O blogue Farofafá, o portal preferido da intelectualidade "bacana" e editado pelo "esquerdista convicto" Pedro Alexandre Sanches, veio com mais uma "pérola". O portal que já esculhambou o esquerdista Vladimir Safatle e fez um favor ao tucano Armínio Fraga divulgando a banda de seu filho, fez cobertura de um evento patrocinado por Geraldo Alckmin.
Foi a Festa do Milho de Tanquinho, que embora seja um evento tradicional, é hoje encampado pelos donos do agronegócio. E, como é de praxe, conta com atrações cujos nomes mais recentes estão relacionados ao "sertanejo" e ao "forró eletrônico", que até o reino mineral sabe que são sustentados pelo latifúndio.
O que chama a atenção é que a reportagem, de autoria de Eduardo Nunomura, faz questão de mostrar o logotipo Governo do Estado de São Paulo, representado pela pessoa de ninguém menos que Geraldo Alckmin, suspeito de envolvimento no escândalo da merenda. Tudo indica que a reportagem do Farofafá foi feita por encomenda do próprio evento.
Geraldo Alckmin já patrocinou um evento do Coletivo Fora do Eixo, grupo que tem Pedro Alexandre Sanches e Eduardo Nunomura como integrantes. É até estranho que Pedro Sanches venha a fazer falsos ataques ao governador paulistano, naqueles textos longos, prolixos e panfletários que ele se encanou em fazer para posar de "bom esquerdista" e arrancar verbas públicas do PT (fora a grana que ele e o CdE recebem de George Soros, por fora).
Não é segredo algum que Sanches, Nunomura e Gustavo Alonso, este um genérico de Leandro Narloch que posa de "esquerdista", defendem o "sertanejo", o pastiche de música caipira, a ponto de misturar alhos com bugalhos, botando no mesmo balaio a boa música caipira, hoje sob risco de extinção, e os pastiches fast food trazidos a partir de Chitãozinho& Xororó.
Que "esquerdistas convictos" são esses que investem na choradeira de reclamar da "sertanejofobia"? Eles têm o desespero de defender ídolos patrocinados pelo latifúndio, pela Rede Globo, pela Folha de São Paulo, e ficam escrevendo sobre o gênero como se ele pudesse fazer a tal "reforma agrária da MPB" dita pelo "tranzbrazyleyro" Sanches, o Fukuyama pós-tropicalista.
É por isso que a intelectualidade cultural de esquerda é muito fraca. Ela sofre a influência dos "bacanas" que, como alienígenas, vieram das profundezas do tucanato acadêmico para impedir os debates verdadeiros sobre a cultura brasileira, vindo com essa desculpa de aceitar o brega-popularesco sob o pretexto do "combate ao preconceito", impondo, na verdade, novos preconceitos.
É por isso que a MPB autêntica, que não vive de lotação automática de plateias nem de factoides ou canastrices, é que é discriminada pela população. O proselitismo da intelligentzia "mais legal do país" empurrou a ditabranda do mau gosto para o público jovem e universitário, em vez de melhorar os gostos da população pobre e devolver a ela o patrimônio cultural sequestrado pelos burocratas.
Dessa forma, os farofafeiros jogaram rodízios de jabaculê musical na nossa cultura, e mal conseguem esconder seu reacionarismo enrustido, afinal, o que eles defendem são deturpações mercadológicas da cultura popular, que transformam o povo pobre em caricatura diante de um discurso marqueteiro disfarçado de "etnografia". Essa intelectualidade "sem preconceitos" é muito preconceituosa.
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