ROBÔS REPASSAM, NAS REDES SOCIAIS, UMA MESMA MENSAGEM DE UM SUPOSTO "ANTÔNIO CARLOS" QUE SE CUROU DA COVID-19.
A situação, no Brasil, está bastante perigosa.
Pessoas não estão aguentando ficar em quarentena, estão surtando ou então estão saindo na rua para passear, na marra.
Em São Paulo, houve redução de adesões à quarentena para menos de 50%.
Em várias cidades do país, há locais com grande movimento de pessoas, como se tudo tivesse voltado à normalidade.
Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, se comporta como se a quarentena, simplesmente, não tivesse sido determinada.
Em Niterói, dias atrás, e no Rio de Janeiro, recentemente, houve moças detidas pela polícia porque se recusaram a evitar andar na praia, desacatando recomendações médicas.
As detidas, em ambos os casos, se rebelaram diante da ordem de prisão e vários policiais tiveram que se esforçar para prendê-las.
Enquanto isso, há o absurdo de Jair Bolsonaro ter ameaçado demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Dá-se o troféu a quem merece: Mandetta está desempenhando, de forma razoável, para orientar os brasileiros a ficarem em casa, se prevenindo contra o coronavírus.
Bolsonaro, não. Ele quer a reabertura total do comércio, a volta total da normalidade, que, neste caso, é impossível. Voltar à normalidade é, na prática, anormalidade.
Mandetta afirmou que fica no cargo, usando a metáfora de que um médico não desiste de seus pacientes.
Já o presidente, este ironizou: "Médico não abandona paciente, mas paciente pode trocar de médico".
A moda dos bolsonaristas, agora, é a defesa da cloroquina como se fosse uma fórmula milagrosa para combater o coronavírus.
Algo como aqueles mascates do século XIX, fenômeno conhecido como medicine show ("espetáculo da Medicina") que vendiam remédio para curar câncer.
Ou então aquelas fórmulas de cura para calvície e emagrecimento, vendidas através do telefone, que se propagaram com maior intensidade na mesma época que os Polishop da vida (por sinal, a Polishop é uma das empresas que apoiam Bolsonaro).
Mandetta afirma que não existem garantias científicas de que a cloroquina irá curar a pessoa portadora de Covid-19.
Bolsonaro discorda, afirmando que a cloroquina já promove curas e seus seguidores foram logo aderir às alegações do "mito".
Bolsonaro quer apenas que idosos sejam deixados de lado, enquanto os jovens voltam a trabalhar e a viver abertamente, em público.
E aí os seguidores de Bolsonaro, sempre afeitos às fake news, vieram com uma grande armação nas redes sociais.
Sempre organizados em robôs, dispararam uma postagem com uma mesma história.
É a de um suposto primo chamado Antônio Carlos, de 67 anos, morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que contraiu Covid-19 e foi internado num hospital. Tomando cloroquina, saiu curado da doença.
Enquanto isso, as mortes disparam. Até as 20h45 de ontem, o Brasil registrou oficialmente 954 mortos pelo coronavírus. Hoje já devem ser mais de mil.
A situação tende a se agravar porque é justamente agora que os brasileiros estão impacientes e com vontade de romper a quarentena.
Principalmente os bolsonaristas, que ainda acham que a Covid-19 é uma "gripezinha".
E Mandetta, o único do governo Bolsonaro a realmente fazer alguma coisa pela população, está sentindo a conspiração se voltar contra ele.
Esperemos então as hordas bolsonaristas se jogarem de corpo e alma para o coronavírus.
A situação, no Brasil, está bastante perigosa.
Pessoas não estão aguentando ficar em quarentena, estão surtando ou então estão saindo na rua para passear, na marra.
Em São Paulo, houve redução de adesões à quarentena para menos de 50%.
Em várias cidades do país, há locais com grande movimento de pessoas, como se tudo tivesse voltado à normalidade.
Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, se comporta como se a quarentena, simplesmente, não tivesse sido determinada.
Em Niterói, dias atrás, e no Rio de Janeiro, recentemente, houve moças detidas pela polícia porque se recusaram a evitar andar na praia, desacatando recomendações médicas.
As detidas, em ambos os casos, se rebelaram diante da ordem de prisão e vários policiais tiveram que se esforçar para prendê-las.
Enquanto isso, há o absurdo de Jair Bolsonaro ter ameaçado demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Dá-se o troféu a quem merece: Mandetta está desempenhando, de forma razoável, para orientar os brasileiros a ficarem em casa, se prevenindo contra o coronavírus.
Bolsonaro, não. Ele quer a reabertura total do comércio, a volta total da normalidade, que, neste caso, é impossível. Voltar à normalidade é, na prática, anormalidade.
Mandetta afirmou que fica no cargo, usando a metáfora de que um médico não desiste de seus pacientes.
Já o presidente, este ironizou: "Médico não abandona paciente, mas paciente pode trocar de médico".
A moda dos bolsonaristas, agora, é a defesa da cloroquina como se fosse uma fórmula milagrosa para combater o coronavírus.
Algo como aqueles mascates do século XIX, fenômeno conhecido como medicine show ("espetáculo da Medicina") que vendiam remédio para curar câncer.
Ou então aquelas fórmulas de cura para calvície e emagrecimento, vendidas através do telefone, que se propagaram com maior intensidade na mesma época que os Polishop da vida (por sinal, a Polishop é uma das empresas que apoiam Bolsonaro).
Mandetta afirma que não existem garantias científicas de que a cloroquina irá curar a pessoa portadora de Covid-19.
Bolsonaro discorda, afirmando que a cloroquina já promove curas e seus seguidores foram logo aderir às alegações do "mito".
Bolsonaro quer apenas que idosos sejam deixados de lado, enquanto os jovens voltam a trabalhar e a viver abertamente, em público.
E aí os seguidores de Bolsonaro, sempre afeitos às fake news, vieram com uma grande armação nas redes sociais.
Sempre organizados em robôs, dispararam uma postagem com uma mesma história.
É a de um suposto primo chamado Antônio Carlos, de 67 anos, morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que contraiu Covid-19 e foi internado num hospital. Tomando cloroquina, saiu curado da doença.
Enquanto isso, as mortes disparam. Até as 20h45 de ontem, o Brasil registrou oficialmente 954 mortos pelo coronavírus. Hoje já devem ser mais de mil.
A situação tende a se agravar porque é justamente agora que os brasileiros estão impacientes e com vontade de romper a quarentena.
Principalmente os bolsonaristas, que ainda acham que a Covid-19 é uma "gripezinha".
E Mandetta, o único do governo Bolsonaro a realmente fazer alguma coisa pela população, está sentindo a conspiração se voltar contra ele.
Esperemos então as hordas bolsonaristas se jogarem de corpo e alma para o coronavírus.
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