ÍDOLOS "POPULARES DEMAIS", COMO GUSTTAVO LIMA, JÁ SÃO MAIS RICOS E BURGUESES QUE MUITO "ARISTOCRATA" DA "ELITISTA" MPB.
A intelectualidade que defende a bregalização do país, que aposta que o jabaculê musical de hoje seja o folclore de amanhã, fez para as esquerdas o que a direita reacionária não conseguiu.
Empastelou o debate público sobre a cultura popular dentro das esquerdas.
Lançou o papo furado do "combate ao preconceito" para forçar a aceitação de uma "cultura" que trata o povo pobre de forma caricata e, portanto, preconceituosa.
E isso a intelectualidade, considerada "bacana" por causa da alta visibilidade, prestígio e porralouquice, fez dentro da mídia esquerdista.
Até hoje vários desses intelectuais bajulam ativistas de esquerda. Espera a intelectualidade "mais legal do país" pelas verbas federais da Lei Rouanet.
Eles defendiam a ideia "sem preconceitos", mas muito preconceituosa, de que o povo pobre é melhor ficar se divertindo "descendo até o chão", entre outras baboseiras cafonas, do que lutar por melhorias de vida.
Com isso, persistiram como num mantra a ideia de que o "funk carioca" era "ativismo sócio-cultural", para que o povo pobre não faça ativismo sócio-cultural e só fique "descendo até o chão".
Falaram que os chamados "sucessos do povão" que rolavam nas rádios era "fenômeno de rebelião popular", enquanto tirava o povo de sindicatos, associações de bairros e outras instituições dos movimentos sociais populares.
Esqueceram que os "sucessos populares demais" do "sertanejo", "funk", "forró eletrônico" etc eram tocados em rádios controladas por famílias oligárquicas, várias latifundiárias, com a mais explícita associação dos barões da grande mídia.
Alguns esquerdistas sérios até foram seduzidos por esse "canto de sereia" dos intelectuais "bacanas".
Passaram a acreditar nos preconceitos que a intelectualidade "sem preconceitos" trouxe dos porões elitistas da Folha de São Paulo, Rede Globo, SBT e de qualquer FM politiqueira.
Sim, porque os ídolos "populares demais" que a intelligentzia "transbrasileira" empurrava para as esquerdas goela abaixo são patrocinados por barões de mídia e grandes proprietários de terras.
Eles não representam a cultura popular autêntica, apesar de lotar plateias com rapidez impressionante.
Eles representam uma forma estereotipada e caricata do que se entende oficialmente como "cultura popular", feita mais para enriquecer empresários e promover o consumismo de sucessos musicais sem pé nem cabeça.
E criaram um discurso engenhoso, que incluiu reportagens "sérias", feitas surrupiando a narrativa literária do New Journalism e a abordagem historiográfica dos Annales franceses, a História das Mentalidades.
Também despejaram seus pontos de vistas em monografias e documentários, para dar um aparato de objetividade às bobagens bregalizantes que defendiam.
Com isso, eles fizeram dois desserviços.
Um, é evitar que as esquerdas debatessem a cultura popular de forma isenta e crítica, preferindo a complacência com a "cultura" vigente, sob pretexto de lotar plateias e ser executada em qualquer canto de subúrbios, roças e favelas.
Outro é evitar que as classes populares tivessem ampla participação nos debates públicos, praticamente isolando sindicalistas, ativistas e professores que falavam entre si, enquanto o povo era induzido a pensar que "beber até cair" e "descer até o chão" era "ativismo social".
No primeiro caso, alguns intelectuais de esquerda cometeram gafes em declarar que essa "cultura popular" era "o que o povo gostava e sabia fazer", uma visão cruelmente elitista.
No segundo caso, os debates públicos ficaram mais privados, com o isolamento das vozes progressistas diante do "convite" para o povo se (des)mobilizar na bregalização.
É por isso que a intelectualidade "bacana", tão esforçada em posar de esquerdista, abriu o caminho para a direita.
Enquanto a música "popular demais" fazia seus ídolos se enriquecerem e mostrarem um apetite burguês mais voraz do que a chamada "burguesia da MPB", a cultura era empastelada e os debates, praticamente esvaziados.
A intelectualidade "bacana", mesmo agindo em trincheiras esquerdistas, dava sua colaboração ao abrir espaço para a intelectualidade de direita.
As viagens "transbrasileiras" de Pedro Alexandre Sanches contribuíram, assim, para a ascensão de Rodrigo Constantino, Kim Kataguiri e Rachel Sheherazade.
Isso porque a "cultura popular" defendida a partir de Sanches e outros "bacanas" se fundamentava no consumismo e numa abordagem idiotizada e espetacularizada das classes populares.
Isolando o povo nesse consumismo e na transformação das classes populares em caricaturas de si mesmas, os debates públicos progressistas eram esvaziados.
Sendo esvaziados, perdem o impacto e o sentido transformador.
Enquanto isso, o "popular demais" cria seus novos magnatas, em que um único Wesley Safadão é mais rico do que muito bossanovista com apartamento no Leblon.
