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O ASNEIROL DO COMENTARISTA DO MANHATTAN CONNECTION


As elites estão mostrando cada vez mais sua estupidez.

Tivemos Laerte Rimoli primeiro debochando de Taís Araújo ao compartilhar memes ridicularizando a atriz e, em seguida, pedindo desculpas quando era tarde demais.

Tivemos reaças ameaçando acadêmicos da UFBA por causa de trabalhos sobre ideologia de gênero.

Tivemos também a socialite Day McCarthy, brasileira radicada nos EUA que difunde mensagens de ódio e humilhação gratuitas.

Ela despejou grosserias contra duas meninas adoráveis, Rafa Justus e Titi Gagliasso, e também contra o simpático menino Alexandre Correia Jr.

Todas as crianças, filhas de famosos, também de elite, mas mesmo assim dignos de respeito e consideração.

Arrogante, Day admite ser alvo de processos, mas vivendo no Canadá ela se orgulha de sua impunidade.

Pessoas como ela são o "estado de espírito" do Brasil reacionário que chegou ao poder em 2016.

Pessoas tão burras e sem um pingo de respeito humano.

Mas há muita gente "tarimbada" assim. Empresários, apresentadores de TV, esportistas olímpicos, roqueiros, gente que havia sido admirável até despejar seus preconceitos sociais.

O antes brilhante publicitário baiano Nizan Guanaes e a ex-jogadora de vôlei, Ana Paula Henkel (esposa do ex-jogador de vôlei e hoje advogado Carl Henkel), antes um colírio para nossos olhos, são famosos hoje por suas posturas reacionárias.

Nesse caminho todo, muitas gafes são cometidas.

A mais recente é a do economista Ricardo Amorim, comentarista do Manhattan Connection, da Globo News.

Ele se lambuzou, no seu perfil nas mídias sociais, com sua defesa entusiasmada à dita reforma trabalhista do governo Michel Temer.

Ele caiu em contradição, dizendo que, para haver salários maiores, eles tenham que cair.

E disse que os trabalhadores "saem ganhando" com isso.


É aquele ponto de vista. Achar que os empregos aumentarão com menos investimento das empresas.

O que aumentará são os "bicos", será a institucionalização dos empregos informais com aparato de formalidade.

É o que impôs o temeroso presidente, sob a desculpa de promover o crescimento do mercado.

O emprego aumentará, mas a qualidade do emprego cairá. E, com menos salário, haverá menos consumo, mais prejuízo e mais desemprego.

Ou seja, o emprego não será estável, havendo rotatividade de trabalhadores.

O que Ricardo Amorim disse foi um grande asneirol. E uma burrice, pois escreveu que, para haver salários maiores, os salários têm que cair.

Existem Amorins e Amorins.

Existe o brilhante e experiente Paulo Henrique Amorim, primando pelo bom jornalismo.

E existe o economista Ricardo Amorim, que cometeu essa burrice grosseira de que os salários têm que cair para ficar maiores.

E pensar que muita gente botou esses reacionários no poder por acreditar na sua capacidade técnica, na sua visão de mundo e na sua sabedoria...

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