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O CAMINHO QUE DERRUBOU UM MEMBRO DA ABL PARA MERVAL PEREIRA NELA ENTRAR

HUMBERTO DE CAMPOS, O ESCRITOR USURPADO POR OBRAS FAKE E MERVAL PEREIRA, O JORNALISTA FAKE QUE ENTROU NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.

O Brasil é um país doente.

Acha que está assumindo uma postura nobre ao abrir mão de seus próprios tesouros e a aceitar óbitos, em boa parte prematuros, de nossos grandes gênios.

Mas se apega, de maneira febril e psicótica, aos entulhos materiais e humanos, e se ofendem quando dissemos que até nossos facínoras e assassinos também adoecem e morrem.

O país é tão doente que, não raro, trai a coerência e a justiça social para criar uma "realidade oficial" ao sabor das conveniências e interesses de uns poucos privilegiados e arrivistas.

E isso envolve muita coisa. A literatura, por exemplo.

Vemos o caso surreal, típico de comédia de Luís Buñuel, do escritor maranhense Humberto de Campos.

O autor se situa no intervalo entre a geração do fim do século XIX, de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, e a geração de 1945, de Carlos Drummond de Andrade e Fernando Sabino.

Humberto se considerava neoparnasiano, mas por ser contemporâneo dos modernistas, estava com um pé na linguagem modernista.

Tendo vivido apenas 48 anos de idade, ele foi injustiçado num incidente que envolveu um livro pioneiro da literatura fake que transformou um arrivista de Minas Gerais numa suposta unanimidade religiosa.

Foi Humberto resenhar esse livro fake, uma antologia poética de valor duvidoso em que o autor, dito "médium", dizia ter colhido da comunicação com autores que já morreram.

O livro é bastante famoso, e a resenha disponível nas edições do Diário Carioca de 1932 digitalizadas pela Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.

Embora tido como "respeitável", o livro sofreu remendos demais para ser considerado uma "obra acabada de benfeitores espirituais", como se atribui oficialmente.

Seu autor verdadeiro, que contou com a colaboração de terceiros, não os do "além", mas os da Terra (editores, consultores literários e um chefe de uma federação religiosa situada na Av. Passos, centro do RJ), é na verdade um desses casos de arrivismo insólitos que enganaram muita gente.

Muitos não sabem, mas esse "médium" - que prefiro não dizer o nome, para não sujar minhas páginas com as más energias desse infeliz - teve uma ascensão de fazer inveja a dois maiores impostores, o falsificador estadunidense Frank Abagnale Jr. e o estelionatário brasileiro Marcelo Nascimento.

Frank Abagnale Jr., hoje ex-fraudador e consultor, foi um farsante que se tornou bem sucedido durante cinco anos.

Sua trajetória inspirou o filme Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can), de Steven Spielberg, com o biografado interpretado por Leonardo di Caprio.

Marcelo Nascimento foi um farsante que se envolveu com tráfico de drogas, se passou por parente de empresários, enganou famosos e virou um empresário aparentemente arrependido condenado pelo regime semi-aberto, até ser preso há poucas semanas por falsificar atestado de progressão de pena.

Sua vida foi relatada no livro VIPs - A História de um Mentiroso, de Mariana Caltabiano (eu li esse livro) e a adaptação cinematrográfica teve o ator Wagner Moura no papel do protagonista.

O tal "médium" se ascendeu combinando, numa só pessoa, a esperteza arrivista de seu conterrâneo Aécio Neves com o tendenciosismo supostamente filantrópico de Luciano Huck, dentro daquela "caridade" marqueteira que ajuda mais o "benfeitor" do que os necessitados.

O "médium" (por sinal, um quase xará de Abagnale) iniciou produzindo fakes e enganou o mundo inteiro ao se transformar em líder religioso, com a ajuda do tirânico presidente de uma federação religiosa que o ajudava na elaboração desses livros fake.

Humberto foi uma das maiores vítimas, e, embora oficialmente a apropriação desse nome seja considerada como "motivada pela caridade", ela teria sido, segundo especialistas, como uma revanche do tal "médium".

O "médium", conhecido por muitos pelo uso de peruca e óculos Ray-Ban e um visual cafona, não teria gostado da resenha irônica escrita por Humberto em duas partes, no Diário Carioca.

Nessa época o jovem arrivista, de 22 anos, não usava peruca e se vestia como se fosse um caipira dos anos 1920, e uma oportunidade fez o esperto homem, que de frágil e ingênuo só tinha a aparência, se vingar da resenha irônica de 1932.

A resenha de duas partes de Humberto de Campos usava o recurso irônico de "reconhecer as semelhanças" das obras do "além" com as dos autores alegados deixadas em vida, mas no fundo via nessas "obras espirituais" grandes pastiches.

No final da resenha, Humberto recomendava que não se produzisse mais obras do "além", para que elas não ameacem o ganha-pão dos autores vivos.

Dois anos depois Humberto ficou doente e morreu com apenas 48 anos. O suposto médium resolveu esperar o tempo passar e armar seu plano maligno.

Ele inventou um sonho no qual Humberto lhe perguntava se era o "menino" do tal livro de poemas, para justificar a usurpação do nome do autor, que havia sido membro da Academia Brasileira de Letras.

Com essa desculpa (há dúvidas se o sonho realmente existiu), o "médium" foi deixado à vontade para fazer o que quiser com o nome de Humberto de Campos.

Tem até uma patriotada risível, um livro lançado em 2018 que pretendia transformar o Brasil numa teocracia imperialista, apesar das desculpas "maravilhosas" que iludiram muita gente.

Afinal, quem é que não gostaria de ver o próprio país dominando o planeta?

