É vergonhoso saber que, no alto de seu 83 anos, Alexandre Garcia se comporta como se fosse um moleque influenciador do nível do Monark. Ele tornou-se notícia quando, ao comentar sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, o comentarista da Jovem Pan e colunista da Gazeta do Povo, durante sua participação no programa Oeste Sem Filtro, lançou uma mentira a respeito dos governos petistas.
Segundo Garcia, os governos petistas teriam sido responsáveis pelas enchentes provocadas pelo ciclone extratropical ocorrido recentemente no Estado sulista. "No governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas, que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo. Isso causou uma enxurrada".
Não se pode admitir a difusão de mentiras como esta, nem a título de "liberdade de expressão". A Advocacia-Geral da União (AGU) começou a estudar meios legais de punir Alexandre Garcia, que já enfrenta processos como um em que mentirosamente anunciou um "tratamento precoce" contra a Covid-19, dentro da perspectiva do negacionismo bolsonarista, já que Garcia é apoiador do ex-presidente, cujo amigo e colaborador, general Mauro Cid, saiu da prisão para fazer delação premiada sobre o escândalo das joias da família Bolsonaro.
Devemos criticar os erros reais de Lula, e não criar erros fictícios e exageradamente ofensivos. Apesar das críticas duras que este blogue faz ao governo Lula, elas não são destrutivas, tanto que descrevemos o que Lula deveria ter feito. Ou seja, críticas construtivas, que alertam que Lula não pode se achar o "pequeno príncipe", decidindo sozinho as coisas e movido por impulsos.
Em relação à tragédia do ciclone no Rio Grande do Sul, o erro de Lula foi viajar para o exterior para a cúpula do G-20, pois o presidente poderia ter ficado no país e encaminhar Fernando Haddad ou mesmo Geraldo Alckmin - já que este se prontificou a seguir a orientação de Lula - para a reunião.
A politica externa não é prioridade num país em reconstrução, e os impulsos de Lula acabam despertando a reação bolsonarista, pois o bolsonarismo pode estar politicamente morto, mas continua socialmente vivo e ativo. Lula deveria ter mais cuidado com suas decisões, pensar duas vezes antes de se precipitar em viagens constantes ou trocas equivocadas de ministros. Se não se acautelar, o bolsonarismo pode voltar.
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