Estamos na festa do golpe político que nunca termina.
Incidentes e desastres acontecem, governantes se desgastam, o povo se manifesta sem surtir efeito definitivo.
Michel Temer até hoje deve estar rindo do "Fora Temer", pois driblou todos os obstáculos .
Perdemos o acervo do Museu Nacional, que agora está sendo reconstruído com material remanescente (muito pouco), com relembranças do antigo acervo em imagens do passado e com um futuro acervo a ocupar as instalações depois da restauração.
Estamos perdendo boa parte da floresta amazônica, diante de um grande impasse.
Ou Jair Bolsonaro mantém a soberania de fachada e entrega a Amazônia brasileira a Donald Trump - que, esfomeado, vai pegar as partes da floresta em outros países sul-americanos, pois ele quer comprar até a Groenlândia - , ou teremos que aceitar a tutela da União Europeia.
O golpe político de 2016, que resultou no bolsonarismo de hoje, virou um grande Balança Mas Não Cai, como foi o governo Temer.
A oposição está desnorteada no conjunto da obra, apesar de haver gente agindo.
O aspecto diferente é que antigos bolsonaristas, como Maitê Proença e Alexandre Frota estão desembarcando. Assim como Lobão e Marcelo Madureira.
Eduardo Bolsonaro está se desentendendo com Kim Kataguiri, que já brigou com Olavo de Carvalho.
O pai de Eduardo, Jair, se desentendeu com Merval Pereira, tudo por conta de um valor das palestras supostamente recebido pelo comentarista da Globo News.
Jair disse que Merval recebeu R$ 375 mil, cobrou da imprensa fazer matérias a respeito, sob ameaça do presidente não dar mais entrevistas.
Da forma agressiva com que Jair plantou a informação, desmentida pelo Merval, juristas afirmam que o jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras tem condições de processar o presidente por difamação.
Até agora não houve uma posição de Merval sobre o assunto.
Enquanto isso, a revista Veja desta semana publicou matéria com Fabrício Queiroz, o ex-policial amigo e colaborador da família Bolsonaro.
O mesmo Queiroz fotografado pescando com Jair, movimentando depósitos "atípicos" para contas de Michelle Bolsonaro e do enteado desta, Flávio, para quem o ex-policial foi segurança, assessor e motorista.
Queiroz, aparentemente abandonado pela família amiga, está tratando de um câncer, em São Paulo, no Hospital Albert Einstein. Ele atualmente mora no Morumbi.
A reportagem não colheu depoimentos dele, todavia. E a Justiça está perdendo uma boa oportunidade de convocá-lo para depor, enquanto Fabrício tem condições de saúde para tanto.
Seu depoimento poderia esclarecer muito sobre a suspeita de ligação de Jair Bolsonaro com os milicianos.
O Brasil está numa crise aguda, virou vergonha mundial, com a Amazônia prestes a virar cinzas e o Produto Interno Bruto, com 0,4%, festejado apenas por Jair Bolsonaro.
E até agora ninguém conseguiu reagir a ponto de reverter essa situação.
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