JAIR BOLSONARO SÓ FOI ELEITO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORQUE A BURRICE GENERALIZADA PERMITIU.
Vivemos em muita confusão. Muita, mesmo.
Vendo a declaração arrogante de Jair Bolsonaro, depois que confessou ter pego as gravações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, ficamos a pensar, e muito, sobre os problemas diversos.
Afinal, Jair Bolsonaro pegou as gravações "antes que elas fossem adulteradas", ou seja, uma desculpa usada pelo presidente para evitar que ele fosse investigado.
Ele publicou, ontem de manhã, um comentário muito irônico e arrogante nas redes sociais.
Zombando da Justiça, Jair Bolsonaro saiu alfinetando a Rede Globo: "Cadê, Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo, ou não?".
Meus comentários pareciam cautelosos sobre as suspeitas de Bolsonaro. Procurei ser prudente, há poucos dias o filho Eduardo Bolsonaro falou em um "novo AI-5".
Paciência. Não tenho ainda muita visibilidade para me equiparar a um youtuber de grande projeção, ou até para um intelectual pró-brega que, até poucos anos atrás, era "santificado" até mesmo por setores das esquerdas.
Sei que as suspeitas são muito fortes contra Jair Bolsonaro, mas não me arrisquei a dar palpites. Até porque nada ainda está sob investigação.
Primeiro, pelo medo da Justiça, pois os juristas que se empenharam rapidamente contra Lula e Dilma apenas falam que "não toleram" desvios à lei e à normalidade jurídica, social e política.
Ministros do Supremo Tribunal Federal já falaram "contra os abusos" dos políticos conservadores, mas nada se empenharam para puni-los.
E será que isso ocorrerá com Jair Bolsonaro? Ele está ultrapassando os limites.
Se ele não está envolvido no comando do assassinato de Marielle Franco, ele sem dúvida está tentando blindar os amigos milicianos envolvidos no crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz.
O fato de Jair Bolsonaro ter pego as gravações e ter ironizado as investigações alimenta ainda mais as suspeitas.
E tudo isso ocorre porque o Brasil resolveu elegê-lo presidente, quando até havia políticos conservadores mais palatáveis. Até o insosso Álvaro Dias poderia ter virado presidente. Jair, não.
Jair Bolsonaro foi eleito numa combinação de muita confusão mental de brasileiros que se inclinam ao pragmatismo, à aventura, ao pretensiosismo de um lado e à abnegação de outro.
Fake News e vídeos despejados nas redes sociais faziam Jair Bolsonaro parecer um pretenso humanista, e as pessoas andaram afogadas na confusão do WhatsApp.
É um Brasil que troca as bolas e mistura as coisas.
Na sua confusão, é capaz de misturar as atribuições de um juiz com a de um tira de seriado policial de TV, um delegado de província e um advogado de acusação.
Da mesma forma, confunde atribuições como as de "médium espírita" que banca o dublê de ativista e de filantropo, bancando também o pretenso pensador e conselheiro emocional das pessoas.
E isso num contexto em que as pessoas não sabem o que é caridade e podem confundi-la com a criação de "pobres em cativeiro" que se observa em instituições nem tão confiáveis assim.
A confusão mental das pessoas também é capaz de confundir a ostentação vã de uma mulher-objeto nas redes sociais como se o Instagram fosse o quarto de casa.
A confusão, neste caso, chega ao nível de muitos pensarem que a mulher-objeto se exibir para os internautas machões é o mesmo que ela se exibir para si mesma em casa.
Sim, são confusões as quais muita gente nas redes sociais não consegue superar, tendo dificuldades enormes de ter algum discernimento.
Imagine, um suposto "médium" fazendo falsa caridade, juntando um punhado de pobres e doentes para praticar Assistencialismo barato, uma "caridade" que só beneficia o suposto filantropo.
Ou uma mulher usando pouca roupa em fotos no Instagram, a toda hora, como se as redes sociais fossem uma extensão do seu quarto de dormir.
Uma "caridade" que só beneficia o "benfeitor", a "sensualidade" da mulher-objeto que nem mais tem noção do que é público e privado.
Muitas feministas de esquerda, pasmem, ingenuamente acreditam que as mulheres-objetos fazem um "tipo diferente de feminismo", como se fosse possível a emancipação feminina através da obediência a um modelo machista de sensualização da mulher.
