Um novo escândalo envolve o ídolo de futebol Neymar Jr., da Seleção Brasileira de Futebol e que, na Europa, é craque do time francês Paris Saint Germain.
Ele é acusado de suposto estupro e exposição de fotos íntimas de uma mulher que está acusando o atleta de tais crimes.
O caso está sob investigação e eu mesmo não tive tempo ainda de estar a par da situação.
A moça acusa o jogador de tê-la agredido, de ter violado a privacidade dela com as fotos íntimas e um laudo médico indicou supostos hematomas e traumatismos superficiais.
Mas ainda não se pode dizer que Neymar é culpado. Também pode ser uma armação da moça contra ele. O caso ainda vai dar o que falar, e nada ainda é considerado plausível.
O apresentador José Luiz Datena, bolsonarista e acusado de assediar uma repórter, defendeu Neymar e, em contrapartida, expôs a vítima (que não podia ter seu nome revelado) e a desmoralizou, em outra atitude que ocorre ao arrepio dos inquéritos da Justiça, num episódio ainda sob investigação.
O que está certo é que o caso traz um efeito ambíguo.
É um escândalo que abala a imagem pública do jogador, considerado um dos maiores ídolos do futebol mundial e também uma das personalidades mais festejadas do entretenimento midiático.
Por outro lado, o episódio também aumenta a visibilidade de Neymar, num contexto em que, no Brasil, aprontar escândalos virou uma "receita de sucesso".
Também, os arrivistas têm até um santo. Um tal "médium de peruca" que atuou no Triângulo Mineiro e é um pretenso símbolo de caridade humana. O sujeito alcançou o sucesso às custas da literatura fake que lhe serviu de alpinismo para sua falsa santidade.
E esse sujeito morreu no dia do "penta", de uma Copa do Mundo em que a Seleção Brasileira foi medíocre mas venceu por conta do jogo sujo da FIFA e de Ricardo Teixeira. A "meleção" de 2002 foi uma "escola" para a subcelebridade esportiva que no fundo sempre foi Neymar.
O que também podemos dizer é que a chamada vida amorosa em geral é ridicularizada pela grande mídia e submetida a interesses comerciais.
Conhecer um novo par amoroso está subordinado ao mercado selvagem e promíscuo das noitadas - conhecidas como "baladas" (copyright Jovem Pan) - , arrumar um namorado ou namorada virou apenas um gancho para enriquecer os empresários de boates, casas noturnas e restaurantes.
E os jogadores de futebol, cantores popularescos e subcelebridades são garotos-propagandas desse mercado que é impossível para quem não tem dinheiro, porque curtir noitadas exige automóvel ou dinheiro para táxi, ingresso caro e muita grana para gastar em bebida, comida e "outras coisas".
Nesse namoro mercantilizado, não importa a afinidade pessoal. Importa é o consumismo dos impulsos sexuais.
O idiota da Internet acredita até que "mais gostoso" é se unirem pessoas sem afinidade, porque acredita, na boa-fé ou na má-fé dependendo do caso, que as diferenças são "necessárias" para a liberdade e a superação (sic).
Mas falar é fácil. Nas redes sociais, a falta de afinidade dos casais, em tese, é um lindo terreno para a superação das divergências e dos preconceitos.
Na prática, porém, o buraco é mais embaixo. Boa parte dos feminicídios nos últimos anos ocorre envolvendo casais que se conheceram nas noitadas ou nas redes sociais.
Pessoas estranhas entre si e que possuem apenas afinidades superficiais, como gostar do mesmo sabor de pizza e ter em Friends sua série de TV favorita.
São pessoas que momentaneamente estão juntas pelas mesmas circunstâncias e provisoriamente possuem afinidades que parecem muitas, mas são muito superficiais.
Nada existe da necessidade de haver um caráter humanista numa relação amorosa. Além disso, até os homens não-valentões são pressionados a arrumar uma mulher, pegando a primeira "qualquer uma" que aparece.
Isso é horrível e mostra que o machismo não só constrange, ameaça e mata mulheres, pois também causa sérios prejuízos em homens, também.
Voltando a Neymar, até a edição deste texto seu advogado anunciou que o jogador irá prestar depoimento à polícia, a respeito do caso.
Dois episódios indiretamente relacionados a Neymar ocorreram.
Primeiro, foi a tentativa de feminicídio que o funqueiro de extrema-direita MC Reaça, autor de jingles de campanha para Jair Bolsonaro, fez contra sua namorada, internada em estado grave vítima de espancamento.
Em seguida, o bolsonarista se matou, envolvido em outro episódio de abuso (no caso a forma extrema da violência física) contra uma mulher.
Segundo, foi que o escândalo de Neymar ocorre no mesmo dia em que sua ex-namorada, a atriz Bruna Marquezine, é processada por uma blogueira.
A blogueira Francis Simas divulgou um vídeo sobre traição que Bruna não teria gostado. Francis acusa Bruna de ter ofendido a blogueira, causando-lhe danos morais, e, por isso, abriu queixa-crime contra a atriz, que poderá ser intimada a depor na delegacia.
Neste caso, podemos afirmar que Neymar e Bruna Marquezine estão separados, mas o destino acabou lhes unindo novamente, por causa de denúncias criminais.
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