Os cariocas e seus vizinhos no Grande Rio fizeram mais um gol contra para a cidadania.
Torcedores berravam feito trogloditas durante mais uma partida do Flamengo, na Taça Libertadores, contra o Emelec, time equatoriano, no Maracanã.
O Flamengo ganhou a partida, e quem perdeu foram os trabalhadores.
Gente que precisa acordar cedo, muitas vezes para ir ao trabalho em lugar distante, e às 23h45, quando é hora de dormir, os torcedores berravam feito uns animais.
A poluição sonora dos torcedores só terminou 23h50, mas aí estava bem tarde, a poucos minutos de virar o dia e com o sono dos trabalhadores já perturbado.
É uma grande poluição sonora, sim, e que promove a má imagem do Rio de Janeiro no resto do Brasil.
O Rio de Janeiro dos últimos tempos tem fama de reacionário, mal educado, provinciano, humilhador, pragmatista e, além disso, é o principal responsável pelo golpe político que botou Jair Bolsonaro no poder.
A gritaria dos torcedores, a altas horas da noite, é um terrível desrespeito com o cidadão que, independente de acordar cedo ou não, necessita de uma noite de descanso para enfrentar um novo dia.
Que os torcedores querem vibrar e se alegrar, que se tranquem numa boate que tivesse isolamento de som em suas paredes e possam dar seus gritos pré-históricos dentro de seus ambientes.
Não dá para admitir que os torcedores tenham que perturbar o sono de quem trabalha com tamanha gritaria.
Toda vitória de um time carioca representa sempre um problema para os cidadãos trabalhadores, gente que precisa repor suas energias, mas, com a gritaria, perde o sono e terá seu rendimento no trabalho bastante comprometido.
Portanto, a vitória do Flamengo foi uma grande derrota para a cidadania e para os direitos humanos de terem um mínimo de sossego nas altas horas da noite.
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