Talvez não gostassem aqueles que sabem que isso não trará a verdadeira prosperidade. Mas isso é um outro assunto.

Como um "Marcelo Nascimento" da fé religiosa, o tal "médium" foi processado em 1944 por usar o nome de Humberto de Campos.

A "justiça seletiva" que viu nesses religiosos precursores de uma espécie de "tucanato messiânico" a que se reduziu tal religião, o Espiritismo à brasileira que traiu as lições de Allan Kardec, beneficiou com impunidade o arrivista mineiro.

Seu mito então cresceu como bola de neve, e driblando, com a esperteza e a ajuda de aliados, todo tipo de incidente que colocaria sua reputação em risco. Como um Aécio Neves do espiritualismo, o "médium" se ascendeu até virar suposto símbolo de bondade e amor ao próximo.

Um sobrinho que iria denunciá-lo faleceu em circunstâncias misteriosas. A participação do "médium" numa farsa montada por uma ilusionista, desmascarada por O Cruzeiro em 1970, foi abafada e criou-se a falácia de que "cúmplice não é culpado". E o arrivista mineiro saiu-se bem nessa.

Ele enganou tanta gente e em tantos incidentes e, ao seu lado, não estavam os verdadeiros ativistas sociais ou as forças progressistas que, quando muito, o viam com gentil complacência.

O "médium" tinha a seu lado barões da grande mídia que queriam forjar um suposto "símbolo de caridade" para evitar que os verdadeiros ativistas sociais aparecessem.

Até a "caridade" do "médium" ou era frouxa - mera doação de mantimentos e roupas alardeada por caravanas ostensivas e marqueteiras -  , ou era cruel, no caso a divulgação de "cartas de parentes mortos" que, além de fake, exploravam de maneira sensacionalista as tragédias familiares.

Só mesmo a desinformação para fazer com que esse arrivista chegasse ao ponto de ser erroneamente visto como acumulador de virtudes humanas.

Ele era erroneamente associado a supostas qualidades que ele não tinha: filantropo, intelectual, profeta, cientista etc. De maneira ridícula, até lhe colocaram a palavra "Amor" como seu sobrenome.

Profundamente reacionário, o "médium" revelou quem ele era num programa de TV de 1971: reacionário, ranzinza, medieval. Mais tarde, ele caluniou os próprios amigos que desconfiaram de suposta psicografia atribuída a um engenheiro conhecido deles que morreu afogado.

Mas nada disso abalava o "Aécio Neves" da fé espiritualista, que fortaleceu sua reputação quando passou a ser blindado, há 40 anos, pelas Organizações Globo. Até filme biográfico se fez sobre a vida dele.

"Médiuns" desse Espiritismo medievalizado são protegidos pela Globo e a favor deles se constrói uma narrativa agradável, porém mentirosa, a respeito deles.

Eles viram "filantropos de novela", associados a uma caridade que eles nunca praticaram um momento sequer e nem produziu os resultados esperados.

Quem faz essa "caridade" de resultados frouxos são os fiéis que vão na lábia desses escribas fariseus modernos e falastrões com lábios de mel para gastar dinheiro com donativos ou doar coisas já usadas.

Os "médiuns" ficam fazendo turismo, recebendo medalhas, vivendo do culto à personalidade, enquanto a mídia venal os transforma em falsos ativistas para que pessoas que realmente ajudam (e que são criminalizadas por essa mídia) não tenham vez.

E o tal "médium" de Minas Gerais chegou a enganar o filho homônimo de Humberto de Campos, que se deixou levar por um espetáculo ostensivo de pregação religiosa e ostentação de Assistencialismo.

Com isso, o "médium" conseguiu o que queria: derrubar o coitado do Humberto de Campos.

Hoje ele é pouco conhecido por suas obras, todas oficialmente fora de catálogo. Mas as obras fake que levam seu nome circulam livremente e têm até cópias gratuitas na Internet.

Isso traz energias ruins para o Brasil, sobretudo pela confusão mental que garante a alta reputação de figuras lamentáveis como esse "médium", precursor dos fakes da Internet.

Não por acaso quem mais gosta de "médiuns" assim são idosos conservadores, moralistas em geral e, principalmente, sociopatas das redes sociais que prestam devoção a esse pretenso filantropo.

E aí, o que temos: a tal federação religiosa tem sempre uma instalação ostensiva nas Bienais do Livro, nosso mercado literário é pouco comprometido com o Conhecimento e páginas de fake news são multiplicadas na Internet.

E aí, derrubado Humberto de Campos, reduzido na posteridade a um fake de ideias medievais, abriu o caminho para a mídia venal também fazer o que quer.

Temos Luciano Huck como pretenso filantropo, à maneira do roteiro que alimentou o "médium" e certa católica de origem albanesa que maltratava internos num país asiático.

Uma caridade só de resultados pontuais, ajudando um e outro, mas ajudando muito mais a promoção pessoal do suposto benfeitor.

A decadência do país, que se ajoelhou a um falsário do espiritualismo, torna-se notória e, comprovadamente, mostra que a suposta caridade atribuída a eles foi um fiasco.

E, não bastasse a decadência de nosso mercado literário, a Academia Brasileira de Letras que abrigou Humberto agora abriga nulidades como Merval Pereira.

Um longo caminho se abriu para chegarmos à mediocridade de hoje, 80 anos depois da patriotada atribuída a Humberto ter sido lançada, e que nunca passou de um livro de História ruim, mal escrito e cheio de bobagens fantasiosas e mistificadoras.

Sob as bênçãos da mesma Globo que blinda os "médiuns", Merval Pereira mantém tranquilo um assento na "casa de Machado de Assis", sem ter os méritos naturais para tanto.

É por isso que o Brasil virou um paraíso de arrivistas.

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