O consumismo voraz dos "bem de vida" mostra o quanto o impulso de comprar, sem ver o preço, ajuda a tornar os produtos ainda mais caros. Mesmo no Brasil de Lula, que promete melhorias no poder aquisitivo da população, a carestia é um perigo constante e ameaçador.
A "boa" sociedade dos que se acham "melhores do que todo mundo", que sonha com um protagonismo mundial quase totalitário, entrou no auge no período do declínio da pandemia e do bolsonarismo, agora como uma elite pretensamente esclarecida pronta a realizar seu desejo de "substituir" o povo brasileiro traçado desde o golpe de 1964.
Vemos também que a “boa” sociedade brasileira tem um apetite voraz pelo consumo. São animais consumistas porque sua primeira razão é ter dinheiro e consumir, atendendo ao que seus instintos e impulsos, que estão no lugar de emoções e razões, ordenam.
Para eles, ter vale mais do que ser. Eles só “são” quando têm. Preferem acumular dinheiro sem motivo e fazer de suas contas bancárias seus dormitórios financeiros. Acham que seu dinheiro não tem limites, e esse pensamento não só toma conta dos super-ricos, mas contagia a classe média abastada - a pequena burguesia - e até os pobres remediados, com riquezas “fabricadas” por loterias ou promoções de produtos.
Por isso esse pessoal todo consome sem ver preço. Nas crises econômicas, eles continuam consumindo de maneira impulsiva. Não veem preços na sua frente, veem apenas o prestígio da marca. Podem não ver a qualidade dos produtos, pois frequentam lanchonetes e consomem cafés de qualidade bastante duvidosa, se valendo mais pela imagem que tais produtos aparecem na mídia e no mercado.
Por isso, acabam, com seu consumismo excessivo, comprando demais e tirando produtos das prateleiras. Até movimentam a economia e o mercado de trabalho, mas escasseiam os produtos e forçam, com isso, que os estoques sejam repostos com preços caros para controlar a demanda. Muitos produtos encarecem para evitar que a compra seja rápida demais e falte produtos nas lojas.
Daí que os "animais consumistas" acabam legitimando o padrão de preços altos de muitas mercadorias, o que ajuda também nos reajustes dos preços. Dessa forma, a "boa" sociedade, também conhecida como a "sociedade do amor" ou a elite do bom atraso, pode fingir ser pobre quando fala errado e "capricha" nas roupas informais, mas quando o assunto é consumo, a alma aristocrática se revela da maneira mais explícita possível.
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