O “animal consumista” é como uma coisa aprendendo a ser bicho. São humanoides cuja única finalidade na vida é consumir e se servirem aos seus instintos vorazes. São monstros criados na pós-pandemia, ávidos em acumular dinheiro e gastar até com supérfluos e coisas nocivas, como cigarros e cervejas. Altamente egoístas, eles acham que o que entendem como “felicidade” é um bem pessoal e intransferível. Só são amigos quando alguém vem com um repertório de piadas e cria hábito em interagir sempre com uma boa estória e muitas risadas. Mas, nos momentos difíceis, os animais consumistas fogem do aflito de ocasião como o diabo foge da cruz. O animal consumista sente uma obsessão de consumo. Ter é a sua razão de existência. Ele precisa, por exemplo, ir aos restaurantes da moda para consumir pratos chiques. Precisa viver a happy hour de forma tão obstinada que, hoje em dia, ele adere à bebedeira noturna até na véspera de dia de trabalho. Ele precisa encher o carrinho de supermercado. Lotar por lo...