CIRO GOMES SE DIVIDE ENTRE NEOLIBERAIS E ESQUERDISTAS MODERADOS.
As peças do jogo eleitoral estão se montando, depois que muitos brasileiros, com um pingo de frustração, curtiram a ressaca da Copa do Mundo da Rússia.
Sinto um clima melancólico no Brasil, um país extremamente atrasado e preso em paradigmas de, pelo menos, 44 anos atrás.
Um país que não mediu escrúpulos em andar para trás, e agora começa a fazer um balanço de seus erros.
Diante do elenco de possíveis presidenciáveis, já vimos saírem do páreo Luciano Huck, Joaquim Barbosa e, recentemente, Flávio Rocha.
Agora o que vemos são os acordos de apoios partidários e todo o esforço do chamado "centro" em evitar que Jair Bolsonaro - que cogita ter um general como vice, Augusto Heleno (PRP-DF), de quem o presidenciável foi cadete - chegue ao segundo turno.
E o pior é que Augusto Heleno negou que irá ser vice de seu ex-pupilo e ainda cogita se desfiliar do PRP.
O "centro" talvez deseje uma "solução Pindamonhangaba" para o segundo turno, nome que se refere à cidade paulista natal de Ciro Gomes (apesar de radicado no Ceará) e Geraldo Alckmin.
Estamos num momento em que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou à prisão, em regime semi-aberto, de manifestantes que protestaram nos eventos de 2013 e 2014.
A sentença foi dada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 2ª Vara Criminal, acusando os envolvidos de formação de quadrilha e corrupção de menores.
A manifestante Elisa Pinto Sanzi, a Sininho, e os rapazes Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, acusados de matarem, ao soltarem um rojão, o cinegrafista da TV Bandeirantes carioca, Santiago Andrade, estão entre os condenados, que esperarão julgamento em liberdade.
Outro incidente foi a morte de uma bancária depois de tentar fazer uma cirurgia estética nos glúteos na clínica de Dênis César Barros Furtado, o "Doutor Bumbum", localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A moça, Lilian Calixto, residente em Cuiabá, sofreu complicações após a cirurgia e, internada em estado gravíssimo, não resistiu aos sintomas, morrendo no último domingo, 15 de julho.
Dênis Furtado possui registros de medicina em Goiás e Brasília, mas não podia atuar profissionalmente no Rio de Janeiro, sem avaliação prévia do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro).
Dênis, que está foragido, já tinha vários processos criminais, inclusive por homicídio que teria sido praticado em 1997.
A mãe do médico e a namorada são acusados de cúmplicidade com o crime. A namorada prestou depoimento e negou participação.
No entanto, ele é muito popular nas redes sociais, com seu perfil chegando a 645 mil seguidores.
Ele também é conhecido pelo seu perfil fascista, defendendo intervenção militar e despejando frases moralistas contra o esquerdismo.
"É bonito ser comunista até mexerem em nosso bolso. Pagar com o dinheiro dos outros é fácil, mais propriamente dizendo", escreveu Dênis, certa vez, como se o fascismo não pudesse fazer tal coisa com os "cidadãos de bem".
Ele também reprovava o desarmamento e posou para uma foto portando um fuzil. Em outra, usava uma boina típica de um bolsonarista.
As redes sociais viraram um antro de obscurantismo e reacionarismo, embora também haja a atuação artificial dos "robôs" que influencia na falsa popularização dos reaças.
Nesse cenário retrógrado, "bondade" só serve para ser suposto privilégio de ídolos como os lamentáveis "médiuns" do Espiritismo feito no Brasil, que vivem do culto à personalidade e de retóricas ao mesmo tempo diabéticas e moralmente antiquadas.
Para quem não sabe, esses figurões da "fé (ir)racionalizada", traidores do legado de um pedagogo francês, são associados a uma "caridade" que é fajuta e irreal como ficção de novela, que trouxe resultados sociais medíocres e serve mais como pretexto para adoração desses beatos.
O mais esperto deles, um mineiro já falecido que a mídia venal e o mercado editorial associado tentam reabilitar com persistência, era um sujeito sombrio que pedia para os desafortunados sofrerem calados e usava os nomes dos mortos, famosos ou não, para promover mero sensacionalismo.
Lamentável um sujeito desses ser adorado por muitas multidões e até por setores das esquerdas, seduzidos pelo falso cheiro de humildade desse farsante.
E ele queria que o Brasil dominasse o mundo, a pretexto de "ensinar fraternidade a outros povos da Terra". Já vimos esse filme com o Catolicismo medieval do Império Bizantino.
Não. O Brasil não precisa e nem merece dominar o mundo. Não queremos supremacia mundial, mas qualidade de vida e justiça social.
E diante do risco de um Bolsonaro tomar o poder e Lula ser definitivamente banido da corrida presidencial, somos reféns de um destino que o golpe político tenta nos impor.
Ou nos contentemos com o "neoliberalismo progressista" a ser simbolizado por Ciro Gomes ou com versões light do governo Michel Temer, ou encaremos um ditador dissimulado pelo "voto popular".
