Quando até as esquerdas médias estavam se conformando com a reforma trabalhista, eis que vem um novo capítulo da tragédia que sepultou a Consolidação das Leis Trabalhistas.
É a minirreforma trabalhista, que promete acabar com o ponto e com a folga sempre aos domingos.
A proposta, que passou pela Câmara dos Deputados e entrará em tramitação no Senado, dará ao trabalhador o direito de folga apenas um domingo por mês.
Na prática, o descanso será todo eliminado, porque com apenas um domingo por mês, a tensão acumulada por tantos dias de trabalho fará com que o único descanso nem seja tranquilo.
Será um só domingo no qual a pessoa terá que tirar o máximo de proveito, e isso envolverá ansiedade, além de preocupação com o passar do tempo e o dia terminar na véspera de mais uma jornada exaustiva de trabalho.
Quem votou a favor da minirreforma, entre outros, é o brotinho neoliberal Tábata Amaral.
A mesma Tábata Amaral que, com sua beleza, trouxe o pesadelo pseudo-esquerdista depois que intelectuais "bacanas" pró-brega e funqueiros foram enganar os esquerdistas com seu proto-tabatismo "popular demais"
Talvez alguém perguntasse: "A Tati Quebra-Barraco não teria sido uma Tábata Quebra-Barraco por antecipação?".
O sonho do Brasil brega que os bregas vindos dos corredores do SBT forjaram no imaginário das "esquerdas médias" fez surgir o pesadelo do golpe político-jurídico de 2016.
Muitos pensaram que Waldick Soriano "repaginado" como falso esquerdista, juntamente com Zezé di Camargo & Luciano fantasiados de petistas e Valesca Popozuda bajulando o #HeForShe, junto com o É O Tchan e Chitãozinho & Xororó convertidos em falsos cult, iriam trazer o socialismo.
Não. Eles trouxeram Michel Temer, que abriu caminho para Jair Bolsonaro.
E aí muitos desesperados progressistas estão orando para o "médium espírita de peruca" para que a minirreforma não passasse, porque ela vai "contra os ensinamentos do Cristo" e a tradição religiosa da folga dominical.
Grande perda de tempo. O "médium de peruca", que muitos acreditam ser o símbolo de "tudo de bom" da espécie humana, era o que mais defendia o trabalho exaustivo, a flexibilização das relações de trabalho, a restrição dos salários, entre outros.
Sobre o trabalho exaustivo e as tarefas difíceis, ele dizia: "Quando o trabalho é difícil, cansativo e demorado, continue trabalhando e permaneça na prece em Deus".
O difícil é dividir a mente para a prece e a execução da tarefa difícil ao mesmo tempo, a altas horas da noite.
Os atuais acordos trabalhistas seriam comemorados pelo "médium de peruca": "agora é só Deus que regula as negociações entre patrões e empregados".
A restrição salarial: "Para que receber tanto dinheiro e muitos encargos, se dá para receber só o necessário para a sobrevivência?".
E o trabalho aos domingos: "Domingo é dia de descanso, mas não custa reservar até mesmo esse dia para poder servir, trazendo descanso verdadeiro para a alma".
Não, não orem para ele. Desistam. O melhor será ir para as ruas e protestar contra essa barbaridade que irá matar os trabalhadores de cansaço.
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