Pular para o conteúdo principal

GOVERNO JAIR BOLSONARO É CATASTRÓFICO DE TANTO DESASTRE


É claro que a sociedade brasileira precisa de uma sacudida.

Elegeram um político fascista e incompetente, Jair Bolsonaro, e uma "plêiade" de reacionários doentios que só sabem brigar e receber propinas.

É um país em que a chamada "cultura popular" prima pela idiotização e mediocrização.

Religiosamente, se endeusa, como pretenso símbolo de "paz e caridade" e, também, como falso profeta, um "médium" vigarista que usava peruca e depois boné e se consagrou fazendo literatura confirmadamente fake.

A criançada crescida, em boa parte com mais de 50 anos de idade, apela para esse "bondoso homem" de visual cafona mas que muitos acreditam ser "dono do futuro da humanidade".

Li em outras fontes que esse "médium", tão adorado como pretensa unanimidade, mais parece um caso pitoresco como A Vida de Brian (Monty Python's Life of Brian), do grupo humorístico Monty Python.

A comédia épica de 1979 mostra um judeu mediano que foi confundido com o "novo messias" da Judeia.

Mas perto da realidade, a comédia parece romântica: o que temos é um farsante que fez literatura fake usando nomes dos mortos e hoje ele é considerado "símbolo da paz e da fraternidade". E ai de quem questionar tudo isso.

Se muitos brasileiros endeusam arrivistas, que viram falsas unanimidades por conta de simbologias de falsa beleza, então se permite qualquer absurdo.

A "cultura" popularesca foi blindada durante anos por intelectuais que invadiram a mídia de esquerda com seu discurso hipócrita "contra o preconceito".

Se beneficiaram pelo monopólio de visibilidade que tinham, porque não havia intelectual com a mesma projeção que pudesse fazer contraponto.

Quem fazia contraponto à festa da breguice da intelectualidade "bacana" eram os jornalistas hidrófobos que pegavam carona nas críticas ao "funk" e quejandos para enfiar nisso tudo um anti-petismo igualmente hipócrita ao "esquerdismo de boteco" da intelligentzia pró-brega.

Essas atitudes todas permitiram o pesadelo político em que vivemos quando, quase sete semanas após iniciar o governo Jair Bolsonaro, não houve uma medida que pudesse soar significativamente positiva para a maioria dos brasileiros.

Depois do caso Fabrício Queiroz, envolvendo o filho de Jair, Flávio Bolsonaro, temos o caso dos "laranjas" do PSL, com candidatos-isca para atrair verbas para financiar outros candidatos.

E agora temos outro filho de Jair, Carlos Bolsonaro, brigando com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, por sinal fã daquele "médium" arrivista que citei mais acima.

Bebianno foi o que mais se empenhou na campanha de Jair Bolsonaro e agora tem relações estremecidas com ele e seus filhos.

No entanto, com os desentendimentos bastante ríspidos, foi decidido, em reunião de ontem, que Bebianno será exonerado do cargo na segunda-feira, quando publicará a decisão no Diário Oficial.

E ainda temos Eduardo Bolsonaro querendo ser o "líder da direita latino-americana", de mãos dadas com o marqueteiro de Donald Trump, Steve Bannon, e com o "fisólofo" Olavo de Carvalho.

A única coisa que se fez nesse desgoverno nos últimos dias foi determinar a nova faixa etária para a aposentadoria, 65 anos para homens e 62 para mulheres.

Isso é irônico. Numa época em que é cada vez mais crescente o número de pessoas imaturas com mais de 60 anos, o adiamento da idade de aposentadoria é um subproduto desse golpe político dado de 2016 para cá.

Para as classes trabalhadoras, que sofrem com o trabalho precarizado e arriscado, essa mudança na idade de aposentadoria é praticamente uma ficção, diante dos acidentes de trabalho e das doenças que matam trabalhadores antes de atingir essa faixa etária.

Mas para as elites, é "chuchu beleza" se aposentar aos 65/62 anos e sair por aí brincando de ser idoso.

E ainda temos o projeto "anti-crime" de Sérgio Moro, ministro que depois foi revelado que se reuniu secretamente com executivos da indústria de revólveres Taurus.

Contradizendo a si mesmo, ele alegou defesa da privacidade neste caso. Mas não foi isso que Moro pensou quando vazou gravações de conversas particulares entre Lula e Dilma Rousseff e a falecida Marisa Letícia com seu filho.

