ENGARRAFAMENTO NA RODOVIA RJ-106, ALTURA DE RIO DO OURO - O trânsito não é tão tranquilo assim na "avenida de bairro".
Durante décadas, o niteroiense que vivia na Região Oceânica vivia feliz perdendo seu precioso tempo pegando o longo acesso por Largo da Batalha até ir a São Francisco.
Esse acesso incluía, no sentido Itaipu-Cachoeira, um trecho estreito da Estrada Francisco da Cruz Nunes, uma volta toda por várias ruas do Largo da Batalha até ir para a Av. Rui Barbosa (antiga Estrada da Cachoeira) para ir a São Francisco.
Constantemente havia engarrafamentos e o niteroiense reclamava por hobby.
É aquele estranho fenômeno da pessoa reclamar muito de um problema, mas depois se enfurecer quando alguém tenta buscar uma solução.
Entendi isso quando havia o caso da (felizmente) extinta Turismo Trans 1000.
Um grupo de busólogos reclamava o tempo todo dos problemas da empresa: ônibus sucateados, demora nos horários, retirada de um carro de uma linha para suprir outra, veículos enguiçados constantemente.
Quando veio a campanha para extinguir a Transmil, os busólogos se irritaram, de maneira surreal, pois a empresa estava de mal a pior.
A empresa só foi extinta porque houve uma pressão de moradores das cidades atendidas, na Baixada Fluminense: Nilópolis, Mesquita e Nova Iguaçu.
No caso de Niterói, a gente precisa ensinar aos niteroienses a se indignarem com os próprios problemas.
Os niteroienses acham que aguentam problemas graves numa boa, só reclamando pelas costas.
Outro problema é que niteroiense não sabe o que é perder tempo. Tempo é um grande desconhecido para os niteroienses. Daí que boa parte deles fuma muito cigarro, sem saber que, com isso, podem morrer a qualquer momento.
Os niteroienses ouvem música antiga como se fosse o sucesso do momento. Daí a viciada programação das FMs de pop adulto, que tocam os flash backs estrangeiros que nem seus intérpretes aguentam mais tocar e só o fazem por dinheiro.
Se pudessem, Daryl Hall e John Oates estariam compondo material inédito e tocando músicas menos conhecidas, porque tornou-se rotineiro tocar coisas como "Maneater" e "Out of Touch".
Que província tornou-se Niterói. Acho que os niteroienses ainda estão esperando a invenção do relógio.
Vejamos o caso da RJ-106.
Se você sai de carro de Várzea das Moças em direção a Tribobó, você tem que pegar um bom trecho em direção a Maricá para pegar um retorno.
É um baita tempo que se perde, mesmo com trânsito "tranquilo".
Trânsito "tranquilo" é eufemismo para trânsito sem aparente congestionamento e sem alguma notícia de acidente.
Mas passar pela RJ-106 entre Rio do Ouro e Várzea das Moças nunca é ter um trânsito tranquilo.
Com a falta de avenida própria entre os dois bairros, a RJ-106 se transforma em "avenida de bairro" numa situação incômoda e danosa à mobilidade urbana.
Afinal, veículos que vão para cidades distantes na Região dos Lagos têm que disputar pista com os veículos que vêm dos dois bairros niteroienses.
Isso envolve diminuição de velocidade, mesmo sem trânsito intenso.
Alguns veículos mudam de faixa de pista, e isso impede o tráfego imediato necessário.
Mesmo quando a perda de tempo é mínima, ela é de certa forma considerável.
Fala-se disso porque a nova avenida que deveria haver entre Rio do Ouro e Várzea das Moças virou um "pepino" igual ao da antiga ligação Cafubá-Charitas, esquecida por sete décadas.
Daí o sossego niteroiense de enfrentar congestionamentos no trânsito entre São Francisco e Região Oceânica, até pouco tempo atrás.
Daí o sossego niteroiense que ainda persiste nesse quadro em que dois bairros vizinhos têm um acesso difícil de ligação, no qual se perde tempo e disputa pista com quem vai e vem de muito longe.
O grande problema, que os niteroienses ignoram, é que a Região Oceânica irá crescer. Novos prédios substituirão casas pequenas e a urbanização do entorno da Estrada Francisco da Cruz Nunes e as obras no Engenho do Mato irão ampliar a região.
O que isso significa? O crescimento chegará a Rio do Ouro e Várzea das Moças e irá saturar a RJ-106.
Será inútil duplicar a RJ-106 se ela continua servindo de "avenida de bairro" para Rio do Ouro e Várzea das Moças.
O terrenão localizado no fim da Rod. Pref. João Sampaio (RJ-100, antiga Estrada Velha de Maricá) e a proximidade da Rua Jean Valenteau Mouliac tem que abrir espaço para nova avenida.
Se a especulação imobiliária, de um lado, e a favelização, de outro, tomarem o terreno, a Prefeitura de Niterói terá que intervir para demolir casas, causando sérios problemas.
A ação preventiva de construir nova avenida já é um meio de evitar que as pressões do crescimento da Região Oceânica transformem a RJ-106 num inferno.
O niteroiense médio precisa se preocupar com isso e tomar a nova avenida Rio do Ouro-Várzea das Moças como prioridade.
Caso contrário, sofrerá problemas sérios de trânsito e irritará muitos motoristas que terão dificuldade de ir e voltar apenas de áreas como Saquarema e Maricá.
Nem todo mundo vai para Cabo Frio ou Macaé pela BR-101 e a conformação com a "avenida de bairro" que se tornou a RJ-106 vai custar caro no futuro.
Os niteroienses deveriam conhecer seus próprios problemas e ter a humildade de acolher soluções.
Afinal, se o sujeito reclama, reclama e reclama, mas fica irritado quando outra pessoa adota uma solução, então isso é um caso para o queixoso ir a um psiquiatra.
