Os protestos no último domingo eram para pedir o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Como nos protestos reacionários, havia o endeusamento à Operação Lava Jato e à figura do Sérgio Moro. Discretamente, havia também manifestantes com camisetas pró-Bolsonaro.
Mas a coisa tornou-se ridícula, e não só por causa das "minifestações", mas pelas gafes cometidas nas manifestações de domingo.
Teve até o exagero de evocar a frase "Sérgio Moro acima de todos" em um dos protestos contra o STF.
E teve também a estúpida reivindicação de "privatizar o STF", como se o órgão fosse uma empresa. Pura falta de informação dos bolsomínions, vários deles bem adultos.
Mas o grande espetáculo mesmo foi durante o discurso de um porta-voz, no trio elétrico, que dizia "Essa é pra você, Gilmar Mendes! Aqui tem dono!".
Nessa ocasião, a aparelhagem de som tocava o "Hino do Exército", com melodias de T. de Magalhães e do tenente-coronel Alberto Augusto Martins.
Pateticamente, os manifestantes, nesse momento presente em várias manifestações, com seus trajes em maioria verde-amarelos - camisetas da CBF, expressas junto a ostentações oportunistas da bandeira brasileira - , começam a marchar como soldados.
Numa manifestação, um mendigo com problemas mentais acompanhava o ritmo e também marchava, sem saber do que se tratava.
Mas o caso de Araçatuba foi o que mais repercutiu. Foi na Avenida dos Araçás, no centro desta cidade do interior paulista.
Diante da filial da empresa catarinense Havan - sediada em Brusque, mas também com filiais em Florianópolis - , onde há uma réplica da Estátua da Liberdade, o famoso monumento estadunidense localizado em Nova York, os bolsomínions cometeram uma gafe.
Com seu "patriotismo" que está mais para "pateta" do que para "patriota", os bolsomínions prestaram continência à réplica do símbolo estadunidense.
Sabe-se que Jair Bolsonaro, ainda um pré-candidato à Presidência da República, visitou os EUA e prestou continência à bandeira dos EUA.
Foi em maio passado, em uma cerimônia de premiação que incluiu Bolsonaro entre os contemplados, no evento realizado em Miami, Flórida. Ao fazer continência, Jair recebeu um coro de pessoas gritando a sigla dos EUA em inglês: "USA, USA, USA".
Uma manifestação de pura submissão aos EUA, e que recebeu seu respaldo através dos bolsomínions que bajulavam a bandeira brasileira mas faziam continência para a Estátua da Liberdade.
Civis, cantam o Hino do Exército e marcham como soldados caricatos na esperança de que o Exército volte a governar o Brasil. Espera-se que não.
Em primeiro momento, os bolsomínions que fazem essas passeatas são poucos e adotam posturas que mais inspiram gargalhadas do que qualquer outra coisa.
Mas eles podem ser um perigo sério. Hitler também foi visto como piada na Alemanha e o resultado, trágico, a História registrou para nos mostrar.
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