Pular para o conteúdo principal

MORTE DE GAL COSTA ALERTA PARA O ENVELHECIMENTO DA MPB

 GAL COSTA ESTAVA SE RENOVANDO MUSICALMENTE. AQUI, EM SUA DERRADEIRA APRESENTAÇÃO AO VIVO, NO COALA FESTIVAL, EM SÃO PAULO, EM 17 DE SETEMBRO ÚLTIMO.

A chocante morte de Gal Costa abalou a música brasileira, ontem. Ela foi fazer uma cirurgia para retirar um nódulo no nariz e, com 77 anos de idade, sofreu um infarto e faleceu. Sua última apresentação ao vivo foi em 17 de setembro, no Coala Festival, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo. 

A princípio, a notícia do falecimento da cantora baiana foi uma daquelas "brincadeiras de mau gosto" usadas talvez para desestabilizar o caminho político de Lula. Como foi a suposta morte de Erasmo Carlos, felizmente vivo e convalescente, mas muito entristecido pela perda da cantora, que gravou algumas canções da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos, inclusive uma música que os dois fizeram para ela, "Meu Nome é Gal", de 1969. Só que, infelizmente, Gal Costa se foi, mesmo.

Não vou aqui detalhar a carreira de Gal Costa. Ela era natural de Salvador e sua origem social foi no bairro de Barra Avenida, entre o Farol da Barra e a Graça, áreas que eu conheço bastante por ter eventualmente andado nas proximidades ou percorrido através de ônibus, no tempo em que eu morei na capital baiana, entre 1990 e 2008.

Embora eu pessoalmente não seja fã de seu repertório, reconheço que ela era uma das maiores cantoras do Brasil e tinha uma voz peculiar, com um sotaque baiano trabalhado com charme e com a beleza cristalina de sua voz. E é lamentável que ela tenha falecido no ano em que o LP que dividiu com o amigo Caetano Veloso - compositor de vários sucessos da cantora - , Domingo, completou 55 anos de lançamento.

Mesmo tendo como erro não ter sido compositora, isso não comprometia Gal Costa, porque ela tinha um estilo próprio de cantar e interpretar, muito elegante no palco mesmo quando queria provocar, como exibir os seios numa apresentação em que cantou "Brasil", de Cazuza, que ela gravou em 1988 como tema da novela Vale Tudo, da Rede Globo. A exibição dos seios foi em 1994 e nessa época pude ler a repercussão do caso na imprensa, quando era estudante da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia.

Pouco tempo depois, eu tive um colega no curso de Radialismo e Publicidade na Fundação Visconde de Cayru, o pernambucano Nino, e ele era apaixonado pelo talento de Gal Costa, que considerava bastante refinada como cantora, em contrapartida com Elba Ramalho que, segundo meu então colega, parecia perdida em busca de vários estilos.

Gal Costa era eclética, sim, mas sabia desenvolver sua marca quando transitava em diferentes estilos, como rock, Bossa Nova, samba etc, sem soar deslocada ou pedante. E ela foi uma grande escola de música para cantoras diversas, inclusive Marisa Monte, fortemente influenciada pela fase anos 1970 de Gal, influenciada por Janis Joplin como na sua gravação de "London London", a canção de exílio de Caetano, que ela gravou primeiro em 1970 (o autor gravou depois, em 1971).

Foi também nos anos 1970, mais precisamente a primeira metade, que ela levou adiante o potencial tropicalista experimentado em canções como "Divino Maravilhoso", de Caetano e Gilberto Gil, e "Baby", de Caetano, ambas lançadas em 1968 no disco Tropicalia ou Panis Et Circensis. "Baby" ainda foi regravada em 1983, no disco Baby Gal, o último que ela gravou pela Philips (hoje Universal), versão que foi interpretada com o acompanhamento instrumental e vocal do Roupa Nova.

É claro que Gal Costa teve alguns momentos bem comerciais. O dueto com Tim Maia, este numa fase menos inspirada, submetido à máquina de fazer dinheiro com música de Michael Sullivan, é constrangedor, com os arranjos piegas da obra de Sullivan e Paulo Massadas, "Um Dia de Domingo", lançada em 1985 e, de longe, a pior canção gravada pela cantora baiana.

Em 2018, no disco A Pele do Futuro, pela Biscoito Fino Discos - última gravadora que contratou Gal, depois da RCA (hoje Sony Music) - , Gal Costa se aventurou no comercialismo ao gravar um dueto com a também falecida Marília Mendonça, a música "Cuidando de Longe". Apesar de elogiado pela crítica, o dueto faz parte de um artifício no qual a MPB tem que negociar com os ídolos popularescos, gravando covers ou duetos, para penetrar em mercados musicalmente fechados no interior do Brasil.

