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MESMO COM APROVAÇÃO EM PESQUISA, LUCIANO HUCK DESISTE DE SONHAR COM O PLANALTO


Aparentemente, o apresentador de TV e empresário Luciano Huck, que popularizou a gíria "balada", desistiu de ser candidato à Presidência da República.

Mesmo com índices de aprovação crescentes, de 43% a 60%, segundo o instituto Ipsos, Huck parece um tanto apreensivo quanto à sua futura condição de chefe do Executivo federal.

As informações sobre esta desistência foram dadas por Gilberto Dimenstein e confirmadas por Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

A princípio, Huck não era exatamente o candidato potencial para ser um novo representante da plutocracia política na Presidência da República.

Ele estava engajado no RenovaBR, iniciativa de um grupo de empresários destinados a investir no treinamento de políticos comprometidos com o neoliberalismo.

A ideia do RenovaBR é produzir um novo líder político alinhado com os ideais neoliberais.

A reportagem de Gilberto Dimenstein afirma que Huck teme perder vantagens que mantém como apresentador de TV, como contratos publicitários e a popularidade conquistada na Rede Globo.

Huck, no entanto, é anunciado como uma promessa entre os outsiders políticos.

É um tipo de candidato que exerce influência na juventude brasileira e até em uma parcela de supostos detratores.

Huck lançou a gíria "balada", um jargão de jovens riquinhos que frequentam boates, bem no estilo das camisetas da Reserva: "balada" era derivado de "bala", eufemismo para pílula alucinógena, no caso, o ecstasy.

Uma gíria como "balada", relacionada ao ecstasy que se propagou de forma até totalitária, tem o mesmo estado de espírito daquelas frases tipo "Vem ni mim que tô facim" e "Somos todos macacos".

Graças ao poder de Huck, a gíria "balada" chegou a ultrapassar as condições naturais de gíria quanto ao tempo e ao espaço, ou seja, ligado à "tribo" dos clubbers e de vida útil provisória.

"Balada" (gíria referente às festas noturnas, espécie de "prima pobre" das raves britânicas) virou o símbolo da influência do poder midiático à juventude.

A gíria virou a expressão do poder dominante da Rede Globo na televisão e da Jovem Pan no rádio, no Brasil.

Nas redes sociais, "balada" pode ter sido o primeiro grito dos "coxinhas", lançado há pouco mais de 15 anos.

Huck pode até ser usado como um "dublê de presidenciável" para que, assim, a opinião pública se distraia, enquanto o verdadeiro candidato neoliberal é treinado nos bastidores.

Sabe-se que as elites mantém em sigilo o novo presidenciável, para evitar que ele seja "fritado" pela Internet.

Em todo caso, apesar da notícia divulgada por Dimenstein e Bergamo, Huck só dará um pronunciamento oficial a respeito nos próximos dias.

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