Um ídolo "popular demais" chega a ganhar mais que demais do que cinco medalhões da Bossa Nova juntos.
Pior: a intelectualidade ainda fala como "merecida" a compra de supérfluos pelos "ídolos populares demais", como carrões de luxo, colares e hospedagens em hotéis caríssimos.
É a intelectualidade rindo da cara do povo pobre, reduzido a uma caricata multidão que só ouve e cria lixo cultural e deseja o luxo supérfluo dos ricaços.
Com isso, o povo pobre foi aprisionado no consumismo do entretenimento vazio.
As esquerdas, mesmo bem intencionadas, foram isoladas num debate público que se tornou privativo de seus líderes e porta-vozes sem muito eco fora dos seus meios.
E aí a "cultura popular demais", patrocinada pela Globo, Folha, Veja, Caras e Estadão, pela UDR, pelo agronegócio, pelas multinacionais, pelos desmatadores de árvores e assassinos de lideranças rurais, influenciou a crise do nosso país.
Os "ídolos das periferias" ficaram ricos demais, com apetite excessivo para o luxo.
O povo pobre, induzido a consumir o lixo cultural, achando que aquilo era "ativismo".
A intelectualidade "bacana", se dizendo "sem preconceitos", criava novos preconceitos, como tratar o povo pobre como uma massa infantilizada, resignada e tola.
Os barões da mídia, fortalecidos porque eram eles que apoiavam a "cultura popular demais".
Diante disso, as esquerdas, na sua boa-fé, se enfraqueceram.
Pedro Alexandre Sanches abriu as portas para Rodrigo Constantino, Kim Kataguiri e Rachel Sheherazade, fez o "transbrasileiro" Batman do Leblon ter visibilidade e fortaleceu as vozes de Reinaldo Azevedo, Ricardo Noblat, Eliane Cantanhede, Marco Antônio Villa, Luiz Felipe Pondé e companhia.
Das antigas "paçocas" bregalizantes ao "farofafá" a rodízio, se criaram Pixulecos, Jacaracas e outras figuras pejorativas do anti-esquerdismo.
O "funk carioca", com seu jabaculê suburbano, acabou permitindo a ascensão do juiz Sérgio Moro e sua concepção ficcional de justiça, nos moldes dos enlatados de Hollywood.
Foi a partir da degradação cultural, aceita sob a desculpa do "combate ao preconceito", que as esquerdas se enfraqueceram e a direita saiu do armário.
Tudo graças à "transbrasileira" intelectualidade "mais legal do país". "Sem preconceitos", mas muito, muito preconceituosa.
A intelectualidade que defende a bregalização do país, que aposta que o jabaculê musical de hoje seja o folclore de amanhã, fez para as esquerdas o que a direita reacionária não conseguiu.
Empastelou o debate público sobre a cultura popular dentro das esquerdas.
Lançou o papo furado do "combate ao preconceito" para forçar a aceitação de uma "cultura" que trata o povo pobre de forma caricata e, portanto, preconceituosa.
E isso a intelectualidade, considerada "bacana" por causa da alta visibilidade, prestígio e porralouquice, fez dentro da mídia esquerdista.
Até hoje vários desses intelectuais bajulam ativistas de esquerda. Espera a intelectualidade "mais legal do país" pelas verbas federais da Lei Rouanet.
Eles defendiam a ideia "sem preconceitos", mas muito preconceituosa, de que o povo pobre é melhor ficar se divertindo "descendo até o chão", entre outras baboseiras cafonas, do que lutar por melhorias de vida.
Com isso, persistiram como num mantra a ideia de que o "funk carioca" era "ativismo sócio-cultural", para que o povo pobre não faça ativismo sócio-cultural e só fique "descendo até o chão".
Falaram que os chamados "sucessos do povão" que rolavam nas rádios era "fenômeno de rebelião popular", enquanto tirava o povo de sindicatos, associações de bairros e outras instituições dos movimentos sociais populares.
Esqueceram que os "sucessos populares demais" do "sertanejo", "funk", "forró eletrônico" etc eram tocados em rádios controladas por famílias oligárquicas, várias latifundiárias, com a mais explícita associação dos barões da grande mídia.
Alguns esquerdistas sérios até foram seduzidos por esse "canto de sereia" dos intelectuais "bacanas".
Passaram a acreditar nos preconceitos que a intelectualidade "sem preconceitos" trouxe dos porões elitistas da Folha de São Paulo, Rede Globo, SBT e de qualquer FM politiqueira.
Sim, porque os ídolos "populares demais" que a intelligentzia "transbrasileira" empurrava para as esquerdas goela abaixo são patrocinados por barões de mídia e grandes proprietários de terras.
Eles não representam a cultura popular autêntica, apesar de lotar plateias com rapidez impressionante.
Eles representam uma forma estereotipada e caricata do que se entende oficialmente como "cultura popular", feita mais para enriquecer empresários e promover o consumismo de sucessos musicais sem pé nem cabeça.