É dentro desse clima de confusão que, infelizmente, corrompe até setores das esquerdas - vide o acolhimento deles à campanha da bregalização dos intelectuais "bacanas" - que Jair Bolsonaro foi eleito.
Segundo seus eleitores, tomados de cega emoção naqueles idos de outubro de 2018, Jair Bolsonaro também tinha confusão de atribuições: misturava-se os estereótipos do bravo militar, do estadista sério, do tradicionalista cristão e do chefe disciplinador e disciplinado.
O resultado está aí: o Brasil à beira do precipício, não apenas porque seu próprio presidente é suspeito de envolvimento, direto ou indireto, em um assassinato.
É porque isso é um efeito das confusões mentais que uma considerável parcela de brasileiros considerados "normais" expressa sem saber.
Já se fala que essa confusão mental tem origem no sistema de valores moral e culturalmente degradados que se iniciou durante a Era Geisel.
Suspeita-se que a sociedade ultraconservadora considera o período governado pelo general Ernesto Geisel os "novos anos dourados", quando o Brasil teria chegado a um "estado ideal" de pessoas que "não querem muito nem pouco".
O período de 1974-1979 tornou-se um tempo de forçado equilíbrio social, que, no entanto, causou efeitos colaterais no colapso e nas convulsões sociais de hoje.
E isso não inclui somente a direita, sobretudo a bolsonarista. As esquerdas, sobretudo, pecam por terem acolhido referenciais culturais de centro-direita.
Diferente das esquerdas dos anos 1960, que consideravam as favelas um problema social grave e desconfiavam do comercialismo idiotizante do brega-popularesco, as esquerdas mais jovens, hoje com menos de 60 anos de idade, são complacentes e até solidárias a tudo isso.
Acolhem a bregalização e acham lindo ser pobre e viver em condições precárias (favela, prostituição, subemprego etc), porque se "educaram" com valores transmitidos pela Globo, SBT e companhia.
A confusão mental dessas pessoas faz com que bolsonaristas que, em parte, foram educados pela Rede Globo, a hostilizassem cegamente.
Da mesma forma, as esquerdas médias educadas pela Rede Globo também a hostilizam.
A campanha do "combate ao preconceito", ancorada por ídolos cafonas do passado e pela breguice mais ou menos high tech do "funk", resultou nos "safáris humanos" e no fim dos subsídios à cultura brasileira.
O "combate ao preconceito" forçava todos nós a aceitarmos formas de suposta expressão popular que abordavam o povo pobre de maneira preconceituosa.
As esquerdas não desconfiaram um segundo sequer.
E, o que é pior. Quando se alertava as pessoas sobre tais riscos - como o de um Pedro Alexandre Sanches enganar as esquerdas com seu proselitismo pró-brega - , os esquerdistas preferiam ficar ingênuos do que rever os valores que foram induzidos a acreditar.
Há esquerdistas até hoje que batem o pé e se recusam a admitir a óbvia realidade de que o "funk" é um subproduto da mídia venal, com seu DNA ideológico vinculado às Organizações Globo.
O que tem de brasileiro brigando contra a realidade é algo que não cabe num blogue nem numa tela de telefone celular. É coisa que nem a deep web consegue denunciar.
Estamos num país em que o "maior pacifista" é um pretenso "médium" de Minas Gerais, que usou peruca e defendeu a ditadura militar e o AI-5, que se promoveu com literatura fake que vitimou autores como Humberto de Campos e Aura de Souza.
No entanto, esse farsante é considerado "símbolo de paz, fraternidade e amor ao próximo". A que ponto se chegou o Brasil, escolhendo justamente um arrivista para ser considerado "espírito iluminado".
Dessa maneira, o Brasil fica afogado em muita confusão, onde se misturam a aceitação da sordidez, da tragédia, da mediocridade, da burrice, do pedantismo, da dissimulação, e de tudo que for canelada.
Jair Bolsonaro é apenas um efeito dessa grande confusão mental.
Daí que, mais do que repudiar e pedir o impeachment desse político que está destruindo o Brasil, devemos rever os valores morais, culturais e sociais que prevalecem no nosso imaginário social.
