Pular para o conteúdo principal

WESLEY SAFADÃO VOLTA A CANTAR PARA BRASILEIROS NOS EUA


Wesley Safadão deixou a máscara cair.

Depois dos intelectuais "bacanas" cometerem a gafe de "bolivarizar" a inócua cantora Anitta só por causa de uma piadinha maliciosa de William Waack, eles pretendem apostar no Safadão como seu último grande herói.

Mas Safadão veio revelando alguma coisa.

Para gravar seu DVD, Wesley Safadão em Miami Beach, ele fez uma promoção, oferecendo um pacote de viagens para fãs que querem vê-lo na gravação deste vídeo.

O pacote varia entre R$ 6 mil e R$ 10 mil.

Isso significa que Wesley Safadão vai se apresentar, mais uma vez, nos EUA, e, novamente, para um público de... brasileiros.

A medida é anunciada como "novidade", mas sempre aconteceu assim.

Como na própria turnê de Safadão nos EUA, tempos atrás.

Os ídolos do brega-popularesco podem se sentir "reis" no Brasil, mas lá fora eles são menos do que nada.

Sempre se tentou arrumar público brasileiro para viajar para ver esses ídolos da música "popular demais" no exterior.

Se não fosse assim, a lotação seria menor do que futebol de várzea ruim em dia de chuva intensa.

Muitos ídolos brasileiros foram para o exterior, tocar em boates de segunda categoria, com plateia brasileira e divulgação morna na imprensa.

Voltam para o Brasil e nossa grande imprensa, acostumada a mentir, diz que o ídolo da ocasião "conquistou o mundo" e voltou de uma turnê "vitoriosa" e de "estrondoso sucesso".

Depois o assunto morre por aí e ninguém mais fala no assunto.

Se tivesse ocorrido mesmo o tal "estrondoso sucesso", os gringos teriam falado do ídolo por mais tempo.

O factoide só serve para fazer com que os brasileiros mais provincianos acreditassem que seus ídolos musicais conquistaram o mundo.

Paciência, o brega-popularesco não é a "verdadeira MPB" que os intelectuais "bacanas" tanto dizem.

Eles querem que a opinião pública só olhe para a plateia, pouco importando se o sucesso "popular demais" se consolidou com muito jabaculê.

Tendo pobres, gays, negros e índios na plateia, o que estiver no palco é "sempre genial".

Uma espécie de discriminação social às avessas feita sob o rótulo do "combate ao preconceito".

O intelectual isola pobres, gays, negros e índios numa plateia feita para apreciar o "mau gosto" musical ou o pitoresco-grotesco comportamental, e expõe todo mundo à fúria dos moralistas.

O intelectual "positiva" o grotesco e o pitoresco, coloca os grupos sociais que não correspondem aos padrões da plutocracia para se associar ao "mau gosto" e, pronto.

A plutocracia reage dizendo que esses grupos sociais só gostam de "m...".

E aí vem Wesley Safadão com sua fortuna de R$ 12 milhões por mês.

É bem mais do que muito "príncipe" da "velha e desgastada" MPBzona.

Com toda certeza, o "magnata" Chico Buarque de Hollanda, o "coronel da fazenda Modelo", o "colonizador holandês da cultura brasileira", não ganha esse salário.

Mas, para todo efeito, a intelectualidade "bacana" prefere mesmo o Wesley Safadão.

Está torcendo para que ele seja entrevistado por William Waack, para assim o cantor virar "bolivariano" sem o menor esforço de militância.

Basta só o apresentador do Jornal da Globo, office-boy de Tio Sam, fazer uma pergunta irônica sobre as antigas aventuras amorosas do cantor.

Se a pergunta for maliciosa demais, pronto, até se Wesley Safadão for gaguejar ele vira "guevariano" num estalar de dedos.

O intelectual "bacana" o exalta como um contraponto ao "jurássico" Chico Buarque.

Depois o esquerdista, na boa-fé, acredita e descreve Wesley Safadão como "vítima-herói" da plutocracia midiática.

Em seguida Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constatino tomam noção e acham isso ridículo.

E aí, as esquerdas que morderam a isca da intelectualidade "bacana" são desmoralizadas por uma urubologia que se acha "cheia da razão".

Mas nessa luta entre "bacanas" e "urubólogos", os "saquaremas" e "luzias" da intelectualidade cultural, ocorrem à revelia do grande público.

Que, com uma adesão de gado bovino, vai viajar para ver Wesley Safadão em Miami ou esperar para chegar o DVD pronto nas lojas. Tudo sob o apoio da grande mídia que adora o "popular demais".

São as leis do mercado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

FOMOS TAPEADOS!!!!

