
A SOCIEDADE LACRADORA E BEM DE VIDA DO BRASIL QUER DOMINAR O MUNDO.
Lamentável o desejo de conquistar o protagonismo mundial do Brasil. Não se trata de um desejo geral do povo, mas a sanha de uma elite presunçosa e cheia de si. É uma classe social relativamente grande para se perceber como uma elite fechada, apesar das caraterísticas que a colocam como uma classe restrita em interesses e vantagens sociais.
A elite do bom atraso domina as narrativas oficiais nas redes sociais, nos hábitos cotidianos e no sistema de valores que não é necessariamente de um país democrático, apesar de todas as pretensas atribuições neste sentido, mas de uma elite relativamente flexível em quantidade de membros.
Descendente da sociedade golpista de 1964, a elite do bom atraso se define como uma classe “tido de bom” e “a mais legal do planeta”, se esforçando para ocultar as atrocidades de seus antepassados. A burguesia de chinelos não quer que a verdade venha à tona.
Agora essa elite, talvez empolgada demais com as crises vividas pelo Velho Mundo, e confiante no seu pedantismo de querer dar pitacos em tudo que observam no cotidiano, se acha predestinada a un lugar nobre na sociedade planetária, e viram em Lula um fiador desse sonho ao mesmo tempo aristocrático e descolado.
O governo Lula se contrapõe ao de Jair Bolsonaro porque este oferece o pesadelo e o outro, o sonho dourado. E sonhos são o que a burguesia ilustrada deseja, essa moçada bem de vida que se fantasia de “gente simples” no cotidiano e nas redes sociais. É o pessoal com muita grana e que só estava esperando um governante organizar um parque de diversões para essa elite bronzeada brincar. Como Antônio Carlos Magalhães em Salvador, na Bahia, num passado recente, e, hoje, no Rio de Janeiro, com o prefeito Eduardo Paes.
É uma elite tão preocupada com o lúdico, com o hedonista e com “tudo de bom na vida” que, mesmo herdeira de uma linhagem perversa de privilegiados sociais, quer parecer “legal” e “positiva” a qualquer preço, nem que seja para bancar os falsos pobres para lacrar nas redes sociais.
Por isso mesmo, a gente vê o quanto a patrulha dos negacionistas factuais age para combater qualquer crítica. E não é só contra o governo Lula e seus simulacros de realizações, mas também hábitos até nocivos como jogar comida fora ou fumar cigarros. Ninguém aceita que sua “liberdade de instintos”, por mais irresponsável, seja contestada.
Ou seja, não há a preocupação real com a justiça social nem com a qualidade de vida, princípios cruciais para a formação de um país desenvolvido. O que se vê é uma perspectiva de parque de diversões, com mais consumo do que cidadania e mais entretenimento do que dignidade. E mais instintos do que consciências.
Que condições tem um país como o Brasil para alcançar o Primeiro Mundo? Nenhuma delas. Nosso país está culturalmente deteriorado e não será uma elite de bacaninhas metidos a esclarecidos, sempre com um pitaco pedante para dar sobre qualquer assunto, que fará diferença.
Isentões e tudólogos são duas farsas que só querem sabotar o debate sempre atuando em prol de um sistema de valores dominante e injusto. O lulismo promete a dupla entrada do Brasil no mundo desenvolvido.
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