Não podemos estragar a brincadeira. Imagine, nós, submetidos aos fatos concretos e respirando o ar nem sempre agradável da realidade, termos que desmascarar o mundo de faz-de-conta do lulismo. A burguesia ilustrada fingindo ser pobre e Lula pelego fingindo governar pelos miseráveis. Nas redes sociais, o que vale é a fantasia, o mundo paralelo, o reino encantado do agradável, que ganha status de “verdade” se obtém lacração na Internet e reconhecimento pela mídia patronal.
Lula tornou-se o queridinho das esquerdas festivas, atualmente denominadas woke, e de uma burguesia flexível em busca de tudo que lhe pareça “legal”, daí o rótulo “tudo de bom”. Mas o petista é visto com desconfiança pelas classes populares que, descontando os “pobres de novela”, não se sentem beneficiadas por um governo que dá pouco aos pobres, sem tirar muito dos ricos.
A aparente “alta popularidade” de Lula só empolga a “boa” sociedade que domina as narrativas nas redes sociais. Lula só garante apoio a quem já está bem de vida e recebe mais de R$ 7 mil por mês, em valores reais. Essa realidade é dolorosa, mas é verídica.
Ninguém apoia um político de graça. O povo pobre não vai passar pano nos erros de Lula e não tem paciência para esperar a revalorização do salário e a humanização do trabalho. Quanto a salários, não são os tecnocratas do governo que vão dizer se este ou aquele índice de aumento salarial são reajustes reais ou não. É o povo que sabe, no seu orçamento cotidiano, se o aumento salarial é significativo ou precário.
Lula mais atuou visando a sua consagração pessoal do que sua governança. Queria se ostentar para o mundo, enquanto apelava, na política interna, para a maquiagem dos relatorismos, que mostravam dados fantásticos de uma colheita onde não se viu uma plantação.
Daí que a aparente “alta popularidade” de Lula só vale para a bolha das redes sociais, ao Clube de Assinantes VIP do Lulismo. O povo pobre da vida real não tem voz nem vez nessas narrativas de contos de fadas, enfrentando trabalho precário e, com os salários de fome, têm que dividir entre alimentos e contas. A desconfiança dos pobres com Lula é um grande tabu nas redes sociais, mas aqui embaixo as coisas são diferentes. A baixa popularidade de Lula é uma realidade que se revela irreversível entre os pobres do mundo real.
Que Lula tem que combater o tarifaço, isso é sua obrigação. Que alternativas sejam feitas para prevenir os estragos, isso é louvável. Mas Lula não se torna herói com isso, não pode ser visto como o Super-Homem ou como o "Luís Inácio Superstar" da geração woke, e, além disso, o presidente brasileiro se recusou a combater os juros altos da dívida pública brasileira e ainda defendeu o IOF, que não é muito diferente do tarifaço e é até pior.
Mas o negacionista factual não quer saber. Lula é o salvador do Brasil e do planeta e promete salvar o universo e teremos que acreditar nisso sob o risco de sofrermos boicotes e cancelamentos na Internet. Que aceitemos viver no mundo da fantasia com o Papai Noel de Garanhuns e seu governo de contos de fadas, sonhemos com "recordes históricos" surgidos da noite para o dia e entremos no Primeiro Mundo apenas porque sorrimos, cantamos e brincamos. Que a realidade aceite submissa ao império da fantasia.
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