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EMPREITEIRAS GRINGAS PODEM ATUAR NO BRASIL

A INTELECTUALIDADE "BACANA" ESTÁ TRANQUILA. O POVO POBRE CONTINUARÁ VIVENDO EM FAVELAS.

O ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, anunciou, com suas poses de pretenso intelectual, que fará uma "abertura inédita" aos estrangeiros que se interessarem em participar de licitações e concorrências públicas no mercado brasileiro.

O anúncio foi feito no Fórum Econômico Mundial, evento anualmente realizado na cidade de Davos, na Suíça, e que se volta para os interesses do empresariado e do setor financeiro, principalmente dos países ricos.

Paulo Guedes quer, com isso, manifestar seu interesse em fazer o Brasil aderir ao Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Diz o texto:

"O acordo, conhecido pela sigla em inglês GPA (Government Procurement Agreement), garante o acesso dos signatários a um mercado estimado em US$ 1,7 trilhão por ano. Seus integrantes ficam obrigados a dar isonomia de tratamento entre empresas nacionais e estrangeiras que entram em contratações públicas nas áreas de bens, serviços e infraestrutura".

O acordo irá pôr fim à determinação, pelas leis brasileiras, de preferência de empresas nacionais em diversos setores da Economia. No caso do pré-sal, por exemplo, a Petrobras deixará de ter esse benefício.

No que se refere à construção - o que envolve desde infra-estrutura até uma simples construção de edifícios e conjuntos habitacionais - , isso significa que o suposto império das empreiteiras nacionais chegará ao fim.

Haverá a consagração, em território brasileiro, do já existente império de empreiteiras estrangeiras.

O dinheiro do lucro irá para o exterior. Apenas umas migalhas serão deixadas no Brasil. Em termos macro-econômicos, falar em "milhões de reais" é falar em micharia.

Condomínios populares? Eles terão aluguéis disparando, além de restrições burocráticas para tirar o povo das favelas.

Seria preciso um "assistencialista" de plantão, seja um Luciano Huck, seja alguma figura do Espiritismo brasileiro, dentro daquela "caridade" limitada que só serve para fabricar protagonismo no suposto filantropo.

Mas aí a intelectualidade "bacana" vem com seu discurso de "favela linda".

Diferente dos sociólogos e jornalistas sérios, que tinham visibilidade plena antigamente mas hoje foram deixados de lado, a nossa intelligentzia "mais legal do Brasil" falava da "beleza" de viver em casas degradadas, com esgoto a céu aberto e lixo acumulado.

São locais de acesso difícil, casas mal arrumadas entre si, colocadas em morros sob pedras que, no momento de grande tempestade, podem cair e soterrar as casas.

Mas, para que discutir com intelectual "bacana"? Para eles, "favela" é um paraíso e ponto final. Nós é que somos xingados de "elite preconceituosa" por não aceitar isso.

Vivemos a hegemonia da ideologia da "pobreza linda", que até agora não foi superada. As esquerdas, que foram induzidas a embarcar nessa falácia, ainda estão em silêncio diante dessa situação.

Eles não se pronunciam diante de tamanhos traidores que são esses intelectuais festivos, que defendem a bregalização e se escondem sob o rótulo de "progressistas", afinal eles têm que usurpar tudo que parece positivo, afinal eles são os intelectuais "mais legais do Brasil", não é mesmo?

E aí vemos o que esse "combate ao preconceito" da bregalização causou: golpe político, decadência da Cultura como instituição, venda do patrimônio econômico para os estrangeiros.

E ainda falam que o "funk", nascido na Flórida, surgiu no Brasil através do Quilombo dos Palmares. Quanto asneirol!

Vemos a Halliburton aproveitando a situação e botando suas plataformas para saquear nosso petróleo e outros bens minerais.

Protestos? Passeatas? Para quê? O pessoal pobre está feliz dançando o "funk" e rezando para neopentecostais e "médiuns espíritas".

Depois eles voltarão para suas favelas, consideradas "lugares ideais para se viver" para os "generosos" intelectuais que apostam num Brasil mais cafona. Eles garantem o sono tranquilo de gente como Paulo Guedes.

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