
O presidente Lula, na busca de recuperação da popularidade a tempo de garantir sua reeleição, tenta mostrar serviço, acompanhando atividades de uma fábrica, lutando contra o “tarifaço, a guerra fiscal do presidente dos EUA Donald Trump e em querer viajar pelo país para fazer entregas de obras, além de discursar em eventos e, talvez, comícios.
Lula anunciou a intenção de fazer o reajuste do salário mínimo no próximo ano, mudando de R$ 1.518 para R$ 1.627, um acréscimo no valor de R$ 109. É um retorno ao reajuste acima de cem reais, mesmo assim sob a pressão da inflação e visando uma nova vitória eleitoral do presidente.
O valor é sempre abaixo dos padrões definidos pelo DIEESE. Ou seja, o salário mínimo é na verdade um quinto do ideal, pois não consegue garantir a qualidade de vida das classes populares. O povo tem que se virar com um orçamento bastante apertado, geralmente trabalhando demais para obter um ganho adicional.
Para a burguesia que domina as narrativas nas redes sociais, sobretudo os privilegiados enrustidos com mania de dar juízos de valor ao povo pobre - como se a burguesia pudesse “interpretar” fielmente os desejos dos pobres, o que é impossível - , o aumento salarial proposto por Lula para 2026 é para ser comemorado com festa.
Há casos extremos como o de Armínio Fraga, que na sua palestra no Brazil Conference, evento promovido pela Universidade Harvard e pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos EUA, defendeu o congelamento do salário mínimo brasileiro por seis anos. A burguesia ilustrada discorda dessa ideia, preferindo pequenos aumentos salariais para ficar bem na foto. Afinal, precisa lacrar nas redes sociais e monetizar em cima.
No entanto, fora da bolha lulista dos pretensos detentores da verdade, o povo pobre ainda se sente abandonado por Lula, exceto o “pobre de novela”, asséptico e obediente, que aparece na campanha de Lula e no imaginário dos seguidores do presidente. Esse “pobre” do mundo da fantasia é que está gostando muito do governo que, em verdade, decepciona o outro lado da pobreza que não aparece nas redes sociais.
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