"SULTANS OF SWING" VIROU O "STAIRWAY TO HEAVEN" DO DIRE STRAITS - Legal, mas ninguém aguenta mais ouvir.
Não há coisa mais irritante do que boa parte das rádios de pop adulto existentes no Brasil.
Elas parecem atoladas no atendimento às editoras musicais de sucessos estrangeiros, que fazem essas FMs tocarem sempre as mesmas músicas.
E não se fala do pior, que são tantos nomes inexpressivos e comerciais, que ninguém ouviu falar na vida, mas que são tocados por atenderem paradigmas de "boa música".
E o que é "boa música" para esses burocratas radiofônicos? Uma música grudenta e "leve", dançante ou romântica, acessível a toda a famíla, seja o papai, a mamãe, os filhinhos ou até a empregada.
Músicas que "não pregam baixarias" e soam "bastante agradáveis".
Claro que há intérpretes bastante respeitáveis incluídos, mas eles aparecem sempre com os mesmos sucessos.
E, numa época em que o Rio de Janeiro precisa de uma nova rádio exclusivamente de MPB, os flash backs estrangeiros acabam "enchendo linguiça" de muitas rádios de pop adulto.
Sobretudo uma JB FM, no Rio de Janeiro, a exemplo do que ocorre com a Globo FM em Salvador.
São rádios que estão surdas aos ouvintes, só servem para o faturamento pessoal dos editores de sucessos musicais estrangeiros, que antes faturavam com trilhas sonoras de novelas da Rede Globo.
Essas rádios, totalmente indiferentes aos ouvintes, fazem o paradigma viciado das rádios de pop adulto, que outrora levantavam a bandeira da "música de qualidade".
E aí ficam tocando a mesma coisa. E, tocando o flash back estrangeiro, acabam cometendo uma barbaridade.
Eliminam, dos sucessos antigos, a aura temporal que eles carregavam nos seus anos de origem.
"One on One", da dupla Daryl Hall & John Oates, por exemplo, já não carrega mais a lembrança de 1981, seu ano de origem.
Virou música de hoje. Como tantas músicas antigas que também fazem a mesmice das festas de flash back que ocorrem nos bailes da vida, em que a música deixou de ser o souvenir de uma época.
Muitas músicas chegam a martelar tanto nas rádios que passam a cansar.
Como "I Feel Good" de James Brown e "Sultans of Swing", do Dire Straits, que disputam o troféu "Stairway to Heaven" de canção mais surrada nos nossos ouvidos.
A exemplo do clássico do Led Zeppelin, são duas boas músicas, mas elas, de tão tocadas, cansaram nossos ouvidos, que não mais as aguentam ouvir.
"I Feel Good" e "Sultans of Swing" já deixaram de lembrar os anos de origem, 1966 e 1978, virando músicas "dos anos 90 para cá".
O pessoal do Rio de Janeiro, que nos últimos 25 sofre de um surto provinciano que se intensifica a cada dia, é que adora ouvir sempre as mesmas músicas.
Seu hit-parade só muda de sete em sete anos. Só devem parar de ouvir "Sorry" do Justin Bieber, por exemplo, em 2022.
Isso se não seguir a tendência dos flash backs estrangeiros que são martelados até por 35 anos ou mais.
Só que isso cansa. Perde aquela eventualidade, aquele gosto de ouvir música mais antiga pensando no tempo que ela representou.
Me lembro então da tese de Walter Benjamin, da Escola de Frankfurt, sobre a reprodutibilidade técnica e a perda da aura.
A reprodutibilidade de execuções radiofônicas elimina a aura temporal de cada música, que pode até estar acima dos tempos e ser "eterna", mas isso não significa que ela possa ser martelada hoje como se fosse um sucesso recente.
Afinal, por mais que a música soe atemporal, ela também precisa "falar" de sua época de origem.
As execuções radiofônicas repetitivas eliminam esse diálogo temporal, tirando aquele gosto especial de pensarmos naqueles tempos.
Contraditoriamente, os cariocas parecem se prenderem ao passado, apegados a 1974 como se fosse um "novo 1958".
Para eles, tanto faz ouvir um punhadinho de sucessos de hit-parade por toda a eternidade.
Diante do bitolamento que a maioria dos cariocas e fluminenses está sofrendo, faz sentido ouvir as mesmas músicas.
Surgiram até os "roqueiros" fãs de uma música só, uma aberração se observarmos a natureza original da cultura rock em garimpar até os lados B mais obscuros de compactos nunca lançados!
O ideal seria que as rádios FM voltassem a jogar os flash backs estrangeiros de volta ao seu devido lugar. Os programas de flash back transmitidos no fim de noite. Para o bem de nossa memória musical.