Gal era a musa da Bossa Nova e chamava a atenção pela sua beleza atraente e discreta. A cantora achava natural isso e ela parecia muito despretensiosa no quesito beleza, com um charme espontâneo e peculiar, mas que acabava dando um destaque entre seus fãs. 

Desde 1964, quando ela participava do espetáculo musical-teatral Nós... Por Exemplo, no Teatro Vila Velha, em Salvador, a garota Maria da Graça Costa Penna Burgos mostrava sua vocação de "gracinha", apesar do apelido escolhido ter sido Gal, o que causou inicial estranheza, porque Gal era uma abreviatura para a palavra "general" e naquela época a ditadura militar estava começando.

Nos últimos tempos, meu pai gostava de ouvir muito um dos discos recentes de Gal Costa, Bossa Tropical, título meio que forçamento de barra, lançado em 2002. Apesar disso, é um disco inspirado e muito simpático, que começava com uma canção contra o conformismo, "Socorro", de Arnaldo Antunes e Alice Ruiz, e tem versões bem singelas de canções como "Fool on the Hill", dos Beatles e "Epitáfio" dos Titãs, além da bela "Onde Deus Possa Me Ouvir", do falecido Vander Lee.

Gal Costa foi casada, entre 1991 e 1992, com o músico Marcos Pereira. Mas seu filho, Gabriel, foi adotado em 2007, e hoje ele tem 17 anos. Gal já namorou a atriz Lúcia Veríssimo. Nos últimos meses, ela manifestou sua opção pela candidatura de Lula, tendo feito um "L" em uma de suas derradeiras postagens. O último álbum da cantora foi em 2021, Nenhuma Dor, que entre outros compositores apostava no emergente Tim Bernardes, da banda O Terno.

E como se não bastasse a comoção da morte repentina de Gal Costa, que fez Chico Buarque, que compôs para ela "Folhetim", cancelar apresentação em Salvador, cidade que decretou luto de três dias, ainda tivemos a morte do músico e apresentador de TV Rolando Boldrin, que ultimamente fazia o Senhor Brasil na TV Cultura, como um verdadeiro discípulo de Cornélio Pires, no sentido de divulgar a verdadeira música caipira, hoje em extinção, e contar os causos populares como Cornélio fazia em seu tempo.

Isso mostra o quanto a verdadeira música brasileira de qualidade está envelhecendo e seus intérpretes falecendo um a um. E isso quando não há uma renovação real da MPB, que combinasse talento e visibilidade, enquanto o espaço da música brasileira é quase tomado pela música brega-popularesca, que invadiu vários espaços da MPB autêntica, deixando esta "sem chão".

Tudo isso joga um balde de água geladíssima na ideia muito difundida, na imprensa cultural e nas redes sociais, de que o cenário cultural brasileiro está "excelente". Não está. O que existe é uma movimentação intensa de produtividade nas redes sociais e uma lucratividade estável dos fenômenos popularescos, dentro de uma mediocridade que, supostamente, não ofende e rende muito dinheiro.

Com as perdas de Gal Costa e Rolando Boldrin, o cenário musical brasileiro recebe mais uma vez um sinal de alerta, pedindo renovação à altura dos antigos grandes emepebistas, embora obviamente sem submeter necessariamente às suas fórmulas. Mas também não vale gourmetizar a música popularesca, porque aí é sempre tentar tingir de falso ouro as velhas latas amassadas e enferrujadas da breguice musical.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RELIGIÃO DO AMOR?

Vejam como são as coisas, para uma sociedade que acha que os males da religião se concentram no neopentecostalismo. Um crime ocorrido num “centro espírita” de São Luís, no Maranhão, mostra o quanto o rótulo de “kardecismo” esconde um lodo que faz da dita “religião do amor” um verdadeiro umbral. No “centro espírita” Yasmin, a neta da diretora da casa, juntamente com seu namorado, foram assaltar a instituição. Os tios da jovem reagiram e, no tiroteio, o jovem casal e um dos tios morreram. Houve outros casos ao longo dos últimos anos. Na Taquara, no Rio de Janeiro, um suposto “médium” do Lar Frei Luiz foi misteriosamente assassinado. O “médium” era conhecido por fraudes de materialização, se passando por um suposto médico usando fantasias árabes de Carnaval, mas esse incidente não tem relação com o crime, ocorrido há mais de dez anos. Tivemos também um suposto latrocínio que tirou a vida de um dirigente de um “centro espírita” do Barreto, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Houve incênd...

