Coisas estranhas estão acontecendo neste Brasil.
Uma atriz que foi ídolo infanto-juvenil, ex-mulher de um cantor popularesco, rendeu matéria para um portal de notícias de baixa expressão.
Essa matéria a definiu como "solteira feliz", cujo perfil nas redes sociais "encanta" seus seguidores, admirados com a beleza da moça, que se aproxima da casa dos 40 anos, apesar da cara de menina.
O problema é o conteúdo do canal dela, algo que pode fazer algum prevenido decretar estado de calamidade pública.
Arremedos de ativismo social, pedantismo intelectual e muito, muito esoterismo, incluindo uma conversa gravada ao vivo - a chamada live - com um cineasta e escritor que se promove às custas da patética "profecia da data-limite" do traiçoeiro e farsante "médium de peruca".
De repente ela e outras atrizes, se reputação similar e até com beleza indiscutivelmente atraente, passaram a viver de celibato depois que emprestam suas imagens aos tais "médiuns espíritas", seja publicando mensagens, interagindo com os outros ou fazendo filmes religiosos do gênero.
E isso é muito, muito estranho. Um fenômeno existente nos últimos cinco anos, a das celibatárias "espiritualizadas".
Quando haviam as tais mulheres-objetos, ainda fazia sentido algum celibato, sobretudo porque elas, envolvidas na objetificação dos seus corpos, precisam faturar explorando o (ausente) imaginário dos machões, oferecendo uma "fantasia sexual" já pronta, nas redes sociais.
Só que, hoje, num contexto em que até paniquetes já estão se casando e formando família e as ex-BBBs desistiram da fórmula do "namoro de dois dias e casamento de três meses", se comprometendo por mais tempo com seus namorados ou maridos, as 'solteironas astrais" são uma aberração.
Não há contexto ou motivo para elas "serem felizes consigo mesmas", quando nos seus meios sociais convivem com amigas casadas e se expõem a pretendentes influentes.
Elas ficam "felizes" quando "seguram vela" para suas amigas? Algumas atrizes fazem par romântico com atores, no seu meio profissional há diretores divorciados, e nada acontece?
Que "solteironas" são essas? Novas noviças, celibatárias pós-modernas do tal Espiritismo, que é o Catolicismo medieval de botox?
Noviças pós-modernas que fazem topless na praia, posam para fotos sensuais, vestem camiseta do Nirvana, jogam frescobol ou vôlei de praia e ficam analisando o poder de pedrinhas místicas?
Fico comparando a Andressa Urach com a tal atriz que foi ídolo mirim e que parece ter surtado nas redes sociais, tendo postado, certa vez, uma mensagem truncada e inútil sobre o "eu interior"?
A Andressa Urach foi vice-Miss Bumbum, depois evangélica bolsonarista, e recentemente surtou quando quis voltar ao Miss Bumbum, desta vez como divulgadora.
Mas seu marido, mesmo num contexto mais conservador, teve firmeza e dedicação para botá-la nos eixos. Há poucos dias, ela tornou-se mãe novamente, pois já tem um filho crescido de uma relação anterior.
Talvez a atriz que foi ídolo mirim esteja precisando de se casar com um diretor de canais humorísticos, e formar família com ele.
Fica tão estranho esse celibato que se desconfia que elas sejam pagas pela tal religião "espírita" para atraírem rapazes losers com a solteirice delas, engrossando o número de fiéis da seita.
Num contexto em que vemos mulheres famosas se casando uma atrás da outra, como atrizes, modelos, cantoras e jornalistas, é muito estranho esse celibato, pois não há contexto que permita isso.
Não deve ser a tal "liberdade", num país em que esta palavra já foi usada para pedir a ditadura militar.
Até porque ninguém fica "feliz consigo mesma" ao "segurar velas" enquanto suas amigas mais próximas são casadas e têm filhos. Tem coisa estranha aí por trás desse "celibato astral".
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