
Deixei para hoje o texto sobre a substituição da candidatura Lula pelo então vice, Fernando Haddad.
Ontem joguei de uma vez textos sobre o candidato que apresenta favoritismo fake nas pesquisas.
Os institutos de pesquisa são constantemente subornados, e até o fato de entrevistar apenas duas mil pessoas é bastante duvidoso em dois aspectos.
Primeiro, porque a quantidade é apenas um recorte de uma população inteira, sendo muito duvidosa e discutível para refletir o que pensa todo o povo brasileiro.
Segundo, porque se duvida de que essas entrevistas tenham realmente ocorrido.
As esquerdas, por razão diplomática, não estão questionando as pesquisas de intenção de voto, porque elas fazem parte do jogo eleitoral.
Mas o eleitor que se sente atraído por um candidato fascista deveria ao menos saber dessa armadilha. Ainda mais quando as pesquisas de intenção de voto são patrocinadas pelo "posto Ipiranga".
Afinal, as pesquisas de intenção de voto são mais propagandas do que pesquisas, e seu aparato estatístico, apesar de sua roupagem técnica, não raro soa fictício.
A ideia é tomarmos cuidado, porque por um voto impulsivo no aventureiro da moda, o Brasil pode caminhar para o abismo.
Felizmente, o Partido dos Trabalhadores anda agindo com prudência e habilidade.
Pressionado pelas adversidades que vieram desde a tendenciosa Operação Lava Jato, Lula tem se mostrado com a consciência tranquila e com um faro estrategista.
Mesmo com Dilma Rousseff tendo seu mandato ceifado em 2016 e, dois anos depois, Lula sendo preso em Curitiba, o PT conta com um carisma invejável.
Imaginamos até a inveja que os bolsonaristas sentem pelos petistas.
O PT possui uma popularidade natural, serena, espontânea. Jair Bolsonaro tem uma popularidade falsa, forçada, violenta, e os próprios bolsonaristas se comportam como se estivessem sempre irritados.
Ontem, com a expiração do prazo determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral para o PT trocar sua candidatura, a ordem foi cumprida.
Lula acatou a decisão e transferiu a candidatura para Fernando Haddad. Manuela d'Ávila, do PC do B, se torna, então, candidata a vice-presidência da República na chapa.
Lula se adiantou e lançou um manifesto dizendo que Haddad, agora, o representa.
É uma forma de garantir que os votos de Lula sejam transferidos para Haddad, que foi escalado como vice na lista de entrevistados da Central das Eleições, da Globo News.
As pesquisas patrocinadas pelo "posto Ipiranga" Paulo Guedes até tentam ignorar a ascensão de Haddad. Mas Haddad cresce de forma tranquila e positiva, até mais do que as pesquisas apresentam.
Atualmente, Haddad e Ciro Gomes andam tendo bons desempenhos em suas campanhas.
Na centro-direita, Marina Silva e Geraldo Alckmin, oficialmente, andam decadentes, mas eles mereciam ter mais atenção, no lado conservador, do que o histriônico Jair.
Num contexto menos surreal, por piores que fossem, Marina e Geraldo teriam mais chances de irem ao segundo turno do que o grosseiro candidato do PSL.
Em todo caso, a candidatura de Haddad tornou-se a candidatura da solidariedade, enquanto a de Bolsonaro é a do ódio, da raiva, do pavio curto.
O lógico é que quem tem pavio curto não merece chegar ao segundo turno. A não ser com um jabazinho garantido pelo "posto Ipiranga"...
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