LUCIANO HUCK ANUNCIOU QUE APENAS APOIARÁ PROJETOS DE CUNHO POLÍTICO, COMO O RENOVA BR, QUE TEM ENTRE SEUS PARCEIROS O EMPRESÁRIO ABÍLIO DINIZ.
Luciano Huck enviou um comunicado, em sua coluna na Folha de São Paulo, dizendo que não será candidato à Presidência da República.
Dias atrás, ele prometeu enviar um comunicado, e ontem ele cumpriu, com o texto intitulado "No rumo".
No artigo, ele afirma que o que motivou a ele ser considerado presidenciável: a "paixão e curiosidade pelo outro".
Evidentemente, o artigo soa como um pronunciamento político, com aqueles argumentos "humanistas" de um emergente.
Luciano Huck, falando por sua geração - que é a minha, pois ambos temos 46 anos, só que "navego em outros mares" - , se considera um símbolo do "novo".
Huck tornou-se a "alternativa viável" diante de um Brasil conservador que se diz "cansado de tanta corrupção".
É aquela visão que vemos em periódicos da Isto É: "novas gerações" querendo o "novo" na política, mas reproduzindo apenas valores da ideologia de mercado, com algum "humanismo" paternalista.
Huck afirma que a escolha de seu nome se deu "por menos politicagem e mais representatividade".
Sem expor as razões da recusa à disputa presidencial, Huck disse que irá "continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país".
"Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou", acrescentou o apresentador.
"A hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido", afirmou, mais adiante.
Os motivos para a desistência de tão tentador convite não foram descritos.
Mas não é difícil inferir. Huck foi aconselhado por amigos empresários e anunciantes a desistir da pré-candidatura por razões bem conhecidas.
A exposição na Internet poderá ser negativa, e a pressão pode refletir no prejuízo de contratos publicitários.
Até a esposa e colega Angélica aconselhou o marido a desistir do projeto.
Há quem desconfie, todavia, de que a desistência seria conversa para boi dormir e que Luciano Huck apenas quer abafar o assunto para evitar ser "massacrado" pela Internet.
Em todo caso, a centro-direita não tem um candidato próprio ou talvez até tenha, mas evita divulgar seu nome para não ser ele jogado à "arena dos leões" digital.
O que se sabe, sobre Huck, é que ele continuará colaborando com o Renova BR, ao lado de empresários como Nizan Guanaes e Abílio Diniz.
O Renova BR patrocina e investe em personalidades que se interessem a disputar cargos políticos e tenham afinidade com o pensamento neoliberal mais "moderado".
Leia-se "neoliberalismo moderado" uma forma politicamente correta de assumir a herança nefasta do governo Michel Temer.
Como a terceirização total, a redução de salários, as privatizações, a Escola Sem Partido.
O desafio, portanto, é como temperar essas medidas amargas e outras do mesmo nível com alguma inclinação "social".
A retomada conservadora de 2016 terá que fazer alguma coisa para parecer "mais positiva" e "agradável", para neutralizar a influência de Lula, potencial vitorioso da eleição de 2018.
Não vai ser uma pauta progressista, evidentemente, como a de Lula, que virá com toda força desfazer os retrocessos do governo Temer.
Para a plutocracia, não é de seu interesse que, para ficar com o osso, se doe a carne para o povo.
A plutocracia só oferece migalhas. Mas terá apenas que ceder um pouco mais para garantir a eleição de conservadores em 2018.
Caso contrário, Lula volta com apetite em dobro para transformar o Brasil num país desenvolvido e socialmente mais justo. Isso as elites não querem.
Luciano Huck enviou um comunicado, em sua coluna na Folha de São Paulo, dizendo que não será candidato à Presidência da República.
Dias atrás, ele prometeu enviar um comunicado, e ontem ele cumpriu, com o texto intitulado "No rumo".
No artigo, ele afirma que o que motivou a ele ser considerado presidenciável: a "paixão e curiosidade pelo outro".
Evidentemente, o artigo soa como um pronunciamento político, com aqueles argumentos "humanistas" de um emergente.
Luciano Huck, falando por sua geração - que é a minha, pois ambos temos 46 anos, só que "navego em outros mares" - , se considera um símbolo do "novo".
Huck tornou-se a "alternativa viável" diante de um Brasil conservador que se diz "cansado de tanta corrupção".
É aquela visão que vemos em periódicos da Isto É: "novas gerações" querendo o "novo" na política, mas reproduzindo apenas valores da ideologia de mercado, com algum "humanismo" paternalista.
Huck afirma que a escolha de seu nome se deu "por menos politicagem e mais representatividade".
Sem expor as razões da recusa à disputa presidencial, Huck disse que irá "continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país".
"Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou", acrescentou o apresentador.
"A hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido", afirmou, mais adiante.
Os motivos para a desistência de tão tentador convite não foram descritos.
Mas não é difícil inferir. Huck foi aconselhado por amigos empresários e anunciantes a desistir da pré-candidatura por razões bem conhecidas.
A exposição na Internet poderá ser negativa, e a pressão pode refletir no prejuízo de contratos publicitários.
Até a esposa e colega Angélica aconselhou o marido a desistir do projeto.
Há quem desconfie, todavia, de que a desistência seria conversa para boi dormir e que Luciano Huck apenas quer abafar o assunto para evitar ser "massacrado" pela Internet.
Em todo caso, a centro-direita não tem um candidato próprio ou talvez até tenha, mas evita divulgar seu nome para não ser ele jogado à "arena dos leões" digital.
O que se sabe, sobre Huck, é que ele continuará colaborando com o Renova BR, ao lado de empresários como Nizan Guanaes e Abílio Diniz.
O Renova BR patrocina e investe em personalidades que se interessem a disputar cargos políticos e tenham afinidade com o pensamento neoliberal mais "moderado".
Leia-se "neoliberalismo moderado" uma forma politicamente correta de assumir a herança nefasta do governo Michel Temer.
Como a terceirização total, a redução de salários, as privatizações, a Escola Sem Partido.
O desafio, portanto, é como temperar essas medidas amargas e outras do mesmo nível com alguma inclinação "social".
A retomada conservadora de 2016 terá que fazer alguma coisa para parecer "mais positiva" e "agradável", para neutralizar a influência de Lula, potencial vitorioso da eleição de 2018.
Não vai ser uma pauta progressista, evidentemente, como a de Lula, que virá com toda força desfazer os retrocessos do governo Temer.
Para a plutocracia, não é de seu interesse que, para ficar com o osso, se doe a carne para o povo.
A plutocracia só oferece migalhas. Mas terá apenas que ceder um pouco mais para garantir a eleição de conservadores em 2018.
Caso contrário, Lula volta com apetite em dobro para transformar o Brasil num país desenvolvido e socialmente mais justo. Isso as elites não querem.
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