Linhaça Atômica

Vídeo explica por que não se pode definir como "rádio rock" uma emissora que tem vitrolão roqueiro mas se comporta igual a de qualquer FM convencional.

O lançamento do livro A Cena Musical da Black Rio - Estilo e Mediações nos Bailes Soul dos Anos 1970 , de Luciana Xavier de Oliveira, nos faz refletir a respeito das relações entre as esquerdas do passado, em relação ao soul  brasileiro, e as recentes, com o "funk", muito diferentes em contexto e demais aspectos.

Nomes da música popularesca que eram considerados baixaria, por simbolizarem a mediocridade cultural levada às últimas consequências, são hoje tidos como "geniais" pelo discurso do "combate ao preconceito" dos últimos anos.

Com base num vídeo lançado pelo crítico musical Régis Tadeu , descrevi o problema da Música Popular Brasileira, que anda perdendo seus grandes mestres sem que houvesse uma compensação com gente que ao mesmo tempo reúne talento e visibilidade.

Infelizmente, o julgamento de valores dos internautas e a interpretação equivocada de certos incidentes fazem com que se invertam os conceitos de música comercial e música não-comercial, criando uma "troca de bolas surreal", em que nomes comerciais são vistos como "não-comerciais" e nomes não-comerciais, como "comerciais".

Paula Toller se soma a uma galeria de pessoas que apoiam ou potencialmente apoiariam (no caso de personalidades do passado) a campanha de Jair Bolsonaro em 2018. A revelação de seu processo contra o uso de "Pintura Íntima" - composta com o ex-namorado Leoni, hoje progressista - repercutiu nas redes sociais, com muitos internautas chocados ao saber que a bela cantora é bolsomínion.

Vídeo comenta a estranha ênfase que as esquerdas cirandeiras (creditadas como "esquerdas médias" e equivalentes à "pequena burguesia" do marxismo tradicional) fazem de factoides envolvendo a relação de Jair Bolsonaro com as emas e o caso da cobra naja de Brasília, que ocuparam demais a agenda setting  dos esquerdistas, deixando de lado pautas fundamentais.

Tendo sido constatado, após um terceiro exame, que está com Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro mantém todo o seu descuido, se expondo à população sem máscara, e ainda comentando, de maneira cínica, de que não dá para evitar a pandemia se não ficar isolado. Vídeo menciona a pesquisa sobre hidroxicloroquina, a maior realizada no Brasil, e que comprovou que o remédio não tem a menor eficácia contra a Covid-19. (Em informação não creditada no vídeo, Jair Bolsonaro passeou de moto e conversou com garis sem fazer o uso de máscara de proteção)

Em tempos de pandemia, confirma-se, no Brasil, a tendência de que a solteirice é um "privilégio" de subcelebridades e persoalidades popularescas, dentro de um quadro desigual em que as classes abastadas enfatizam o casamento estável, mesmo sem afinidade, enquanto a solteirice é vista como uma "obrigação" para as jovens pobres, através de mecanismos ideológicos trazidos sutilmente pela mídia popularesca.

Sob o aparente objetivo de aplicar US$ 1 milhão em iniciativas sociais, atividades de agricultura familiar e medidas de saúde pública, incluindo prevenção da Covid-19, George Soros, através de sua Open Society Foundation (o vídeo credita Soros Open Society), patrocina o governo do Maranhão, na pessoa de Flávio Dino. Sabendo que George Soros é conhecido por domesticar movimentos sociais no mundo inteiro, sua iniciativa é um risco que reflete os diversos empenhos do conservadorismo soft power  em usar as esquerdas como trampolim para a volta da direita moderada ao poder no Brasil.

Existe um risco do presidente Jair Bolsonaro não renovar o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) para 2021, o que pode trazer efeitos nefastos e desastrosos para a Educação Pública no Brasil.

Reduto da música popularesca, o Domingão do Faustão trata a Música Popular Brasileira autêntica, assim como outra manifestação cultural de qualidade, como se fosse algo excepcional, como se nossa cultura normalmente não tivesse valor e tudo que tiver relevância artístico-cultural é visto como algo alheio à realidade dos brasileiros.

Artigo de Ascânio Seleme em O Globo de 18.07.2020 inventa dois Partidos dos Trabalhadores, no intuito de dividir as esquerdas e forçar setores moderados das forças progressistas a aderir a alianças com a direita moderada.

Grosseria cometida por Bruno, cantor da dupla Bruno & Marrone, à apresentadora de sua live , a ex-Big Brother Brasil Flávia Viana, grávida na ocasião, nos leva a pensar sobre essa suposta "cultura popular" de gosto e valores bastante duvidosos que a intelectualidade "bacana" passou pano durante anos.

Desde o golpe político de 2016 uma significativa parcela da sociedade brasileira, mesmo de esquerda, acredita na ilusão de que a crise, se existe, não é muito grande, que tudo está bem ou vai se resolver com facilidade. Isso lembra a sociedade brasileira pré-AI-5, só que de forma piorada e impotente em poder lutar, de maneira eficiente, contra o legado desse golpe e do (des)governo Bolsonaro.

