Eu estava caminhando em Icaraí quando percebi uma "minifestação" (não é erro de grafia) contra a soltura do ex-presidente Lula, ocorrida ontem.
Os "coxinhas", com suas camisetas da CBF e sua apropriação indevida da bandeira do Brasil, vieram sem carro de som e com sons de buzinas e vuvuzelas.
Eles seguravam cartazes pedindo ao Congresso Nacional rever a decisão do Supremo Tribunal Federal acabando com a prisão em segunda instância. A decisão, segundo os "manifestoches", "prejudica" o combate à corrupção.
Embora Niterói seja uma cidade conservadora, noto que as manifestações deste porte estão diminuindo drasticamente.
O jornal O Fluminense alegou que o protesto "teve um grande número de pessoas" e "reuniu milhares de manifestantes". A matéria diz que foram "mil pessoas" que estavam presentes no ato.
Não vi. Acompanhei o ato e só pude ver uma pálida centena de pessoas, talvez até menos.
A matéria do jornal soa como um apelo de fake news feito para reforçar o ódio anti-petista que a grande imprensa expressa em todo o Brasil.
É muito fácil usar o truque do foco concentrado, juntar um punhado de pessoas, concentrar o enquadramento da imagem e dar a falsa impressão de uma grande multidão envolvida.
É o que vemos a seguir, nesta foto divulgada nas redes sociais e reproduzida no jornal O Fluminense.
Parece uma grande manifestação, mas não é. É o típico truque do foco concentrado, que dá a impressão de um grande protesto.
Além do mais, as pessoas mais ao fundo, escondidas, não foram necessariamente manifestantes, mas transeuntes comuns, que estavam vendo esportes na praia ou fazendo outra coisa.
Ainda mais quando o protesto já teve seu auge por volta de 11h30 da manhã e já estava se desgastando.
Era mais ou menos esse horário quando eu fotografei a foto abaixo.
Visto de longe, parecem um punhado de pessoas com raivinha, sem crédito, sem carisma.
Nem carro de som havia. E a gritaria dos revoltadinhos nem fazia muito barulho.
Em dado momento, os "coxinhas" gritaram "Moro! Moro! Moro!", numa desesperada tentativa de exaltar o desmoralizado (olha o trocadilho) ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e antigo astro-juiz da Operação Lava Jato.
E dá pena a bandeira do Brasil ser usada dessa forma, porque esse patriotismo de fachada defende que as riquezas brasileiras sejam entregues para empresas estrangeiras.
É hora dessa patota toda voltar para casa e ficar chorando nos seus quartos, com celular nas mãos e aceitar a liberdade do grande líder Lula.
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