Hoje os protestos estudantis deram seu recado.
O governo Jair Bolsonaro agora enfrenta sua pior crise.
Nos últimos tempos, tivemos a "saia justa" com Sérgio Moro, cotado para ir ao STF para evitar concorrer à Presidência da República.
Dois dos três filhos de Jair, Carlos e Flávio, andam encrencados.
Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo, está com a moral baixa nas redes sociais, e, como todo valentão da Internet, sempre chega um dia em que ele vira a caça.
Ele pensa agora em sair do Rio de Janeiro e viver em Florianópolis, onde é sócio de escolas de tiros.
Flávio, por sua vez, teve seu sigilo quebrado junto a Fabrício Queiroz, ex-policial amigo da família Bolsonaro.
Flávio Bolsonaro está sendo acusado de envolvimento com organização criminosa, no gabinete que ele tinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, pensa em armas nucleares, mas pelo jeito não consegue bombar na presidência estadual do PSL, em São Paulo, na qual não realizou um trabalho sequer.
O nervosismo tomou conta do governo Bolsonaro.
O presidente, tomado de arrogância, chamou os manifestantes de "idiotas inúteis" e "massas de manobra":
"Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada.
São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil", disse o "mítico" presidente.
Lembrou aquela declaração de Fernando Collor, em 1992, falando que tinha "aquilo roxo".
Guilherme Boulos, presente no protesto de São Paulo, é que disse que Jair Bolsonaro era um "idiota inútil", que nada fez de realmente produtivo em sua carreira de deputado federal.
No debate feito na Câmara dos Deputados, sobre a proposta de cortar verbas para a Educação, o nervoso ministro Abraham Weintraub tentou acusar Dilma Rousseff pela crise educacional e usou como desculpa a priorização da educação privada diante da pública:
"O orçamento atual foi feito pelo governo eleito Dilma Rousseff e Michel Temer, que era vice. Nós não votamos neles. Não somos responsáveis pelo desastre da educação brasileira. O sonho das pessoas é colocar os fihos na educação privada, não na pública", disse.
A desafeta de Bolsonaro, deputada federal Maria do Rosário, desmentiu Weintraub, dizendo que o sonho dos brasileiros é a educação pública e gratuita.
Os protestos estudantis foram um grande sucesso.
No Rio de Janeiro, infiltrados de extrema-direita até tentaram estragar a festa, provocando baderna e incendiando um ônibus. Mas a festa já havia terminado.
As manifestações só estão começando e no próximo dia 30 haverá novos protestos.
A situação vai ficar grave para o governo Bolsonaro, que nada fez para promover o crescimento para o Brasil.
O "verão reacionário" de 2016-2018 pode estar longe de terminar, mas pelo menos sua vertente mais radical parece desagradar até muita gente que havia sido conservadora de carteirinha.
15 de maio de 2019 foi um dia daqueles. E vamos torcer para que a pressão aumente até o bolsonarismo sair do poder, com toda a turma.
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