Infelizmente, boa parte dos brasileiros subestima a crise em que vivemos, até admitindo, às vezes, sua existência, mas capazes de viver em uma ilusória felicidade achando que tudo está bem. Isso ocorre principalmente na cultura, onde as "bolhas sociais" se contentam com o mundinho pequeno em que vivem e que nem chega a ser compartilhado com boa parte de seus semelhantes, sem acesso fácil a eventos relacionados ao seu segmento social.

Enquanto o dito Dia Mundial (sic) do Rock rende, no Brasil - único país em que se comemora essa data, criada pela "Jovem Pan com guitarras", a 89 FM de São Paulo - , um mundo de festa e alegria (afinal, "É dia de rock, bebê!"), o criador do Live Aid, que inspirou a data e comemorou 35 anos de existência (em 13 de julho de 1985), o músico Bob Geldof, afirma que o festival lhe trouxe prejuízos em sua vida.

Enquanto há um silêncio a respeito do apoio de intelectuais à bregalização, dado até pouco tempo atrás, as pessoas não percebem a crise cultural por acharem que estão felizes na sua "bolha", onde apreciam cultura de qualidade.

Dominado por pessoas sem qualquer vivência com o rock, o mercado e a estrutura midiática dedicados ao rock veem o público roqueiro como um estereótipo igual ao de qualquer público de pop convencional, e atuam no segmento de maneira bastante preconceituosa.

Meu livro Esses Intelectuais Pertinentes...  explica como o suposto "combate ao preconceito" da bregalização não só nunca ajudou no fortalecimento da cultura popular como criou condições para o golpe político de 2016. Endereço para o livro:  https://www.amazon.com/ESSES-INTELECTUAIS-PERTINENTES-preconceito-bregaliza%C3%A7%C3%A3o-ebook/dp/B08541H5LC/ref=sr_1_1?dchild=1&keywords=esses+intelectuais+pertinentes&qid=1594260602&sr=8-1

De maneira tendenciosa, O Globo publicou um artigo intitulado "É hora de perdoar o PT", que no entanto não deve ser entendido senão como uma estratégia diante do radicalismo da extrema-direita. Vídeo explica melhor isso.

Trincheira do discurso do "combate ao preconceito" da bregalização, o portal Farofafá, espécie de "Duplo Expresso" da cultura musical brasileira, se converteu num reduto dos descolados pós-tropicalistas que se reúnem nos bares e centros culturais da Rua Santa Cecília, de São Paulo, os santa-cecilieiros. Vídeo explica por quê.

Reagindo a uma crítica do ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, o PSDB, através de carta aberta divulgada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, declarou rompimento do apoio ao tecnocrata, mas continua defendendo valores próprios do ultraliberalismo.

O Facebook decidiu desativar páginas relacionadas ao "Gabinete do Ódio" publicadas não só na sua plataforma, mas também no Instagram, resultando num grande desgaste dos bolsonaristas, antes privilegiados pelos algoritmos das redes sociais.

Marcada pela mediocridade gritante, a música brega-popularesca faz sucesso não por uma suposta genialidade oculta, mas porque é, na verdade, um grande negócio.

Sérgio Moro, em entrevista ao canal Globo News, admitiu que tratou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como um adversário de ringue de boxe. Por sua vez, o presidente Jair Bolsonaro cancelou compromissos ao perceber que agora sente efeitos ainda mais sérios de contaminação por coronavírus, meses depois de chamar a Covid-19 de "gripezinha" e, poucos dias atrás, vetar medidas de obrigatoriedade do uso da máscara de proteção (informação não mencionada neste vídeo).

É certo que sempre houve reacionários, mas no contexto dos atuais bolsomínions, a questão é que eles, que foram os pseudo-esquerdistas de 2005-2007, os "marx-cartistas" (trocadilho entre o pretenso marxismo e o QI macartista), vão permanecer reacionários no pós-bolsonarismo.

Vídeo comenta o diálogo da primeira-dama do governo de São Paulo, Bia Dória, com a socialite Val Marchiori, e faz uma reflexão em torno da caridade e seus mitos.

Um rápido vídeo sobre a visita à exposição Tropicália 50 Anos no Centro Cultural Banco do Brasil, realizada em 2017.

Nos anos 1990, confesso que eu detestava, a princípio, o seriado Beavis & Butthead a ponto de escrever, no meu antigo zine Tarantula View, um texto dizendo que, com o fim da série, a dupla não deixava saudades. Mas a verdade é que eu não detestava o seriado em si, mas a forma como os dois personagens eram tratados pela mídia musical brasileira. Maiores explicações neste vídeo. Mil desculpas ao grande Mike Judge.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, reagiram com vitimismo com as respectivas acusações de passar pano em Jair Bolsonaro e atuar ilegalmente ao FBI, sem o intermédio do Ministério da Justiça brasileiro em 2015. Por sua vez, Ciro Gomes repete o seu cinismo contra o Partido dos Trabalhadores chamando Fernando Haddad de "candidato falso" à Presidência da República. (Informação não creditada no vídeo: FHC declarou que votou nulo em 2018, não em Bolsonaro)

Em mais um dos inúmeros momentos vergonhosos do (des)governo Jair Bolsonaro, o anunciado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, foi demitido do cargo antes de tomar posse, e o Diário Oficial anuncia sem efeito a sua designação ao cargo.