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O PERIGO DO "FORA MPB"

50 ANOS DEPOIS, ESSE ARTISTA É UMA DAS VOZES EXPRESSIVAS CONTRA O GOVERNO DE MICHEL TEMER.

Dando mais um enfoque para a questão cultural, uma armadilha está sendo feita por gente supostamente solidária a Dilma Rousseff.

A intelectualidade "bacana" e seus associados, inclusive os funqueiros, sempre sabotaram os debates culturais.

A ideia é evitar que houvessem iniciativas como o Centro Popular de Cultura da UNE, que debatiam a cultura de raiz.

Intelectuais como Pedro Alexandre Sanches e Paulo César de Araújo foram educados nas fileiras acadêmicas vinculadas ao PSDB.

Cercados de outros agentes, entre eles um MC Leonardo apadrinhado pelo José Padilha (cineasta vinculado à Rede Globo e ao Instituto Millenium e que fará um filme sobre a Operação Lava-Jato bem ao gosto de Sérgio Moro), eles sabotaram o debate cultural nos períodos dos governos do PT.

Eles sempre se empenharam para que ninguém discutisse o que era "sucesso" sob o rótulo de "popular" trazido pela mídia oligárquica nacional e regional.

A ideia é desqualificar o antigo patrimônio cultural brasileiro e desmoralizar emepebistas que estivessem em alta entre o grande público.

O alvo predileto é Chico Buarque de Hollanda, figura contemporânea de José Dirceu, o antigo líder estudantil de 1968 preso por supostas ligações com o Mensalão e também indiciado pela Lava-Jato.

É como se Chico Buarque fosse o "José Dirceu da MPB".

A intelectualidade "mais legal do país", dotada do privilégio da visibilidade plena, vai logo transformando Chico Buarque na própria Geni.

É como se dissessem: "Chico Buarque, vá para Paris! MPB só tem bandido!".

O "BOM ESQUERDISTA" PEDRO ALEXANDRE SANCHES - Peraí, a gente já viu essa camiseta em algum lugar...

E aí veio a patrulha de defesa do "mau gosto popular", a "ditabranda do mau gosto".

E Pedro Alexandre Sanches vestindo a camisa da CBF e cultivando uma barbinha tipo a do roqueiro Lobão.

Comandando o coro para que ninguém questione o jabaculê radiofônico.

A intelligentzia apela para que só vejamos o espetáculo focalizando a plateia.

Se tem pobre, negro, índio, LGBT, mesmo que seja por indução da Rede Globo, tudo é "autêntico".

Se tem universitários vaiando, então, o sucesso jabazeiro é considerado "genial".

E o que está por trás disso?

Através da cultura, o ativismo político se torna mais orgânico.

Sabotando os debates culturais, desencorajando qualquer debate em torno do "sucesso popular do momento", a intelectualidade "bacana" corta o bem pela raiz.

Aceitemos, de forma bovina, o jabaculê musical e comportamental que "está aí".

Se é empurrado pela FM latifundiária, cujo dono apoia Michel Temer e tudo, pouco importa.

Se o ídolo "popular" aparece no Caldeirão do Huck, abraçando Luciano Huck como quem abraça um amigo de infância, pouco importa.

As esquerdas têm que engolir aquilo como se fosse o "suprassumo do bolivarianismo musical".

Tem pobre na plateia, tem homossexual, tem negro, é isso que importa.

E se o negro for Fernando Holiday? E alguém com passado bissexual como Alexandre Frota?

Vale Soninha Francine e Fernando Gabeira com seus "baseados"? E Ju Isen, a "popozuda coxinha"?

Diante dessa "ditabranda do mau gosto", o objetivo é bem mais maquiavélico.

Evitar que ocorresse algo similar ao que aconteceu nos primórdios da ditadura militar.

Nos primórdios do governo do general Castelo Branco, emepebistas chegaram a fazer uma peça teatral, Opinião, encenada em Copacabana, e depois foram para a televisão.

A janguista-brizolista TV Excelsior chegou a promover um festival de Música Popular Brasileira.

Depois foi a TV Record, então propriedade dos Machado de Carvalho, bem longe do pragmatismo reaça do descendente Tutinha, hoje responsável pelas rádios Panamericana (Jovem Pan).AM e FM.