LULA GLOBALIZOU A POLARIZAÇÃO

LULA SE CONSIDERA O "DONO" DA DEMOCRACIA. Não é segredo algum, aqui neste blogue, que o terceiro mandato de Lula está mais para propaganda do que para gestão. Um mandato medíocre, que tenta parecer grandioso por fora, através de simulacros que são factoides governamentais, como os tais “recordes históricos” que, de tão fáceis, imediatos e fantásticos demais para um país que estava em ruínas, soam ótimos demais para serem verdades. Lula só empolga a bolha de seus seguidores, o Clube de Assinantes VIP do Lulismo, que quer monopolizar as narrativas nas redes sociais. E fazendo da política externa seu palco e seu palanque, Lula aposta na democracia de um homem só e na soberania de si mesmo, para o delírio da burguesia ilustrada que se tornou a sua base de apoio. Só mesmo sendo um burguês enrustido, mesmo aquele que capricha no seu fingimento de "pobreza", para aplaudir diante de Lula bancando o "dono" da democracia. Lula participou da Assembleia Geral da ONU e...

LUÍS INÁCIO SUPERSTAR

Não podemos estragar a brincadeira. Imagine, nós, submetidos aos fatos concretos e respirando o ar nem sempre agradável da realidade, termos que desmascarar o mundo de faz-de-conta do lulismo. A burguesia ilustrada fingindo ser pobre e Lula pelego fingindo governar pelos miseráveis. Nas redes sociais, o que vale é a fantasia, o mundo paralelo, o reino encantado do agradável, que ganha status de “verdade” se obtém lacração na Internet e reconhecimento pela mídia patronal. Lula tornou-se o queridinho das esquerdas festivas, atualmente denominadas woke , e de uma burguesia flexível em busca de tudo que lhe pareça “legal”, daí o rótulo “tudo de bom”. Mas o petista é visto com desconfiança pelas classes populares que, descontando os “pobres de novela”, não se sentem beneficiadas por um governo que dá pouco aos pobres, sem tirar muito dos ricos. A aparente “alta popularidade” de Lula só empolga a “boa” sociedade que domina as narrativas nas redes sociais. Lula só garante apoio a quem já está...

BURGUESIA ILUSTRADA E SEU VIRALATISMO

ESSA É A "FELICIDADE" DA BURGUESIA ILUSTRADA. A burguesia ilustrada, que agora se faz de “progressista, democrática e de esquerda”, tenta esconder sua herança das velhas oligarquias das quais descendem. Acionam seus “isentões”, os negacionistas factuais, que atuam como valentões que brigam com os fatos. Precisam manter o faz-de-conta e se passar pela “mais moderna sociedade humana do planeta”, tendo agora o presidente Lula como fiador. A burguesia ilustrada vive sentimentos confusos. Está cheia de dinheiro, mas jura que é “pobre”, criando pretextos tão patéticos quanto pagar IPVA, fazer autoatendimento em certos postos de gasolina, se embriagar nas madrugadas e falar sempre de futebol. Isso fora os artifícios como falar português errado, quase sempre falando verbos no singular para os substantivos do plural. Ao mesmo tempo megalomaníaca e auto-depreciativa, a burguesia ilustrada criou o termo “gente como a gente” como uma forma caricata da simplicidade humana. É capaz de cele...

“COMBATE AO PRECONCEITO” TRAVOU A RENOVAÇÃO REAL DA MPB

O falecimento do cantor e compositor carioca Jards Macalé aos 82 anos, duas semanas após a de Lô Borges, mostra o quanto a MPB anda perdendo seus mestres um a um, sem que haja uma renovação artística que reúna talento e visibilidade. Macalé, que por sorte se apresentou em Belém, no Pará, no Festival Se Rasgum, em 2024. Jards foi escalado porque o convidado original, Tom Zé, não teve condições de tocar no evento. A apresentação de Macalé acabou sendo uma despedida, um dos últimos shows  do artista em sua vida. Belém é capital do Estado da Região Norte de domínio coronelista, fechado para a MPB - apesar da fama internacional dos mestres João Do ato e Billy Blanco - e impondo a música brega-popularesca, sobretudo forró-brega, breganejo e tecnobrega, como mercado único. A MPB que arrume um dueto com um ídolo popularesco de plantão para penetrar nesses locais. Jards, ao que tudo indica, não precisou de dueto com um popularesco de plantão, seja um piseiro ou um axezeiro, para tocar num f...

O ERRO QUE DENISE FRAGA COMETEU, NA BOA-FÉ

A atriz Denise Fraga, mesmo de maneira muito bem intencionada, cometeu um erro ao dar uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo para divulgar o filme Livros Restantes, dirigido por Márcia Paraíso, com estreia prevista para 11 de dezembro. Acreditando soar “moderna” e contemporânea, Denise, na melhor das intenções, cometeu um erro na boa-fé, por conta do uso de uma gíria. “As mulheres estão mais protagonistas das suas vidas. Antes esperavam que aos 60 você estivesse aposentando; hoje estamos indo para a balada com os filhos”. Denise acteditou que a gíria “balada” é uma expressão da geração Z, voltada a juventude contemporânea, o que é um sério equívoco sem saber, Denise cometeu um grave erro de citar uma gíria ligada ao uso de drogas alucinógenas por uma elite empresarial nos agitos noturnos dos anos 1990. A gíria “balada” virou o sinônimo do “vocabulário de poder” descrito pelo jornalista britânico Robert Fisk. Também simboliza a “novilíngua” do livro 1984, de George Orwell, no se...

