JAIR BOLSONARO FOI VÍTIMA DE SUA PRÓPRIA CAUSA ARMAMENTISTA

Uma ironia pode pegar os bolsomínions de surpresa.

O presidente Jair Bolsonaro, que sancionou a liberação do porte de armas, com várias regalias que deixam os "cidadãos de bem" exaltados, foi vítima de um assalto.

Foi durante uma campanha política, em Vila Isabel, às oito e meia da manhã.

Dois homens, com aparência de classe média, renderam o então deputado federal e tomaram sua moto Honda e uma pistola Glock.

Ele prestou queixa numa delegacia do Grajaú, e uma operação policial foi feita sob o comando da mesma delegada Marta Rocha que teve, recentemente, seu carro alvejado por tiros, possivelmente uma ação de milicianos.

Bolsonaro conseguiu recuperar a moto e a arma.

Dois dias depois, um suspeito foi achado morto, mas não por iniciativa do ex-capitão, tempos depois.

Por sorte, Bolsonaro conseguiu recuperar os bens roubados e um dos ladrões acabou morrendo. E o próprio Jair se portou com calma diante do assalto.

Mas nem sempre é assim. Cidadãos armados podem ser assaltados e não poderem mais recuperar o que foi roubado.

E tem muito "matador do bem" - espécie que "fará a festa" nesse "carnaval das armas" - , seja sociopata, feminicida, latifundiário mandante de crime e justiceiro que fica se achando e não vai ser assaltado.

E são esses que mais perdem a cabeça quando um ladrão lhes rende para roubar um bem precioso. Afinal, ladrões não assaltam "matadores de bem" para pedir autógrafo. E quando estes reagem, os ladrões atiram para matar, até em rapagão bonitão que cometeu feminicídio e saiu da cadeia.

O bangue-bangue liberado pelo presidente da República também vai fazer aumentar a corrupção policial, o comércio ilegal de armas, as armas roubadas em poder dos grupos criminosos, vai ser um pesadelo só.

E esse pesadelo vai ser pior naqueles que adorarão brincar de justiceiros com esse decreto assinado ontem pelo "mito".

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