E criaram um discurso engenhoso, que incluiu reportagens "sérias", feitas surrupiando a narrativa literária do New Journalism e a abordagem historiográfica dos Annales franceses, a História das Mentalidades.
Também despejaram seus pontos de vistas em monografias e documentários, para dar um aparato de objetividade às bobagens bregalizantes que defendiam.
Com isso, eles fizeram dois desserviços.
Um, é evitar que as esquerdas debatessem a cultura popular de forma isenta e crítica, preferindo a complacência com a "cultura" vigente, sob pretexto de lotar plateias e ser executada em qualquer canto de subúrbios, roças e favelas.
Outro é evitar que as classes populares tivessem ampla participação nos debates públicos, praticamente isolando sindicalistas, ativistas e professores que falavam entre si, enquanto o povo era induzido a pensar que "beber até cair" e "descer até o chão" era "ativismo social".
No primeiro caso, alguns intelectuais de esquerda cometeram gafes em declarar que essa "cultura popular" era "o que o povo gostava e sabia fazer", uma visão cruelmente elitista.
No segundo caso, os debates públicos ficaram mais privados, com o isolamento das vozes progressistas diante do "convite" para o povo se (des)mobilizar na bregalização.
É por isso que a intelectualidade "bacana", tão esforçada em posar de esquerdista, abriu o caminho para a direita.
Enquanto a música "popular demais" fazia seus ídolos se enriquecerem e mostrarem um apetite burguês mais voraz do que a chamada "burguesia da MPB", a cultura era empastelada e os debates, praticamente esvaziados.
A intelectualidade "bacana", mesmo agindo em trincheiras esquerdistas, dava sua colaboração ao abrir espaço para a intelectualidade de direita.
As viagens "transbrasileiras" de Pedro Alexandre Sanches contribuíram, assim, para a ascensão de Rodrigo Constantino, Kim Kataguiri e Rachel Sheherazade.
Isso porque a "cultura popular" defendida a partir de Sanches e outros "bacanas" se fundamentava no consumismo e numa abordagem idiotizada e espetacularizada das classes populares.
Isolando o povo nesse consumismo e na transformação das classes populares em caricaturas de si mesmas, os debates públicos progressistas eram esvaziados.
Sendo esvaziados, perdem o impacto e o sentido transformador.
Enquanto isso, o "popular demais" cria seus novos magnatas, em que um único Wesley Safadão é mais rico do que muito bossanovista com apartamento no Leblon.
Um ídolo "popular demais" chega a ganhar mais que demais do que cinco medalhões da Bossa Nova juntos.
Pior: a intelectualidade ainda fala como "merecida" a compra de supérfluos pelos "ídolos populares demais", como carrões de luxo, colares e hospedagens em hotéis caríssimos.
É a intelectualidade rindo da cara do povo pobre, reduzido a uma caricata multidão que só ouve e cria lixo cultural e deseja o luxo supérfluo dos ricaços.
Com isso, o povo pobre foi aprisionado no consumismo do entretenimento vazio.
As esquerdas, mesmo bem intencionadas, foram isoladas num debate público que se tornou privativo de seus líderes e porta-vozes sem muito eco fora dos seus meios.
E aí a "cultura popular demais", patrocinada pela Globo, Folha, Veja, Caras e Estadão, pela UDR, pelo agronegócio, pelas multinacionais, pelos desmatadores de árvores e assassinos de lideranças rurais, influenciou a crise do nosso país.
Os "ídolos das periferias" ficaram ricos demais, com apetite excessivo para o luxo.
O povo pobre, induzido a consumir o lixo cultural, achando que aquilo era "ativismo".
A intelectualidade "bacana", se dizendo "sem preconceitos", criava novos preconceitos, como tratar o povo pobre como uma massa infantilizada, resignada e tola.
Os barões da mídia, fortalecidos porque eram eles que apoiavam a "cultura popular demais".
Diante disso, as esquerdas, na sua boa-fé, se enfraqueceram.
Pedro Alexandre Sanches abriu as portas para Rodrigo Constantino, Kim Kataguiri e Rachel Sheherazade, fez o "transbrasileiro" Batman do Leblon ter visibilidade e fortaleceu as vozes de Reinaldo Azevedo, Ricardo Noblat, Eliane Cantanhede, Marco Antônio Villa, Luiz Felipe Pondé e companhia.
Das antigas "paçocas" bregalizantes ao "farofafá" a rodízio, se criaram Pixulecos, Jacaracas e outras figuras pejorativas do anti-esquerdismo.
O "funk carioca", com seu jabaculê suburbano, acabou permitindo a ascensão do juiz Sérgio Moro e sua concepção ficcional de justiça, nos moldes dos enlatados de Hollywood.
Foi a partir da degradação cultural, aceita sob a desculpa do "combate ao preconceito", que as esquerdas se enfraqueceram e a direita saiu do armário.
Tudo graças à "transbrasileira" intelectualidade "mais legal do país". "Sem preconceitos", mas muito, muito preconceituosa.
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