Cepecistas e bossanovistas esqueceram as divergências lançadas por uma briga entre Ronaldo Bôscoli e Carlinhos Lyra e se uniram para desenvolver a nova e moderna MPB.

Os generais no poder e artistas do nível de Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo e as saudosas Nara Leão e Elis Regina mostrando música brasileira de raiz e letras de profunda inteligência e realismo.

Era um soco no estômago da plutocracia.

No começo da Era Lula, a intelectualidade "bacana" liderada pelo príncipe Sanches - discípulo nunca assumido de Fernando Henrique Cardoso e aluno-modelo de Otávio Frias Filho - queria empurrar o "mau gosto popular" para a aceitação das esquerdas.

A ideia é dizer que a MPB dos anos 60 está velha e desgastada, rompendo com um norte cultural que é muito mais grave do que se imagina.

Porque, desmoralizando Chico Buarque, se destrói a ponte de ligação das gerações atuais com o grande legado cultural que temos.

Chico Buarque apresentou para os mais jovens o legado de nomes como Oscar Niemeyer, João Gilberto, Vinícius de Moraes.

Sem ele, os jovens ficam à deriva e só consomem os "sucessos do povão" trazidos por rádios oligárquicas.

Enquanto isso, somos induzidos a acreditar que o "funk" e o tecnobrega são o "máximo em esquerdismo musical", falsamente tidos como anti-mídia.

O "funk" é a "menina dos olhos" das Organizações Globo e os funqueiros foram tão bem tratados por Luciano Huck que criaram uma gíria em homenagem ao Caldeirão do Huck: "é o caldeirão", que quer dizer "é o máximo".

O tecnobrega, falsamente tido como "discriminado pela mídia" por um Ronaldo Lemos ocupado por computadores no Rio de Janeiro, sempre esteve em alta pelas mãos do grupo O Liberal, parceiro das Organizações Globo no Pará.

Isso sem falar do patrocínio dado pelo latifúndio paraense, dividido entre fuzilar ativistas sociais e patrocinar a breguice cultural para amansar as massas.

Não se pode debater sequer um dó-ré-mi mal tocado por esses "sucessos do povão". Qualquer coisa, é só esperar chover dinheiro e depois o breguinha de plantão vai fazer "MPB de mentirinha" pior do que a "velha e desgastada MPB" que a intelectualidade "bacana" quer derrubar.

Não interessa mais sambistas de verdade ou artistas ousados como Jackson do Pandeiro.

Interessa é ver o pagodeiro-brega tocar clássicos de MPB com o conhecimento de causa de um papagaio doméstico cantando o Hino Nacional Brasileiro.

Ficou patético ver "sertanejos" tucanos cantando "Disparada" do Geraldo Vandré sem saber que a letra se dirige justamente contra os latifundiários que patrocinam esses "caubóis do asfalto".

Devemos também levar em conta que um Wesley Safadão é muito, muito mais rico do que Chico Buarque.

O que um "emepebista decadente" ganha por toda uma turnê não chega a render 1% de uma única apresentação de Safadão.

Ah, mas temos que ver a plateia. Pouco importam os bastidores do "espetáculo" popularesco.

Pouco importa se a população pobre é vista de forma caricata.

Pouco importa se o povo vai como gado para ver o "ídolo do momento" por recomendação da FM "popular" controlada por grupos oligárquicos.

A ideia é essa. Evitar o debate cultural, evitar o vexame da ditadura que deixou a música brasileira despertar, mesmo por um breve período, as consciências dos brasileiros.

Matando essa semente, legitima-se justamente a música que os "coronéis" da mídia regional querem que o grande público ouça.

Com isso, não se conscientizam as massas, cria-se um simulacro de "ativismo" nos "sucessos do povão", tirando o povo pobre das mobilizações sociais, que ficam cada vez mais esvaziadas, enquanto os debates públicos, mais isolados.

E, assim, diante da tal "cultura popular demais", reafirma-se o poder de oligarquias radiofônicas e, por conseguinte, dos barões da grande mídia privada.

Daí ser inútil os intelectuais "bacanas" gritarem "Fora Temer" e fingir que odeiam a Rede Globo.

Esses ataques soarão como vapor sumindo pelo ar, diante do fortalecimento do poder dos plutocratas.

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