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O DISCURSO DE LULA APÓS CONDENAÇÃO, O DE JANGO ANTES DO GOLPE DE 1964 E O "FUNK"


Lula e João Goulart estão unidos por um discurso que, sabemos, vale menos pelas esperanças que eles tentaram inspirar no povo brasileiro e mais pelos oportunistas que pegaram carona nele.

Um discurso de coragem e otimismo, que acabou sendo em vão pelas forças reacionárias ou falsamente solidárias que derrotaram Jango e querem derrotar Lula.

E as forças falsamente solidárias, movimentos exóticos motivados pelo discurso coitadista, deveriam inspirar cautela e não admiração.

A chibata produziu o discurso dos marinheiros comandados por Cabo Anselmo.

A repressão policial produziu o discurso dos funqueiros de hoje.

Sou contra a criminalização do "funk", não pelas mesmas razões de seus defensores.

Até porque é a criminalização que acabou impulsionando esse discurso pseudo-ativista e pseudo-cultural.

Por que o "funk" não pode ser considerado cultura? Porque em vez de interferir na realidade, como toda cultura faz, o "funk" sempre se subordina a ser um reflexo da mesma.

O "funk" surgiu abolindo os instrumentos musicais, como uma espécie de "plano Temer" da música brasileira.

Sabe-se que o funk autêntico tinha bons cantores, bons músicos e dava ênfase nos arranjos.

James Brown tinha uma orquestra por trás, o JB's, de atuação impecável à altura do exigente cantor e músico.

Mas o "funk carioca", no fundo um processo arrivista de mercantilização musical comandada por empresários-DJs, reduziu tudo a um mero karaokê mesclado com a fetichização de seus intérpretes.

Sabe-se que o "funk" é o Cabo Anselmo da vez e, desta vez, o golpismo político está unido a dois eventos diferentes em princípio, mas similares em muitos aspectos.

Em 30 de março de 1964, João Goulart, em plena crise política e já com a "cabeça a prêmio" pelo discurso na Central do Brasil, 17 dias antes, foi discursar na sede do Automóvel Clube, no Rio de Janeiro, então capital da Guanabara.

No último 13 de julho de 1964, foi o ex-presidente Lula, discursando na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro por suposto esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Entre os convidados estava Bruno Ramos, presidente da Liga do Funk, uma entidade que se diz "de esquerda" visando os recursos públicos do Ministério da Cultura petista, via Lei Rouanet, geralmente mais generosos para os funqueiros.

No caso de Jango, seu discurso era acompanhado por pessoas como o sargento José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo.

Era um discurso em solidariedade aos marinheiros comandados por Cabo Anselmo, articulados na Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil.

Esses militares, evidentemente não a totalidade dos militares de baixa patente, eram o equivalente, na época, aos funqueiros de hoje, no que se diz à retórica.

"MAS EU SÓ QUERO É SER FELIZ, FELIZ, FELIZ...", VERSÃO 1964.

É um discurso engenhoso, que combina vitimismo e triunfalismo, de supostos manifestantes que desviam o foco dos debates esquerdistas.

Assim como os funqueiros, os fuzileiros revoltosos tinham um discurso bastante verossímil, convincente para muitos, sobre os "movimentos das classes excluídas".

Soam muito estranhos esses fenômenos, porque eles, a despeito de se proclamarem "solidários" com os movimentos sociais, bagunçam com os debates sociais com seu perfil exótico.

O "funk" tenta se dizer "esquerdista" e "revolucionário", mas seu discurso tem um quê de hipocrisia e oportunismo.

O ritmo nunca passou de um pop comercial, influenciado claramente pelo miami bass dos EUA, e marcado por uma degradação da linguagem musical ditada pelos poderosos e ricos DJs.

O "funk" cresceu nos anos 90 patrocinado pelas Organizações Globo e pelos ventos políticos da Era Collor.

O "funk" também é financiado por órgãos "humanitários" ligados à CIA, como Fundação Ford e Soros Open Society.

É até constrangedor que o discurso da Liga do Funk apele para uma tendenciosa "aversão à mídia":

"Os golpistas estão a serviço de interesses do grande capital internacional, de olho no pré-sal e em todas as riquezas do solo e do subsolo do país, comandados pela embiaxada dos Estados Unidos e pela família Marinho, dona da rede Golpe de televisão (ex-Globo)", diz um dos textos.

Se os próprios funqueiros vão, felizes da vida, ao Caldeirão do Huck e são capazes de abraçar, com muito gosto, pessoas como o casseta Marcelo Madureira, que moral tem o "funk" de falar mal da mesma Globo que lhe dá visibilidade e prestígio?

Se não fosse a Globo Filmes, não teríamos APAFUNK, Liga do Funk, Eu Amo Baile Funk etc.

Fora da Globo, os funqueiros são capazes de irem, felizes da vida, a programas como The Noite, com o reaça Danilo Gentili.

Poucos se esquecem do quanto a famiglia Marinho enfiou o "funk" goela abaixo para o grande público em tudo quanto é veículo e atração das Organizações Globo.

O "funk" explora uma imagem caricatural das classes populares, mas como vivemos numa sociedade hipermidiatizada, ela é tida como a "mais crua realidade das periferias".

A caricatura chega a ser pior do que a caricatura do povo pobre que havia nas velhas chanchadas da Atlântida. Há intérpretes de "funk" que parecem estereótipos saídos de A Praça É Nossa.

Paciência. A classe média, mesmo a dita esclarecida, não conhece bem as periferias, só conhece pelas abordagens de documentários de televisão.

Poucos conseguem ver o que realmente é periferia.

O mais gozado é que os maiores defensores do "funk" nas redes sociais são anti-petistas, "coxinhas" e até mesmo fãs de Aécio Neves.

No dia seguinte ao do discurso de João Goulart frente ao Cabo Anselmo e seus pares, iniciou-se um levante militar que se completou no começo de abril.

Foi o golpe militar de 1964, creditado oficialmente ao dia 31 de março para evitar trocadilhos com o Dia da Mentira, celebrado em primeiro de abril.

Lula discursou num momento em que os procuradores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região estão analisando a condenação feita por Sérgio Moro para dar um parecer em segunda instância.

Será um outro golpe político, desta vez investindo não num governo ceifado, mas numa candidatura que as elites querem que seja natimorta.

O "funk" foi "fazer solidariedade" a Lula, tal como Cabo Anselmo a Jango, talvez como uma possível vigilância.

O "funk" quer ser "movimento social" para que outros não sejam, ou para que outros só possam ser desde que subordinados à supremacia do "funk".

Os movimentos sociais acabam sendo reféns do "funk", último fenômeno brega-popularesco a tentar cooptar as esquerdas.

Essa "solidariedade" dos funqueiros é uma coisa estranha, de um ritmo que só teve sua razão de ser com o apoio das mesmas Organizações Globo da qual, tendenciosamente, falam mal.

Parece muito mais uma infiltração, dessas feitas para desviar o foco.

Afinal, os funqueiros usam seu discurso para desviar o debate da reforma trabalhista.

Os funqueiros se dizem solidários com o esquerdismo, mas na hora H apunhalam as esquerdas pelas costas e vão comemorar suas vitórias nos palcos da Rede Globo.

Infelizmente as esquerdas gostam de morder certas iscas. O "funk" vai acabar tirando Lula da corrida presidencial de 2018.

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