Embora distantes pelo tempo, o advogado, jornalista e líder abolicionista Luiz Gama e a cantora e compositora Elza Soares recebem homenagens na Rua da Consolação, no bairro do mesmo nome aqui em São Paulo.
Fotografei o túmulo do grande ativista da libertação dos escravos, ele mesmo um negro emancipado, e este espaço, no cemitério da Consolação, recebe constantes visitas homenagens do movimento negro paulista e, também, de outras partes do Brasil.
Também fotografei uma pintura em homenagem à saudosa cantora negra, que havia iniciado sua batalhadora carreira na época do subestimado período de Juscelino Kubitschek - quando o Brasil, sim, se construía de maneira exemplar - , em 1960, e que se tornou uma das vozes consistentes e atualizadas até pouco tempo atrás.
Diante da grandeza dessas duas personalidades, que com suas lutas simbolizavam a esperança por um Brasil melhor, o bairro da Consolação pode não ser perfeito, mas há o esforço de, através das homenagens, se transmitir boas energias ao evocar estas figuras de altíssima dignidade e de grande contribuição para a cultura brasileira.
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