O estranho plano de, ainda que por boataria nas redes sociais, acusar membros da chapa de Fernando Haddad de suposta cumplicidade com o esfaqueador de Jair Bolsonaro, está em ação.
Manuela d'Ávila, do PC do B, candidata à vice-presidenta na chapa do petista Fernando Haddad, está sofrendo ameaças nas redes sociais.
Notícias falsas despejadas nas redes sociais alegam supostos telefonemas de Manuela com Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado que vitimou o candidato do PSL que, se recuperando dos ferimentos, tem alta anunciada para esta semana.
Manuela é acusada, levianamente, de monitorar o criminoso, e isso pode levar a perder a campanha de Haddad, que está crescendo nas pesquisas e nas ruas.
A candidata a vice pediu proteção da Polícia Federal através de recurso enviado ao Tribunal Superior Eleitoral. Oficialmente, só titulares da chapa presidencial têm direito a escolta policial.
Mas Manuela precisa dessa proteção, independente de qualquer restrição legal ou protocolo, como um reforço contra possíveis represálias.
Manuela atualmente conta com segurança particular, financiada pela campanha. Entre as mensagens recebidas, um bolsonarista a acusou de planejar o atentado.
A Polícia Federal, a princípio, afirmou que Adélio Bispo agiu sozinho no atentado, e que não há indícios de participação de outras pessoas ou de alguma organização.
Computadores vistoriados (um deles com defeito), celulares e cartões de crédito não apresentaram indício de atividades que envolvessem colaboração para terceiros.
Segundo as investigações, Adélio Bispo tinha dinheiro para se deslocar de Minas Gerais para Santa Catarina, onde treinava tiro ao alvo, ironicamente numa casa de propriedade dos filhos da vítima.
A pressão contra Manuela d'Ávila preocupa, depois que famosos estrangeiros passaram a aderir à campanha #EleNão, que repudia a candidatura de Jair Bolsonaro.
As ameaças das redes sociais são uma pressão para derrubar Haddad.
Pode não estar relacionada com as suspeitas que a imprensa alternativa apontou a respeito do prolongamento das investigações sobre o atentado de 06 de setembro.
Mas pode ser uma trapaça que pode empurrar o Brasil para o abismo da extrema-direita.
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