Durante cerca de duas décadas, fomos bombardeados pelo discurso do tal "combate ao preconceito", cujo repertório intelectual já foi separado no volume Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , para o pessoal conhecer pagando menos pelo livro. Essa retórica chorosa, que alternava entre o vitimismo e a arrogância de uma elite de intelectuais "bacanas", criou uma narrativa em que os fenômenos popularescos, em boa parte montados pela ditadura militar, eram a "verdadeira cultura popular". Vieram declarações de profunda falsidade, mas com um apelo de convencimento perigosamente eficaz: termos como "MPB com P maiúsculo", "cultura das periferias", "expressão cultural do povo pobre", "expressão da dor e dos desejos da população pobre", "a cultura popular sem corantes ou aromatizantes" vieram para convencer a opinião pública de que o caminho da cultura popular era através da bregalização, partindo d

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

ALEGRIA TÓXICA DO É O TCHAN É CONSTRANGEDORA

O saudoso Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC - UNE), era um dos críticos da deterioração da cultura popular nos últimos tempos. Ele acompanhava a lucidez de tanta gente, como Ruy Castro e o também saudoso Mauro Dias que falava do "massacre cultural" da música popularesca. Grandes tempos e últimos em que se destacava um pensamento crítico que, infelizmente, foi deixado para trás por uma geração de intelectuais tucanos que, usando a desculpa do "combate ao preconceito" para defender a deterioração da cultura popular.  O pretenso motivo era promover um "reconhecimento de grande valor" dos sucessos popularescos, com todo aquele papo furado de representar o "espírito de uma época" e "expressar desejos, hábitos e crenças de um povo". Para defender a música popularesca, no fundo visando interesses empresariais e políticos em jogo, vale até apelar para a fal

PUBLICADO 'ESSA ELITE SEM PRECONCEITOS (MAS MUITO PRECONCEITUOSA)'

Está disponível na Amazon o livro Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , uma espécie de "versão de bolso" do livro Esses Intelectuais Pertinentes... , na verdade quase isso. Sem substituir o livro de cerca  de 300 páginas e análises aprofundadas sobre a cultura popularesca e outros problemas envolvendo a cultura do povo pobre, este livro reúne os capítulos dedicados à intelectualidade pró-brega e textos escritos após o fechamento deste livro. Portanto, os dois livros têm suas importâncias específicas, um não substitui o outro, podendo um deles ser uma opção de menor custo, por ter 134 páginas, que é o caso da obra aqui divulgada. É uma forma do público conhecer os intelectuais que se engajaram na degradação cultural brasileira, com um etnocentrismo mal disfarçado de intelectuais burgueses que se proclamavam "desprovidos de qualquer tipo de preconceito". Por trás dessa visão "sem preconceitos", sempre houve na verdade preconceitos de cl

FLUMINENSE FM E O RADIALISMO ROCK QUE QUASE NÃO EXISTE MAIS

É vergonhoso ver como a cultura rock e seu mercado radiofônico se reduziram hoje em dia, num verdadeiro lixo que só serve para alimentar fortunas do empresariado do entretenimento, de promotoras de eventos, de anunciantes, da mídia associada, às custas de produtos caros que vendem para jovens desavisados em eventos musicais.  São os novos super-ricos a arrancar cada vez mais o dinheiro, o couro e até os rins de quem consome música em geral, e o rock, hoje reduzido a um teatro de marionetes e um picadeiro da Faria Lima, se tornou uma grande piada, mergulhada na mesmice do hit-parade . Ninguém mais garimpa grandes canções, conformada com os mesmos sucessos de sempre, esperando que Stranger Things e Velozes e Furiosos façam alguma canção obscura se popularizar. Nos anos 1980, houve uma rádio muito brilhante, que até hoje não deixou sucessora à altura, seja pelos critérios de programação, pelo leque amplo de músicas tocadas e pela linguagem própria de seus locutores, seja pelo alcance do s

LULA, O MAIOR PELEGO BRASILEIRO

  POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989. A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político. O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular. Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lul

L A “SOCIEDADE DO AMOR”, SEM MEDO E SEM AMOR, APOIA O GOLPE DO BAÚ

  A sociedade brasileira que se diz “democrática”, em boa parte de “esquerda” e que, por ser, em tese, a antítese do ódio bolsonarista, se autoproclama a “sociedade do amor”, tem aspectos muito estranhos que mal conseguem fazer esconder sua condição de elite do atraso. Um dos aspectos remete à vida amorosa, que, infelizmente, tem muito menos a ver com amor do que se imagina. Mas não espalhem isso não, pois nossas elites fantasiadas de gente simples que tomam chope, vão para os estádios de futebol e estão espalhadas e escondidas entre o povo podem não gostar. A verdade, a coerência e a realidade dos fatos não têm no Brasil seu ambiente muito receptivo. Trata-se do golpe do baú, um sórdido fenômeno baseado na forma principal da mulher que se casa com um homem rico para viver da riqueza financeira do marido. As esquerdas identitárias e o brutal feminismo identitarista e pragmático da Era Lula 3.0 acham isso “positivo” e “saudável” e consideram “direito” da mulher de se casar com um homem