Sua proposta nem virou projeto-de-lei no Legislativo - que ainda vai apreciar a matéria - e já está inspirando novas ocorrências.

A terrível truculência de um segurança do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, é o primeiro exemplo.

Ele deteve um suposto assaltante, um pobre adolescente, e fez um golpe de luta livre chamado de "mata-leão".

O segurança, que se revelou bolsonarista, deitou sobre o rapaz, que estava sendo enforcado pelo braço do agressor.

Fregueses gritavam para o segurança parar de sufocar o rapaz, alertavam que o jovem estava ficando roxo, mas o segurança, irritado, mandou as pessoas calarem a boca.

O rapaz acabou morrendo. E, o que é pior, o segurança alegou "legítima defesa" quando depôs à polícia. Foi solto, sob acusação de "homicídio culposo", sem intenção de matar, quando se sabe que o crime foi intencional, sendo chamado de "homicídio doloso".

O crime teve ainda requintes de crueldade. Mas está de acordo com o que Moro explicou como "situação de medo que permitiria policiais cometerem crimes sem que fossem condenados por isso".

A ocorrência foi chocante e mostra o tom da truculência policial, militar ou de semelhante natureza contra pessoas de origem pobre que o preconceito social alega serem "bandidos".

O rapaz, sem dúvida, poderia ter tido um futuro digno se não fosse a condição social infeliz em que se encontrava e o fez ser dado como "bandido perigoso".

Triste sina dos nossos pobres nesse holocausto a varejo que os coloca como maiores vítimas fatais.

O nosso país está numa situação tão delicada que é surpreendente que haja tanta calmaria e tanta alegria em volta.

O Brasil se tornou vergonha mundial, mas o problema que essa vergonha não é sentia por aqui, exceto por uma pequena parcela de brasileiros.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RELIGIÃO DO AMOR?

Vejam como são as coisas, para uma sociedade que acha que os males da religião se concentram no neopentecostalismo. Um crime ocorrido num “centro espírita” de São Luís, no Maranhão, mostra o quanto o rótulo de “kardecismo” esconde um lodo que faz da dita “religião do amor” um verdadeiro umbral. No “centro espírita” Yasmin, a neta da diretora da casa, juntamente com seu namorado, foram assaltar a instituição. Os tios da jovem reagiram e, no tiroteio, o jovem casal e um dos tios morreram. Houve outros casos ao longo dos últimos anos. Na Taquara, no Rio de Janeiro, um suposto “médium” do Lar Frei Luiz foi misteriosamente assassinado. O “médium” era conhecido por fraudes de materialização, se passando por um suposto médico usando fantasias árabes de Carnaval, mas esse incidente não tem relação com o crime, ocorrido há mais de dez anos. Tivemos também um suposto latrocínio que tirou a vida de um dirigente de um “centro espírita” do Barreto, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Houve incênd...

LULA GLOBALIZOU A POLARIZAÇÃO

LULA SE CONSIDERA O "DONO" DA DEMOCRACIA. Não é segredo algum, aqui neste blogue, que o terceiro mandato de Lula está mais para propaganda do que para gestão. Um mandato medíocre, que tenta parecer grandioso por fora, através de simulacros que são factoides governamentais, como os tais “recordes históricos” que, de tão fáceis, imediatos e fantásticos demais para um país que estava em ruínas, soam ótimos demais para serem verdades. Lula só empolga a bolha de seus seguidores, o Clube de Assinantes VIP do Lulismo, que quer monopolizar as narrativas nas redes sociais. E fazendo da política externa seu palco e seu palanque, Lula aposta na democracia de um homem só e na soberania de si mesmo, para o delírio da burguesia ilustrada que se tornou a sua base de apoio. Só mesmo sendo um burguês enrustido, mesmo aquele que capricha no seu fingimento de "pobreza", para aplaudir diante de Lula bancando o "dono" da democracia. Lula participou da Assembleia Geral da ONU e...

