SE JÁ TEM LIVRO SOBRE JOHN E SEU CACHORRINHO GEORGE, SÓ FALTA LIVRO DE UM PAUL COM SEU CACHORRINHO RINGO. SEMPRE OS NOMES DE MÚSICOS!
Infelizmente, o mercado literário é dominado por livros supérfluos. Na pós-modernidade bovina em que vivemos, as pessoas que não eram habituadas a ler livros não poderiam mesmo ir fundo a obras substanciais, se limitando a ler obras de preferência inócuas.
Hoje vemos uma avalanche de frivolidades literárias que ocupam as listas dos livros mais vendidos, desde "auto-ajudas" que só ajudam seus próprios autores até livros sobre vampiros e diários pessoais de "patricinhas" falando de bobagens cotidianas.
De repente, a moda agora são livros sobre cachorros que têm nomes de músicos. Claro, temos aqueles filmes comerciais com cachorro chamado Beethoven, que na verdade era da espécie sheepdog, popularmente conhecida como "raça São Bernardo".
Mas aí veio o tal Marley e, mais recentemente, um livro sobre John e George que nada tem a ver com os Beatles, mas de um cara chamado John e seu cachorro chamado George. Daqui a pouco virão Clapton, Jagger e Hendrix. Será que no Brasil teremos um cão chamado Cazuza?
Não dá para entender a ênfase que os leitores fazem de obras assim tão supérfluas. Ou é a "patricinha" que só fala de suas frescuras com o seu guarda-roupa, ou do guru que garante que você poderá ganhar seu emprego pulando amarelinha ou mais um enredo de estudantes universitários se mordendo na esperança de uns se hidratarem com o sangue dos outros.
E agora são os livros com cachorros com nomes de músicos, geralmente com donos que não passam de ilustres estranhos, gente que não tem muito diferencial e a qual não irá acrescentar muita coisa em nossas vidas, nem se batizarem seus cachorros de Beethoven, Mozart ou Tchaikovsky.
Que as pessoas possam buscar uma literatura de entretenimento, tudo bem. Há best sellers que valem a pena ler, descompromissados e inteligentes, ainda que banais. O problema é quando obras que estão longe de serem ao mesmo tempo divertidas e instigantes passam a ser prioridade, sem que representem algo relevante para a vida de seus leitores.
As pessoas se "interessam" tanto pelo dono do cachorrinho com nome de músico quanto pela intimidade televisionada dos membros do Big Brother Brasil. As "necessidades" acabam sendo construídas pelo marketing midiático e, por isso, as pessoas desperdiçam seu tempo com produtos de entretenimento no qual, no fundo, não sentem a menor necessidade nem real interesse.
Se as pessoas pensassem melhor e saíssem de suas zonas de conforto, certamente procurarão livros mais relevantes para lerem, que possam, ao menos, unir um bom entretenimento, uma boa diversão, com transmissão de valores e conhecimentos, e até mesmo um livro de humor, sendo bom, pode ser bastante útil para a vida de seu leitor. Ler deveria ser, sobretudo, uma busca de saber.
Infelizmente, o mercado literário é dominado por livros supérfluos. Na pós-modernidade bovina em que vivemos, as pessoas que não eram habituadas a ler livros não poderiam mesmo ir fundo a obras substanciais, se limitando a ler obras de preferência inócuas.
Hoje vemos uma avalanche de frivolidades literárias que ocupam as listas dos livros mais vendidos, desde "auto-ajudas" que só ajudam seus próprios autores até livros sobre vampiros e diários pessoais de "patricinhas" falando de bobagens cotidianas.
De repente, a moda agora são livros sobre cachorros que têm nomes de músicos. Claro, temos aqueles filmes comerciais com cachorro chamado Beethoven, que na verdade era da espécie sheepdog, popularmente conhecida como "raça São Bernardo".
Mas aí veio o tal Marley e, mais recentemente, um livro sobre John e George que nada tem a ver com os Beatles, mas de um cara chamado John e seu cachorro chamado George. Daqui a pouco virão Clapton, Jagger e Hendrix. Será que no Brasil teremos um cão chamado Cazuza?
Não dá para entender a ênfase que os leitores fazem de obras assim tão supérfluas. Ou é a "patricinha" que só fala de suas frescuras com o seu guarda-roupa, ou do guru que garante que você poderá ganhar seu emprego pulando amarelinha ou mais um enredo de estudantes universitários se mordendo na esperança de uns se hidratarem com o sangue dos outros.
E agora são os livros com cachorros com nomes de músicos, geralmente com donos que não passam de ilustres estranhos, gente que não tem muito diferencial e a qual não irá acrescentar muita coisa em nossas vidas, nem se batizarem seus cachorros de Beethoven, Mozart ou Tchaikovsky.
Que as pessoas possam buscar uma literatura de entretenimento, tudo bem. Há best sellers que valem a pena ler, descompromissados e inteligentes, ainda que banais. O problema é quando obras que estão longe de serem ao mesmo tempo divertidas e instigantes passam a ser prioridade, sem que representem algo relevante para a vida de seus leitores.
As pessoas se "interessam" tanto pelo dono do cachorrinho com nome de músico quanto pela intimidade televisionada dos membros do Big Brother Brasil. As "necessidades" acabam sendo construídas pelo marketing midiático e, por isso, as pessoas desperdiçam seu tempo com produtos de entretenimento no qual, no fundo, não sentem a menor necessidade nem real interesse.
Se as pessoas pensassem melhor e saíssem de suas zonas de conforto, certamente procurarão livros mais relevantes para lerem, que possam, ao menos, unir um bom entretenimento, uma boa diversão, com transmissão de valores e conhecimentos, e até mesmo um livro de humor, sendo bom, pode ser bastante útil para a vida de seu leitor. Ler deveria ser, sobretudo, uma busca de saber.
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