Quem quiser ouvir flash back o tempo todo, que busque arquivos musicais no YouTube.
Não há coisa mais irritante do que boa parte das rádios de pop adulto existentes no Brasil.
Elas parecem atoladas no atendimento às editoras musicais de sucessos estrangeiros, que fazem essas FMs tocarem sempre as mesmas músicas.
E não se fala do pior, que são tantos nomes inexpressivos e comerciais, que ninguém ouviu falar na vida, mas que são tocados por atenderem paradigmas de "boa música".
E o que é "boa música" para esses burocratas radiofônicos? Uma música grudenta e "leve", dançante ou romântica, acessível a toda a famíla, seja o papai, a mamãe, os filhinhos ou até a empregada.
Músicas que "não pregam baixarias" e soam "bastante agradáveis".
Claro que há intérpretes bastante respeitáveis incluídos, mas eles aparecem sempre com os mesmos sucessos.
E, numa época em que o Rio de Janeiro precisa de uma nova rádio exclusivamente de MPB, os flash backs estrangeiros acabam "enchendo linguiça" de muitas rádios de pop adulto.
Sobretudo uma JB FM, no Rio de Janeiro, a exemplo do que ocorre com a Globo FM em Salvador.
São rádios que estão surdas aos ouvintes, só servem para o faturamento pessoal dos editores de sucessos musicais estrangeiros, que antes faturavam com trilhas sonoras de novelas da Rede Globo.
Essas rádios, totalmente indiferentes aos ouvintes, fazem o paradigma viciado das rádios de pop adulto, que outrora levantavam a bandeira da "música de qualidade".
E aí ficam tocando a mesma coisa. E, tocando o flash back estrangeiro, acabam cometendo uma barbaridade.
Eliminam, dos sucessos antigos, a aura temporal que eles carregavam nos seus anos de origem.
"One on One", da dupla Daryl Hall & John Oates, por exemplo, já não carrega mais a lembrança de 1981, seu ano de origem.
Virou música de hoje. Como tantas músicas antigas que também fazem a mesmice das festas de flash back que ocorrem nos bailes da vida, em que a música deixou de ser o souvenir de uma época.
Muitas músicas chegam a martelar tanto nas rádios que passam a cansar.
Como "I Feel Good" de James Brown e "Sultans of Swing", do Dire Straits, que disputam o troféu "Stairway to Heaven" de canção mais surrada nos nossos ouvidos.
A exemplo do clássico do Led Zeppelin, são duas boas músicas, mas elas, de tão tocadas, cansaram nossos ouvidos, que não mais as aguentam ouvir.
"I Feel Good" e "Sultans of Swing" já deixaram de lembrar os anos de origem, 1966 e 1978, virando músicas "dos anos 90 para cá".
O pessoal do Rio de Janeiro, que nos últimos 25 sofre de um surto provinciano que se intensifica a cada dia, é que adora ouvir sempre as mesmas músicas.
Seu hit-parade só muda de sete em sete anos. Só devem parar de ouvir "Sorry" do Justin Bieber, por exemplo, em 2022.
Isso se não seguir a tendência dos flash backs estrangeiros que são martelados até por 35 anos ou mais.
Só que isso cansa. Perde aquela eventualidade, aquele gosto de ouvir música mais antiga pensando no tempo que ela representou.
Me lembro então da tese de Walter Benjamin, da Escola de Frankfurt, sobre a reprodutibilidade técnica e a perda da aura.
A reprodutibilidade de execuções radiofônicas elimina a aura temporal de cada música, que pode até estar acima dos tempos e ser "eterna", mas isso não significa que ela possa ser martelada hoje como se fosse um sucesso recente.
Afinal, por mais que a música soe atemporal, ela também precisa "falar" de sua época de origem.
As execuções radiofônicas repetitivas eliminam esse diálogo temporal, tirando aquele gosto especial de pensarmos naqueles tempos.
Contraditoriamente, os cariocas parecem se prenderem ao passado, apegados a 1974 como se fosse um "novo 1958".
Para eles, tanto faz ouvir um punhadinho de sucessos de hit-parade por toda a eternidade.
Diante do bitolamento que a maioria dos cariocas e fluminenses está sofrendo, faz sentido ouvir as mesmas músicas.
Surgiram até os "roqueiros" fãs de uma música só, uma aberração se observarmos a natureza original da cultura rock em garimpar até os lados B mais obscuros de compactos nunca lançados!
O ideal seria que as rádios FM voltassem a jogar os flash backs estrangeiros de volta ao seu devido lugar. Os programas de flash back transmitidos no fim de noite. Para o bem de nossa memória musical.
Quem quiser ouvir flash back o tempo todo, que busque arquivos musicais no YouTube.
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