A situação do Brasil está muito, muito melancólica. E preocupante.
As peças do jogo eleitoral estão se montando, depois que muitos brasileiros, com um pingo de frustração, curtiram a ressaca da Copa do Mundo da Rússia.
Sinto um clima melancólico no Brasil, um país extremamente atrasado e preso em paradigmas de, pelo menos, 44 anos atrás.
Um país que não mediu escrúpulos em andar para trás, e agora começa a fazer um balanço de seus erros.
Diante do elenco de possíveis presidenciáveis, já vimos saírem do páreo Luciano Huck, Joaquim Barbosa e, recentemente, Flávio Rocha.
Agora o que vemos são os acordos de apoios partidários e todo o esforço do chamado "centro" em evitar que Jair Bolsonaro - que cogita ter um general como vice, Augusto Heleno (PRP-DF), de quem o presidenciável foi cadete - chegue ao segundo turno.
E o pior é que Augusto Heleno negou que irá ser vice de seu ex-pupilo e ainda cogita se desfiliar do PRP.
O "centro" talvez deseje uma "solução Pindamonhangaba" para o segundo turno, nome que se refere à cidade paulista natal de Ciro Gomes (apesar de radicado no Ceará) e Geraldo Alckmin.
Estamos num momento em que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou à prisão, em regime semi-aberto, de manifestantes que protestaram nos eventos de 2013 e 2014.
A sentença foi dada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 2ª Vara Criminal, acusando os envolvidos de formação de quadrilha e corrupção de menores.
A manifestante Elisa Pinto Sanzi, a Sininho, e os rapazes Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, acusados de matarem, ao soltarem um rojão, o cinegrafista da TV Bandeirantes carioca, Santiago Andrade, estão entre os condenados, que esperarão julgamento em liberdade.
Outro incidente foi a morte de uma bancária depois de tentar fazer uma cirurgia estética nos glúteos na clínica de Dênis César Barros Furtado, o "Doutor Bumbum", localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A moça, Lilian Calixto, residente em Cuiabá, sofreu complicações após a cirurgia e, internada em estado gravíssimo, não resistiu aos sintomas, morrendo no último domingo, 15 de julho.
Dênis Furtado possui registros de medicina em Goiás e Brasília, mas não podia atuar profissionalmente no Rio de Janeiro, sem avaliação prévia do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro).
Dênis, que está foragido, já tinha vários processos criminais, inclusive por homicídio que teria sido praticado em 1997.
A mãe do médico e a namorada são acusados de cúmplicidade com o crime. A namorada prestou depoimento e negou participação.
No entanto, ele é muito popular nas redes sociais, com seu perfil chegando a 645 mil seguidores.
Ele também é conhecido pelo seu perfil fascista, defendendo intervenção militar e despejando frases moralistas contra o esquerdismo.
"É bonito ser comunista até mexerem em nosso bolso. Pagar com o dinheiro dos outros é fácil, mais propriamente dizendo", escreveu Dênis, certa vez, como se o fascismo não pudesse fazer tal coisa com os "cidadãos de bem".
Ele também reprovava o desarmamento e posou para uma foto portando um fuzil. Em outra, usava uma boina típica de um bolsonarista.
As redes sociais viraram um antro de obscurantismo e reacionarismo, embora também haja a atuação artificial dos "robôs" que influencia na falsa popularização dos reaças.
Nesse cenário retrógrado, "bondade" só serve para ser suposto privilégio de ídolos como os lamentáveis "médiuns" do Espiritismo feito no Brasil, que vivem do culto à personalidade e de retóricas ao mesmo tempo diabéticas e moralmente antiquadas.
Para quem não sabe, esses figurões da "fé (ir)racionalizada", traidores do legado de um pedagogo francês, são associados a uma "caridade" que é fajuta e irreal como ficção de novela, que trouxe resultados sociais medíocres e serve mais como pretexto para adoração desses beatos.
O mais esperto deles, um mineiro já falecido que a mídia venal e o mercado editorial associado tentam reabilitar com persistência, era um sujeito sombrio que pedia para os desafortunados sofrerem calados e usava os nomes dos mortos, famosos ou não, para promover mero sensacionalismo.
Lamentável um sujeito desses ser adorado por muitas multidões e até por setores das esquerdas, seduzidos pelo falso cheiro de humildade desse farsante.
E ele queria que o Brasil dominasse o mundo, a pretexto de "ensinar fraternidade a outros povos da Terra". Já vimos esse filme com o Catolicismo medieval do Império Bizantino.
Não. O Brasil não precisa e nem merece dominar o mundo. Não queremos supremacia mundial, mas qualidade de vida e justiça social.
E diante do risco de um Bolsonaro tomar o poder e Lula ser definitivamente banido da corrida presidencial, somos reféns de um destino que o golpe político tenta nos impor.
Ou nos contentemos com o "neoliberalismo progressista" a ser simbolizado por Ciro Gomes ou com versões light do governo Michel Temer, ou encaremos um ditador dissimulado pelo "voto popular".
A situação do Brasil está muito, muito melancólica. E preocupante.
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