O NEGACIONISMO FACTUAL E A 89 FM

Era só o que faltava. Textos que contestam a validade da 89 FM - que celebra 40 anos de existência no dia 02 de dezembro, aniversário de Britney Spears - como “rádio rock” andam sendo boicotados por internautas que, com seu jeito arrogante e boçal, disparam o bordão “Lá vem aquele chato criticar a 89 novamente”. Os negacionistas factuais estão agindo para manter tudo como o “sistema” quer. Sempre existe uma sabotagem quando a hipótese de um governo progressista chega ao poder. Por sorte, Lula andou cedendo mais do que podia e reduziu seu terceiro mandato ao mínimo denominador comum dos projetos sociais que a burguesia lhe autorizou a fazer. Daí não ser preciso apelar para a farsa do “combate ao preconceito” da bregalização cultural que só fez abrir caminho para Jair Bolsonaro. Por isso, a elite do bom atraso investe na atuação “moderadora” do negacionista factual, o “isentão democrático”, para patrulhar as redes sociais e pedir o voicote a páginas que fogem da assepsia jornalística da ...

A RELIGIÃO QUE COPIA NOMES DE SANTOS PARA ENGANAR FIÉIS

SÃO JOÃO DE DEUS E SÃO FRANCISCO XAVIER - Nomes "plagiados" por dois obscurantistas da fé neomedieval "espirita". Sendo na prática uma mera repaginação do velho Catolicismo medieval português que vigorou no Brasil durante boa parte do período colonial, o Espiritismo brasileiro apenas usa alguns clichês da Doutrina Espírita francesa como forma de dar uma fachada e um aparato pretensamente diferentes. Mas, se observar seu conteúdo, se verá que quase nada do pensamento de Allan Kardec foi aproveitado, sendo os verdadeiros postulados fundamentados na Teologia do Sofrimento da Idade Média. Tendo perdido fiéis a ponto de cair de 2,1% para 1,8% segundo o censo religioso de 2022 em relação ao anterior, de 2012, o "espiritismo à brasileira" tenta agora usar como cartada a dramaturgia, sejam novelas e filmes, numa clara concorrência às novelas e filmes "bíblicos" da Record TV e Igreja Universal. E aí vemos que nomes simples e aparentemente simpáticos, como...

“JORNALISMO DA OTAN” BLINDA CULTURALISMO POPULARESCO DO BRASIL

A bregalização e a precarização de outros valores socioculturais no Brasil estão sendo cobertos por um véu que impede que as investigações e questionamentos se tornem mais conhecidos. A ideologia do “Jornalismo da OTAN” e seu conceito de “culturalismo sem cultura”, no qual o termo “cultura” é um eufemismo para propaganda de manipulação política, faz com que, no Brasil, a mediocridade e a precarização cultural sejam vistas como um processo tão natural quanto o ar que respiramos e que, supostamente, reflete as vivências e sentimentos da população de cada região. A mídia de esquerda mordeu a isca e abriu caminho para o golpismo político de 2016, ao cair na falácia do “combate ao preconceito” da bregalização. A imprensa progressista quase faliu por adotar a mesma agenda cultural da mídia hegemônica, iludida com os sorrisos desavisados da plateia que, feito gado, era teleguiada pelo modismo popularesco da ocasião. A coisa ainda não se resolveu como um todo, apesar da mídia progressista ter ...

O BRASIL DOS SONHOS DA FARIA LIMA

Pouca gente percebe, mas há um poder paralelo do empresariado da Faria Lima, designado a moldar um sistema de valores a ser assimilado “de forma espontânea” por diversos públicos que, desavisados, tom esses valores provados como se fossem seus. Do “funk” (com seu pseudoativismo brega identitário) ao Espiritismo brasileiro (com o obscurantismo assistencialista dos “médiuns”), da 89 FM à supervalorização de Michael Jackson, do fanatismo gurmê do futebol e da cerveja, do apetite “original” pelas redes sociais, pelo uso da gíria “balada” e dos “dialetos” em portinglês (como “ dog ”, “ body ” e “ bike ”), tudo isso vem das mentes engenhosas das elites empresariais do Itaim Bibi, na Zona Sul paulistana, e de seis parceiros eventuais como o empresariado carnavalesco de Salvador e o coronelismo do Triângulo Mineiro, no caso da religião “espírita”. E temos a supervalorização de uma banda como Guns N'Roses, que não merece a reputação de "rock clássico" que recebe do público brasile...