Enquanto a grande imprensa parece alheia aos impactos que podem causar a revelação de Rodrigo Tacla Duran sobre os bastidores da Lava Jato, a luta continua contra o ex-presidente Lula.
Vendo que Lula será o político a reverter com firmeza os retrocessos do governo Michel Temer e devolver direitos e garantias sociais para as classes populares.
Isso causa pavor nas elites. Daí que elas partem para tudo, até mesmo burlar as leis.
A grande mídia está investindo em fake news e o Jornal Nacional e o Jornal da Band estão reportando os "felizes tempos da volta do emprego e da estabilidade econômica".
A realidade mostra o contrário. Há mais moradores de rua. Há mais gente nos bancos reforçando a poupança. Há mais assaltos. Há mais desespero. Há mais cortes de gastos familiares.
É verdade que os preços de vários produtos, como o leite, deram uma aliviada, mas isso é muito pouco.
A grande mídia parece reviver os tempos do milagre econômico do governo do general Emílio Médici, vendendo ilusão como se fosse notícia sobre a realidade de nosso país.
Mas, quando o caso é Lula, apelam para todo tipo de pressão.
De repente, requentaram o caso do ex-ministro Antônio Palocci, que teria prometido nova delação e revelar que o ex-presidente Lula teria recebido verbas do falecido ditador líbio Muamar Kadhafi.
O valor seria em torno de R$ 1 milhão para a campanha de Lula em 2002.
No clima "olha só quem fala", a grande mídia, diante desse suposto fato, a partir de Veja, quer cassar o registro do PT alegando que a doação, sendo estrangeira, seria ilegal.
Segundo a Lei Eleitoral, o partido político que receber doação de estrangeiro será condenado à cassação do seu registro, logo, à sua extinção.
A grande mídia tenta associar Lula à tirania de Kadhafi, que faleceu em 2011.
Lula teve uma trajetória difícil na excursão pelos Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, onde a recepção até foi significativa, mas abaixo do êxito na excursão nordestina.
O público foi relativamente menor, e havia manifestantes contrários ao ex-presidente.
Num hotel em uma cidade fluminense, Lula foi xingado por um hóspede furioso que teve que ser levado para longe pelos seguranças do estabelecimento.
Lula ainda é o favorito nas pesquisas, mas a preocupação, de minha parte, é que uma boa parcela de brasileiros se enfurece só de imaginar o petista novamente comandando o Executivo federal.
As elites jogam tudo quanto é dinheiro para impor seus interesses.
Seria preciso que o povo que apoia Lula tivesse vigilância imensa e constante, porque também há o risco do ex-presidente, ao voltar ao poder, poder ser morto ou deposto.
O caso de Getúlio Vargas deve ser lembrado.
Num país em que as pessoas se acomodam e se conformam facilmente, eleger Lula e não zelar por ele é como se o deixasse sozinho numa arena com leões famintos.
Por outro lado, as elites se empenham o máximo para ter um candidato com propostas neoliberais mas que seja carismático e dialogue com a juventude e a classe média.
Aparentemente, a direita liberal não conseguiu um candidato oficial que fizesse frente a Lula.
Diz-se aparentemente. Afinal, a direita tem suas apostas secretas, ela só não abre o jogo agora por temer o "furacão Twitter" que pode fazer "queimar" o "cavaleiro da esperança" de ocasião.
Creio que nem a estonteante Valéria Monteiro seria poupada se fosse lançada candidata hoje.
Já se fala que Luciano Huck não desistiu de ser candidato à Presidência da República, apenas renunciou temporariamente para não ficar "muito visado".
Eu procuro inferir que o candidato será inédito, talvez algum empresário ou advogado que seja relativamente jovem e "cheio de ideias novas".
O teatrinho do "novo" da sociedade que defende a volta do "velho" - o maior símbolo é a reforma trabalhista que retrocede os padrões de emprego para antes de 1930 - tem que continuar.
Enquanto isso, Moro se recusa a ouvir Tacla Duran, por vê-lo "sem credibilidade para isso".
No fundo é medo do juiz da "República de Curitiba" ser denunciado e causar escândalo por isso.
Moro quase se "queimou" com a foto em que apareceu rindo com Aécio Neves durante o evento da revista Isto É.
Moro tenta "mostrar serviço" e a turma do TRF-4, também.
Ainda estão preparando uma cilada para tirar Lula da campanha presidencial de 2018, que, lembremos, será um ano muito delicado para nosso país.
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