Nem que, para isso, seja necessário abandonarmos muitos dos antigos ídolos e "heróis" de longas datas.
Vivemos em muita confusão. Muita, mesmo.
Vendo a declaração arrogante de Jair Bolsonaro, depois que confessou ter pego as gravações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, ficamos a pensar, e muito, sobre os problemas diversos.
Afinal, Jair Bolsonaro pegou as gravações "antes que elas fossem adulteradas", ou seja, uma desculpa usada pelo presidente para evitar que ele fosse investigado.
Ele publicou, ontem de manhã, um comentário muito irônico e arrogante nas redes sociais.
Zombando da Justiça, Jair Bolsonaro saiu alfinetando a Rede Globo: "Cadê, Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo, ou não?".
Meus comentários pareciam cautelosos sobre as suspeitas de Bolsonaro. Procurei ser prudente, há poucos dias o filho Eduardo Bolsonaro falou em um "novo AI-5".
Paciência. Não tenho ainda muita visibilidade para me equiparar a um youtuber de grande projeção, ou até para um intelectual pró-brega que, até poucos anos atrás, era "santificado" até mesmo por setores das esquerdas.
Sei que as suspeitas são muito fortes contra Jair Bolsonaro, mas não me arrisquei a dar palpites. Até porque nada ainda está sob investigação.
Primeiro, pelo medo da Justiça, pois os juristas que se empenharam rapidamente contra Lula e Dilma apenas falam que "não toleram" desvios à lei e à normalidade jurídica, social e política.
Ministros do Supremo Tribunal Federal já falaram "contra os abusos" dos políticos conservadores, mas nada se empenharam para puni-los.
E será que isso ocorrerá com Jair Bolsonaro? Ele está ultrapassando os limites.
Se ele não está envolvido no comando do assassinato de Marielle Franco, ele sem dúvida está tentando blindar os amigos milicianos envolvidos no crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz.
O fato de Jair Bolsonaro ter pego as gravações e ter ironizado as investigações alimenta ainda mais as suspeitas.
E tudo isso ocorre porque o Brasil resolveu elegê-lo presidente, quando até havia políticos conservadores mais palatáveis. Até o insosso Álvaro Dias poderia ter virado presidente. Jair, não.
Jair Bolsonaro foi eleito numa combinação de muita confusão mental de brasileiros que se inclinam ao pragmatismo, à aventura, ao pretensiosismo de um lado e à abnegação de outro.
Fake News e vídeos despejados nas redes sociais faziam Jair Bolsonaro parecer um pretenso humanista, e as pessoas andaram afogadas na confusão do WhatsApp.
É um Brasil que troca as bolas e mistura as coisas.
Na sua confusão, é capaz de misturar as atribuições de um juiz com a de um tira de seriado policial de TV, um delegado de província e um advogado de acusação.
Da mesma forma, confunde atribuições como as de "médium espírita" que banca o dublê de ativista e de filantropo, bancando também o pretenso pensador e conselheiro emocional das pessoas.
E isso num contexto em que as pessoas não sabem o que é caridade e podem confundi-la com a criação de "pobres em cativeiro" que se observa em instituições nem tão confiáveis assim.
A confusão mental das pessoas também é capaz de confundir a ostentação vã de uma mulher-objeto nas redes sociais como se o Instagram fosse o quarto de casa.
A confusão, neste caso, chega ao nível de muitos pensarem que a mulher-objeto se exibir para os internautas machões é o mesmo que ela se exibir para si mesma em casa.
Sim, são confusões as quais muita gente nas redes sociais não consegue superar, tendo dificuldades enormes de ter algum discernimento.
Imagine, um suposto "médium" fazendo falsa caridade, juntando um punhado de pobres e doentes para praticar Assistencialismo barato, uma "caridade" que só beneficia o suposto filantropo.
Ou uma mulher usando pouca roupa em fotos no Instagram, a toda hora, como se as redes sociais fossem uma extensão do seu quarto de dormir.
Uma "caridade" que só beneficia o "benfeitor", a "sensualidade" da mulher-objeto que nem mais tem noção do que é público e privado.
Muitas feministas de esquerda, pasmem, ingenuamente acreditam que as mulheres-objetos fazem um "tipo diferente de feminismo", como se fosse possível a emancipação feminina através da obediência a um modelo machista de sensualização da mulher.
