CARMEN LÚCIA E LUIZ EDSON FACHIN.
Deu na mesma. O Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido de habeas corpus ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e adiou o julgamento da suspeição do então juiz Sérgio Moro, denunciado por reportagens do jornal The Intercept.
Os dois pedidos foram solicitados pela defesa de Lula, encabeçada pelo advogado Cristiano Zanin Martins.
Da segunda turma do STF na votação, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela liberdade provisória de Lula, até a conclusão da análise sobre Moro.
Carmen Lúcia, Luiz Edson Fachin e Celso de Mello votaram pela permanência de Lula na prisão.
A análise de suspeição não tem data para ser realizada, apesar da gravidade do caso.
Moro é acusado de ser chefe de procuradores do Ministério Público Federal, como demonstra as conversas divulgadas por Glenn Greenwald e sua equipe.
Glenn prestou hoje depoimento na Câmara dos Deputados sobre as revelações trazidas.
É verdade que há pendências a respeito de novas informações sobre o escândalo da Vaza Jato.
No entanto, é suficiente analisar o mais rápido possível a suspeição de Moro, só pelas primeiras reportagens divulgadas.
Afinal, um juiz não pode manter relações de mando com procuradores, ligados à acusação. Suas atuações deveriam ter sido independentes para o bem do processo jurídico.
Infelizmente, porém, há um grande jogo de interesses e Sérgio Moro foi um personagem estratégico para o golpe político de 2016.
E o STF, na sua maioria de ministros golpistas, como Carmen, Fachin e Luiz Fux, citado como "homem de confiança" de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, atua dentro desse jogo.
Eles vão empurrando com a barriga o caso Lula, para a alegria apenas daqueles que integram as elites privilegiadas ou os não-privilegiados que consomem veneno midiático todos os dias.
Só que isso acaba pondo a democracia em risco, assim como a lisura das instituições.
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