Durante décadas, o niteroiense que vivia na Região Oceânica vivia feliz perdendo seu precioso tempo pegando o longo acesso por Largo da Batalha até ir a São Francisco.
Esse acesso incluía, no sentido Itaipu-Cachoeira, um trecho estreito da Estrada Francisco da Cruz Nunes, uma volta toda por várias ruas do Largo da Batalha até ir para a Av. Rui Barbosa (antiga Estrada da Cachoeira) para ir a São Francisco.
Constantemente havia engarrafamentos e o niteroiense reclamava por hobby.
É aquele estranho fenômeno da pessoa reclamar muito de um problema, mas depois se enfurecer quando alguém tenta buscar uma solução.
Entendi isso quando havia o caso da (felizmente) extinta Turismo Trans 1000.
Um grupo de busólogos reclamava o tempo todo dos problemas da empresa: ônibus sucateados, demora nos horários, retirada de um carro de uma linha para suprir outra, veículos enguiçados constantemente.
Quando veio a campanha para extinguir a Transmil, os busólogos se irritaram, de maneira surreal, pois a empresa estava de mal a pior.
A empresa só foi extinta porque houve uma pressão de moradores das cidades atendidas, na Baixada Fluminense: Nilópolis, Mesquita e Nova Iguaçu.
No caso de Niterói, a gente precisa ensinar aos niteroienses a se indignarem com os próprios problemas.
Os niteroienses acham que aguentam problemas graves numa boa, só reclamando pelas costas.
Outro problema é que niteroiense não sabe o que é perder tempo. Tempo é um grande desconhecido para os niteroienses. Daí que boa parte deles fuma muito cigarro, sem saber que, com isso, podem morrer a qualquer momento.
Os niteroienses ouvem música antiga como se fosse o sucesso do momento. Daí a viciada programação das FMs de pop adulto, que tocam os flash backs estrangeiros que nem seus intérpretes aguentam mais tocar e só o fazem por dinheiro.
Se pudessem, Daryl Hall e John Oates estariam compondo material inédito e tocando músicas menos conhecidas, porque tornou-se rotineiro tocar coisas como "Maneater" e "Out of Touch".
Que província tornou-se Niterói. Acho que os niteroienses ainda estão esperando a invenção do relógio.
Vejamos o caso da RJ-106.
Se você sai de carro de Várzea das Moças em direção a Tribobó, você tem que pegar um bom trecho em direção a Maricá para pegar um retorno.
É um baita tempo que se perde, mesmo com trânsito "tranquilo".
Trânsito "tranquilo" é eufemismo para trânsito sem aparente congestionamento e sem alguma notícia de acidente.
Mas passar pela RJ-106 entre Rio do Ouro e Várzea das Moças nunca é ter um trânsito tranquilo.
Com a falta de avenida própria entre os dois bairros, a RJ-106 se transforma em "avenida de bairro" numa situação incômoda e danosa à mobilidade urbana.
Afinal, veículos que vão para cidades distantes na Região dos Lagos têm que disputar pista com os veículos que vêm dos dois bairros niteroienses.
Isso envolve diminuição de velocidade, mesmo sem trânsito intenso.
Alguns veículos mudam de faixa de pista, e isso impede o tráfego imediato necessário.
Mesmo quando a perda de tempo é mínima, ela é de certa forma considerável.
Fala-se disso porque a nova avenida que deveria haver entre Rio do Ouro e Várzea das Moças virou um "pepino" igual ao da antiga ligação Cafubá-Charitas, esquecida por sete décadas.
Daí o sossego niteroiense de enfrentar congestionamentos no trânsito entre São Francisco e Região Oceânica, até pouco tempo atrás.
Daí o sossego niteroiense que ainda persiste nesse quadro em que dois bairros vizinhos têm um acesso difícil de ligação, no qual se perde tempo e disputa pista com quem vai e vem de muito longe.
O grande problema, que os niteroienses ignoram, é que a Região Oceânica irá crescer. Novos prédios substituirão casas pequenas e a urbanização do entorno da Estrada Francisco da Cruz Nunes e as obras no Engenho do Mato irão ampliar a região.
O que isso significa? O crescimento chegará a Rio do Ouro e Várzea das Moças e irá saturar a RJ-106.
Será inútil duplicar a RJ-106 se ela continua servindo de "avenida de bairro" para Rio do Ouro e Várzea das Moças.
O terrenão localizado no fim da Rod. Pref. João Sampaio (RJ-100, antiga Estrada Velha de Maricá) e a proximidade da Rua Jean Valenteau Mouliac tem que abrir espaço para nova avenida.
Se a especulação imobiliária, de um lado, e a favelização, de outro, tomarem o terreno, a Prefeitura de Niterói terá que intervir para demolir casas, causando sérios problemas.
A ação preventiva de construir nova avenida já é um meio de evitar que as pressões do crescimento da Região Oceânica transformem a RJ-106 num inferno.
O niteroiense médio precisa se preocupar com isso e tomar a nova avenida Rio do Ouro-Várzea das Moças como prioridade.
Caso contrário, sofrerá problemas sérios de trânsito e irritará muitos motoristas que terão dificuldade de ir e voltar apenas de áreas como Saquarema e Maricá.
Nem todo mundo vai para Cabo Frio ou Macaé pela BR-101 e a conformação com a "avenida de bairro" que se tornou a RJ-106 vai custar caro no futuro.
Os niteroienses deveriam conhecer seus próprios problemas e ter a humildade de acolher soluções.
Afinal, se o sujeito reclama, reclama e reclama, mas fica irritado quando outra pessoa adota uma solução, então isso é um caso para o queixoso ir a um psiquiatra.
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