Desde 2016, as elites brasileiras passaram a sofrer uma certa psicose, ou seja, distúrbio psicológico marcado pela perda de contato com a realidade. Passaram a ver as coisas conforme seus umbigos, sua "realidade" é o que somente é admitido por suas convicções pessoais. Pensam agora que o Brasil, para retomar o crescimento, precisa abrir mão de sua soberania e seu patrimônio e cancelar os direitos trabalhistas. Mais psicótico que isso, impossível. Para elas, dane-se a perplexidade do cotidiano, o legal é o "efeito manada", o "efeito morsas do Alasca", nos quais há uma estranha adesão coletiva a retrocessos. Anteontem o Supremo Tribunal Federal, de maneira carnavalesca, aprovou a terceirização generalizada, na qual o trabalhador deixa de ser reconhecido pelo CPF e passa a ter um CNPJ, se tornando um trabalhador "sem patrão". Enquanto os partidários da reforma trabalhista pregam a ilusão de que o Brasil se transformaria no Vale do Silíc...