É dentro desse clima de confusão que, infelizmente, corrompe até setores das esquerdas - vide o acolhimento deles à campanha da bregalização dos intelectuais "bacanas" - que Jair Bolsonaro foi eleito.
Segundo seus eleitores, tomados de cega emoção naqueles idos de outubro de 2018, Jair Bolsonaro também tinha confusão de atribuições: misturava-se os estereótipos do bravo militar, do estadista sério, do tradicionalista cristão e do chefe disciplinador e disciplinado.
O resultado está aí: o Brasil à beira do precipício, não apenas porque seu próprio presidente é suspeito de envolvimento, direto ou indireto, em um assassinato.
É porque isso é um efeito das confusões mentais que uma considerável parcela de brasileiros considerados "normais" expressa sem saber.
Já se fala que essa confusão mental tem origem no sistema de valores moral e culturalmente degradados que se iniciou durante a Era Geisel.
Suspeita-se que a sociedade ultraconservadora considera o período governado pelo general Ernesto Geisel os "novos anos dourados", quando o Brasil teria chegado a um "estado ideal" de pessoas que "não querem muito nem pouco".
O período de 1974-1979 tornou-se um tempo de forçado equilíbrio social, que, no entanto, causou efeitos colaterais no colapso e nas convulsões sociais de hoje.
E isso não inclui somente a direita, sobretudo a bolsonarista. As esquerdas, sobretudo, pecam por terem acolhido referenciais culturais de centro-direita.
Diferente das esquerdas dos anos 1960, que consideravam as favelas um problema social grave e desconfiavam do comercialismo idiotizante do brega-popularesco, as esquerdas mais jovens, hoje com menos de 60 anos de idade, são complacentes e até solidárias a tudo isso.
Acolhem a bregalização e acham lindo ser pobre e viver em condições precárias (favela, prostituição, subemprego etc), porque se "educaram" com valores transmitidos pela Globo, SBT e companhia.
A confusão mental dessas pessoas faz com que bolsonaristas que, em parte, foram educados pela Rede Globo, a hostilizassem cegamente.
Da mesma forma, as esquerdas médias educadas pela Rede Globo também a hostilizam.
A campanha do "combate ao preconceito", ancorada por ídolos cafonas do passado e pela breguice mais ou menos high tech do "funk", resultou nos "safáris humanos" e no fim dos subsídios à cultura brasileira.
O "combate ao preconceito" forçava todos nós a aceitarmos formas de suposta expressão popular que abordavam o povo pobre de maneira preconceituosa.
As esquerdas não desconfiaram um segundo sequer.
E, o que é pior. Quando se alertava as pessoas sobre tais riscos - como o de um Pedro Alexandre Sanches enganar as esquerdas com seu proselitismo pró-brega - , os esquerdistas preferiam ficar ingênuos do que rever os valores que foram induzidos a acreditar.
Há esquerdistas até hoje que batem o pé e se recusam a admitir a óbvia realidade de que o "funk" é um subproduto da mídia venal, com seu DNA ideológico vinculado às Organizações Globo.
O que tem de brasileiro brigando contra a realidade é algo que não cabe num blogue nem numa tela de telefone celular. É coisa que nem a deep web consegue denunciar.
Estamos num país em que o "maior pacifista" é um pretenso "médium" de Minas Gerais, que usou peruca e defendeu a ditadura militar e o AI-5, que se promoveu com literatura fake que vitimou autores como Humberto de Campos e Aura de Souza.
No entanto, esse farsante é considerado "símbolo de paz, fraternidade e amor ao próximo". A que ponto se chegou o Brasil, escolhendo justamente um arrivista para ser considerado "espírito iluminado".
Dessa maneira, o Brasil fica afogado em muita confusão, onde se misturam a aceitação da sordidez, da tragédia, da mediocridade, da burrice, do pedantismo, da dissimulação, e de tudo que for canelada.
Jair Bolsonaro é apenas um efeito dessa grande confusão mental.
Daí que, mais do que repudiar e pedir o impeachment desse político que está destruindo o Brasil, devemos rever os valores morais, culturais e sociais que prevalecem no nosso imaginário social.
Nem que, para isso, seja necessário abandonarmos muitos dos antigos ídolos e "heróis" de longas datas.
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