LUÍS INÁCIO SUPERSTAR

Não podemos estragar a brincadeira. Imagine, nós, submetidos aos fatos concretos e respirando o ar nem sempre agradável da realidade, termos que desmascarar o mundo de faz-de-conta do lulismo. A burguesia ilustrada fingindo ser pobre e Lula pelego fingindo governar pelos miseráveis. Nas redes sociais, o que vale é a fantasia, o mundo paralelo, o reino encantado do agradável, que ganha status de “verdade” se obtém lacração na Internet e reconhecimento pela mídia patronal. Lula tornou-se o queridinho das esquerdas festivas, atualmente denominadas woke , e de uma burguesia flexível em busca de tudo que lhe pareça “legal”, daí o rótulo “tudo de bom”. Mas o petista é visto com desconfiança pelas classes populares que, descontando os “pobres de novela”, não se sentem beneficiadas por um governo que dá pouco aos pobres, sem tirar muito dos ricos. A aparente “alta popularidade” de Lula só empolga a “boa” sociedade que domina as narrativas nas redes sociais. Lula só garante apoio a quem já está...

BURGUESIA ILUSTRADA E SEU VIRALATISMO

ESSA É A "FELICIDADE" DA BURGUESIA ILUSTRADA. A burguesia ilustrada, que agora se faz de “progressista, democrática e de esquerda”, tenta esconder sua herança das velhas oligarquias das quais descendem. Acionam seus “isentões”, os negacionistas factuais, que atuam como valentões que brigam com os fatos. Precisam manter o faz-de-conta e se passar pela “mais moderna sociedade humana do planeta”, tendo agora o presidente Lula como fiador. A burguesia ilustrada vive sentimentos confusos. Está cheia de dinheiro, mas jura que é “pobre”, criando pretextos tão patéticos quanto pagar IPVA, fazer autoatendimento em certos postos de gasolina, se embriagar nas madrugadas e falar sempre de futebol. Isso fora os artifícios como falar português errado, quase sempre falando verbos no singular para os substantivos do plural. Ao mesmo tempo megalomaníaca e auto-depreciativa, a burguesia ilustrada criou o termo “gente como a gente” como uma forma caricata da simplicidade humana. É capaz de cele...

“COMBATE AO PRECONCEITO” TRAVOU A RENOVAÇÃO REAL DA MPB

O falecimento do cantor e compositor carioca Jards Macalé aos 82 anos, duas semanas após a de Lô Borges, mostra o quanto a MPB anda perdendo seus mestres um a um, sem que haja uma renovação artística que reúna talento e visibilidade. Macalé, que por sorte se apresentou em Belém, no Pará, no Festival Se Rasgum, em 2024. Jards foi escalado porque o convidado original, Tom Zé, não teve condições de tocar no evento. A apresentação de Macalé acabou sendo uma despedida, um dos últimos shows  do artista em sua vida. Belém é capital do Estado da Região Norte de domínio coronelista, fechado para a MPB - apesar da fama internacional dos mestres João Do ato e Billy Blanco - e impondo a música brega-popularesca, sobretudo forró-brega, breganejo e tecnobrega, como mercado único. A MPB que arrume um dueto com um ídolo popularesco de plantão para penetrar nesses locais. Jards, ao que tudo indica, não precisou de dueto com um popularesco de plantão, seja um piseiro ou um axezeiro, para tocar num f...

O ERRO QUE DENISE FRAGA COMETEU, NA BOA-FÉ

A atriz Denise Fraga, mesmo de maneira muito bem intencionada, cometeu um erro ao dar uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo para divulgar o filme Livros Restantes, dirigido por Márcia Paraíso, com estreia prevista para 11 de dezembro. Acreditando soar “moderna” e contemporânea, Denise, na melhor das intenções, cometeu um erro na boa-fé, por conta do uso de uma gíria. “As mulheres estão mais protagonistas das suas vidas. Antes esperavam que aos 60 você estivesse aposentando; hoje estamos indo para a balada com os filhos”. Denise acteditou que a gíria “balada” é uma expressão da geração Z, voltada a juventude contemporânea, o que é um sério equívoco sem saber, Denise cometeu um grave erro de citar uma gíria ligada ao uso de drogas alucinógenas por uma elite empresarial nos agitos noturnos dos anos 1990. A gíria “balada” virou o sinônimo do “vocabulário de poder” descrito pelo jornalista britânico Robert Fisk. Também simboliza a “novilíngua” do livro 1984, de George Orwell, no se...

