carioca" foram as mais sombrias. Esquadrões da morte para "limpar" as ruas de supostos vagabundos, o que a sociedade perversamente elitista atribui a mendigos, sem-teto e os LGBTQ mais

É HORA DAS INSTITUIÇÕES AGIREM PARA DESMONTAR O GOVERNO BOLSONARO

  SÉRGIO MORO E JAIR BOLSONARO - FALSOS HERÓIS EM DECADÊNCIA. Os protestos contra Jair Bolsonaro do último dia 19 foram bem sucedidos. Milhares de pessoas foram às ruas e conseguiram fazer um evento ao mesmo tempo consistente e diversificado. Foram centenas de manifestações em todo o país e São Paulo atingiu o clímax, com a Avenida Paulista lotada de manifestantes. Mas agora é hora, também, de pensar como não só levar adiante esses protestos, como também fazer com que as instituições comecem a desmontar, de forma rápida e eficiente, o governo Bolsonaro, preparando para o impeachment . O golpe político de 2016 fara cinco anos no final de agosto próximo e, se é para reverter os seus efeitos, que acabaram sendo nefastos para a população, que se faça de maneira integral e efetiva. A propósito, o "herói" pioneiro desse golpe, o ex-juiz Sérgio Moro, esteve envolvido em três situações. Na semana passada, a jornalista Patrícia Lélis estava nos EUA, em Washington, quando perto dela es

TV LINHAÇA - COVID-19 E OS PROTESTOS CONTRA BOLSONARO

Uma análise sobre como superar esse cenário político calamitoso que agravou a pandemia da Covid-19 no Brasil, que chegou à triste marca dos 500 mil mortos, meio milhão de brasileiros.

"BRINQUEDOS CULTURAIS" NÃO FURAM A BOLHA DAS ESQUERDAS

  O BRASIL NÃO É O INSTAGRAM E MUITO MENOS A NOVELA DAS NOVE DA REDE GLOBO. Ainda há a ameaça das forças progressistas brasileiras furarem a bolha pelo lado errado. Mesmo quando Lula começa a admitir que é necessário romper com o teto de gastos públicos para recuperar nosso país - é o preço caro de poucos, mas devastadores, anos de "temeridade" e bolsonarismo - o nosso país ainda se apega aos "brinquedos culturais" da direita. Seus "heróis" são sempre aqueles que, em tese, fazem pobre sorrir, ainda que o fenômeno ou a personalidade envolvidos representem ideais bastante conservadores. Seus "aliados" são sempre aqueles de comportamento efusivo, mais próximos do oportunismo de um Eduardo Paes do que de uma autocrítica sincera e prudente de um Alexandre Frota. Isso é um reflexo de uma visão por demais espetacularizada das causas progressistas. É como se o ideal progressista fosse um circo, um botequim, uma boate. Não é assim. Isso não vai furar a bo