Que bom se achar a "classe mais legal do mundo". Maravilhoso, para essas pessoas, alguém ter muito dinheiro, ter carro do ano e um depósito volumoso no banco, mas mesmo assim posar de pobre só porque conversa sobre futebol com os amigos e caminha de chinelos nos centros históricos das capitais, sendo turista do próprio meio em que vive. É muito legal não sair de casa e, ainda assim, julgar a realidade não da forma como ela realmente é, mas da forma como essa classe privilegiada gostaria que fosse. Se sentir ofendido quando o outro diz que relatórios não refletem necessariamente a realidade vivida. Ou, por outro lado, acreditar que duas mil pessoas podem representar com fidelidade o pensamento de duzentos milhões. Ter muito dinheiro, poder comprar os carros mais atraentes, frequentar lugares mais descolados, ter sorte para passar em concursos públicos ou ganhar em loterias sem ter necessidade real para isso e, ainda assim, gastar dinheiro com supérfluos ou acumular dinheiro só...