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ACREDITA QUE TEM MUITA GENTE COM MEDO DE LER CERTOS LIVROS?

 

Acredita que tem gente com medo de ler certos livros, como Pelas Entranhas da Cultura Rock e Esses Intelectuais Pertinentes...?


Não falo daqueles que têm o direito de não quererem ler estes livros meus (estejam à vontade com sua não escolha), por escolha própria, mas de quem rejeita esses livros por medo ou preconceito.


São essas pessoas que têm tanta preguiça de leitura que vão consultar as listas dos mais vendidos para ver que livro deveriam ler.


Pessoas que pouco importam se, nos livros para colorir, tentem com muita dificuldade procurar, nas figuras em branco, algum texto que, em verdade, não existe.


Ou então são essas pessoas que ficam nas zonas de conforto de lerem romances de cavaleiros medievais atormentados, estudantes vampiros, bonecos de Minecraft, Pokemon Go e o que vier na moda.


Ou então são best sellers de youtubers pouco conscientizados ou os velhos livros de auto-ajuda de sempre.


Ou seja, gente que foge do Conhecimento, embora boa parte desse pessoal fique se achando tentando escrever como intelectuais "isentões" nas mensagens das redes sociais, sem a inteligência mínima necessária de um intelectual.


Para essa gente, Pelas Entranhas da Cultura Rock parece um livro sem graça. Acham que é material requentado, só porque aparentemente é uma coletânea não se encorajam a ler.


Pensam que é uma coletânea de textos copiados do Wikipedia. Grande absurdo. Como não leram, essas pessoas não podem dar pitaco de forma tão vergonhosa como esta.


Eles não têm moral para dizer que, se não leram Pelas Entranhas da Cultura Rock, é porque acham que sabem de tudo que está escrito ali.


Mesmo? Lá tem textos sobre música alternativa e tantos outros de temas interessantes que a mídia oficial não mostra.


Ou será que os sabichões imaginam que rock alternativo é Bloodhound Gang, System of a Down, Marilyn Manson e Coldplay, que é tão mainstream quanto Justin Bieber e BTS?


Tem gente que acha que rock alternativo tem que aparecer na Billboard. Só que isso é como esperar que pai-de-santo apareça na Igreja Universal e trotskistas passem a apoiar Jair Bolsonaro.


Ser roqueiro e ficar preso no mainstream e usar o termo "clássicos" como eufemismo para hit-parade é dose para leão! Bancar o diferentão e permanecer na mesmice é inadmissível!


E quanto Esses Intelectuais Pertinentes...?


É um duplo preconceito. Quem é de esquerda tem medo de ver intelectuais queridinhos defensores de uma suposta cultura popular serem postos em xeque.


Já quem é de direita imagina que estou perdendo tempo com o livro, porque a bregalização, para esse pessoal reaça, "sempre foi de esquerda" e que estou só desperdiçando papel.


Em ambos os lados, o pessoal vê um bicho-papão onde não existe. E fica com medo de ler a minha obra por puro preconceito, só para fazer um trocadilho com o tema em questão.


Há também quem fique perguntando "O que é um intelectual?".


Tanto num livro quanto em outro, esse pessoal preconceituoso se ilude com seu solipsismo, sentindo muito medo de ler aquilo que não corresponde às suas zonas de conforto.


A quem potencialmente se interessa pelo livro, deve evitar estar no clube desses preconceituosos, que pensam que podem saber tudo e não querer mais saber de algo além do que já lhes é sabido.


O pior ignorante é aquele que acha que sabe tudo e, por isso, prefere congelar seu "saber" com suas convicções e ideias prontas, ainda mais diante da subordinação ao mainstream.


Quem quer Conhecimento e novidades culturais não vai esperar que o mainstream, o hit-parade, os best sellers e os blackbusters lhe apontem o que deve ser apreciado.


Quem quer cultura tem que garimpar.E sair da zona de conforto do que é manjado e badalado.

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