O NEGACIONISMO FACTUAL E A 89 FM

Era só o que faltava. Textos que contestam a validade da 89 FM - que celebra 40 anos de existência no dia 02 de dezembro, aniversário de Britney Spears - como “rádio rock” andam sendo boicotados por internautas que, com seu jeito arrogante e boçal, disparam o bordão “Lá vem aquele chato criticar a 89 novamente”. Os negacionistas factuais estão agindo para manter tudo como o “sistema” quer. Sempre existe uma sabotagem quando a hipótese de um governo progressista chega ao poder. Por sorte, Lula andou cedendo mais do que podia e reduziu seu terceiro mandato ao mínimo denominador comum dos projetos sociais que a burguesia lhe autorizou a fazer. Daí não ser preciso apelar para a farsa do “combate ao preconceito” da bregalização cultural que só fez abrir caminho para Jair Bolsonaro. Por isso, a elite do bom atraso investe na atuação “moderadora” do negacionista factual, o “isentão democrático”, para patrulhar as redes sociais e pedir o voicote a páginas que fogem da assepsia jornalística da ...

A RELIGIÃO QUE COPIA NOMES DE SANTOS PARA ENGANAR FIÉIS

SÃO JOÃO DE DEUS E SÃO FRANCISCO XAVIER - Nomes "plagiados" por dois obscurantistas da fé neomedieval "espirita". Sendo na prática uma mera repaginação do velho Catolicismo medieval português que vigorou no Brasil durante boa parte do período colonial, o Espiritismo brasileiro apenas usa alguns clichês da Doutrina Espírita francesa como forma de dar uma fachada e um aparato pretensamente diferentes. Mas, se observar seu conteúdo, se verá que quase nada do pensamento de Allan Kardec foi aproveitado, sendo os verdadeiros postulados fundamentados na Teologia do Sofrimento da Idade Média. Tendo perdido fiéis a ponto de cair de 2,1% para 1,8% segundo o censo religioso de 2022 em relação ao anterior, de 2012, o "espiritismo à brasileira" tenta agora usar como cartada a dramaturgia, sejam novelas e filmes, numa clara concorrência às novelas e filmes "bíblicos" da Record TV e Igreja Universal. E aí vemos que nomes simples e aparentemente simpáticos, como...

“JORNALISMO DA OTAN” BLINDA CULTURALISMO POPULARESCO DO BRASIL

A bregalização e a precarização de outros valores socioculturais no Brasil estão sendo cobertos por um véu que impede que as investigações e questionamentos se tornem mais conhecidos. A ideologia do “Jornalismo da OTAN” e seu conceito de “culturalismo sem cultura”, no qual o termo “cultura” é um eufemismo para propaganda de manipulação política, faz com que, no Brasil, a mediocridade e a precarização cultural sejam vistas como um processo tão natural quanto o ar que respiramos e que, supostamente, reflete as vivências e sentimentos da população de cada região. A mídia de esquerda mordeu a isca e abriu caminho para o golpismo político de 2016, ao cair na falácia do “combate ao preconceito” da bregalização. A imprensa progressista quase faliu por adotar a mesma agenda cultural da mídia hegemônica, iludida com os sorrisos desavisados da plateia que, feito gado, era teleguiada pelo modismo popularesco da ocasião. A coisa ainda não se resolveu como um todo, apesar da mídia progressista ter ...

O BRASIL DOS SONHOS DA FARIA LIMA

Pouca gente percebe, mas há um poder paralelo do empresariado da Faria Lima, designado a moldar um sistema de valores a ser assimilado “de forma espontânea” por diversos públicos que, desavisados, tom esses valores provados como se fossem seus. Do “funk” (com seu pseudoativismo brega identitário) ao Espiritismo brasileiro (com o obscurantismo assistencialista dos “médiuns”), da 89 FM à supervalorização de Michael Jackson, do fanatismo gurmê do futebol e da cerveja, do apetite “original” pelas redes sociais, pelo uso da gíria “balada” e dos “dialetos” em portinglês (como “ dog ”, “ body ” e “ bike ”), tudo isso vem das mentes engenhosas das elites empresariais do Itaim Bibi, na Zona Sul paulistana, e de seis parceiros eventuais como o empresariado carnavalesco de Salvador e o coronelismo do Triângulo Mineiro, no caso da religião “espírita”. E temos a supervalorização de uma banda como Guns N'Roses, que não merece a reputação de "rock clássico" que recebe do público brasile...