BARES SÃO REDUTOS DE MÚSICA BREGA-POPULARESCA, TOCADA SOBRETUDO EM DVDS.
A música brega-popularesca é comercial. Foi a implantação de nosso hit-parade e sua sonoridade começou claramente americanizada, quando os primórdios da música brega mostravam arremedos confusos de boleros e country music.
O ambiente ideológico de botequins, de pessoas se consolando na bebedeira, tudo isso revela que as indústrias de cerveja, juntamente com latifundiários, políticos regionais e oligarquias que controlam emissoras de rádio locais ou financiam serviços de auto-falantes, foram a base do patrocínio da música brega em seus primórdios.
A relação entre fundo musical e consumo de bebida alcoólica foi o motor dos ritmos "populares" regionais, e não raro músicas falavam em bebedeira, seja como desabafo contra a tristeza, seja para celebrar a farra com os amigos. Por trás disso, um mershandising sem marca definida, mas com produtos certos: bebidas alcoólicas.
As indústrias de cerveja são as maiores patrocinadoras, mas há também as indústrias de aguardentes, nesse mercado popularesco. E foi a indústria de bebidas alcoólicas que, ao lado do coronelismo político e midiático regionais, alavancou as carreiras de ídolos como os "sertanejos" e os do "forró eletrônico".
Em muitos casos, canções são feitas por encomenda para exaltar a bebedeira. Leandro & Leonardo vieram com uma música chamada "Cerveja". Mais recentemente, o "sertanejo universitário" tem na bebedeira um dos temas constantes de seus sucessos. O "forró eletrônico" cansou os nordestinos por lançar músicas sobre bebedeira o tempo todo. A axé-music seguia o mesmo caminho.
Em muitos casos, havia até o rodízio de cerveja em eventos de casas de espetáculos. O rodízio aparentemente gratuito era apenas um gancho, pois a cervejaria patrocinadora já participava dos lucros dos ingressos, e o rodízio era uma forma de chamar mais público e garantir maior faturamento com lotação cheia ou, quem sabe, esgotada.
Todo esse patrocínio desfaz a fama de "artístico-cultural" dessas músicas, pois o que está em jogo é a música como mercadoria e como um dos elementos das relações de comércio entre empresas de entretenimento, que sustentam os músicos e cantores envolvidos, e as indústrias patrocinadoras, juntamente com os barões da mídia regionais.
Daí que muitos desses sucessos "populares demais" são apenas mercadorias musicais. É tudo negócio, nada é cultura, do contrário que a intelectualidade bacana insistiu durante anos. Portanto, comércio puro e escancarado.
A música brega-popularesca é comercial. Foi a implantação de nosso hit-parade e sua sonoridade começou claramente americanizada, quando os primórdios da música brega mostravam arremedos confusos de boleros e country music.
O ambiente ideológico de botequins, de pessoas se consolando na bebedeira, tudo isso revela que as indústrias de cerveja, juntamente com latifundiários, políticos regionais e oligarquias que controlam emissoras de rádio locais ou financiam serviços de auto-falantes, foram a base do patrocínio da música brega em seus primórdios.
A relação entre fundo musical e consumo de bebida alcoólica foi o motor dos ritmos "populares" regionais, e não raro músicas falavam em bebedeira, seja como desabafo contra a tristeza, seja para celebrar a farra com os amigos. Por trás disso, um mershandising sem marca definida, mas com produtos certos: bebidas alcoólicas.
As indústrias de cerveja são as maiores patrocinadoras, mas há também as indústrias de aguardentes, nesse mercado popularesco. E foi a indústria de bebidas alcoólicas que, ao lado do coronelismo político e midiático regionais, alavancou as carreiras de ídolos como os "sertanejos" e os do "forró eletrônico".
Em muitos casos, canções são feitas por encomenda para exaltar a bebedeira. Leandro & Leonardo vieram com uma música chamada "Cerveja". Mais recentemente, o "sertanejo universitário" tem na bebedeira um dos temas constantes de seus sucessos. O "forró eletrônico" cansou os nordestinos por lançar músicas sobre bebedeira o tempo todo. A axé-music seguia o mesmo caminho.
Em muitos casos, havia até o rodízio de cerveja em eventos de casas de espetáculos. O rodízio aparentemente gratuito era apenas um gancho, pois a cervejaria patrocinadora já participava dos lucros dos ingressos, e o rodízio era uma forma de chamar mais público e garantir maior faturamento com lotação cheia ou, quem sabe, esgotada.
Todo esse patrocínio desfaz a fama de "artístico-cultural" dessas músicas, pois o que está em jogo é a música como mercadoria e como um dos elementos das relações de comércio entre empresas de entretenimento, que sustentam os músicos e cantores envolvidos, e as indústrias patrocinadoras, juntamente com os barões da mídia regionais.
Daí que muitos desses sucessos "populares demais" são apenas mercadorias musicais. É tudo negócio, nada é cultura, do contrário que a intelectualidade bacana insistiu durante anos. Portanto, comércio puro e escancarado.
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