Enquanto o presidente Lula, para abafar sua crise política, tenta posar de "líder mundial" discursando na ONU e comandando um "movimento pela democracia" (democracia que o próprio Lula sabotou na campanha presidencial de 2022, pois ele não admitia outros concorrentes para combater o bolsonarismo), carregado de muita pieguice de causar enjoo, o Brasil, rebaixado a um parque de diversões e a um reality show da vida real, mostra três personalidades metidas em encrencas.
Deolane Bezerra, a advogada transformada em subcelebridade que é viúva de um funqueiro paulista (mas que faleceu, por acidente, no Rio de Janeiro), saiu da prisão mas está sob investigação sob acusações de envolvimento com jogos ilegais e até de supostas ligações com o PCC.
O mesmo PCC também é suspeito de ser um dos elos de ligação do candidato à Prefeitura de São Paulo, o empresário e influenciador Pablo Marçal, que mais uma vez está relacionado a uma nova encrenca, após ter levado uma cadeirada do rival José Luiz Datena, depois de uma briga.
Desta vez, no debate do canal de influenciadores Flow, foi um assessor de Marçal que agrediu com um soco um assessor do prefeito Ricardo Nunes, que busca permanecer no cargo (é sua primeira campanha, pois a gestão anterior foi como vice que sucedeu o titular Bruno Covas, falecido por câncer).
E agora vemos o cantor Gusttavo Lima, um dos pioneiros do "sertanejo universitário" (sic) que, além de ter se revelado um apoiador de Jair Bolsonaro, é acusado de enriquecimento abusivo e também envolvimento no mercado dos chamados bets, os sítios de apostas na Internet que, juntamente com o Jogo do Tigrinho (Fortune Tiger, no original), estão arrancando dinheiro e levando à falência muitos internautas ingênuos.
Isso tudo é o preço que se paga quando se gourmetiza a mediocridade cultural, cultuando subcelebridades, influenciadores e ídolos musicais popularescos. Acreditamos na tal choradeira intelectual do "combate ao preconceito", na fantasia de ver "gente simples" se ascendendo fácil na vida e ainda contraímos a visão preconceituosa de associar a simplicidade humana ao erro e às baixarias, sob o rótulo um tanto tendencioso de "gente como a gente".
Enquanto isso, os empresários da mídia e do entretenimento se enriquecem de maneira exorbitante e o Brasil se torna degradante de tal forma que as pessoas têm vergonha de conhecer a verdade, preferindo apreciar piadas sem graça sobre situações pessoais, que só essas pessoas acham engraçadas. E a fobia ao senso crítico torna-se uma doença que deveria levar muita gente boa para tratamentos psiquiátricos, se o Brasil fosse um país menos ingênuo.
Enquanto isso, Lula busca a promoção pessoal, achando que ser personagem histórico é igual a competir numa gincana escolar. Como Lula não está conseguindo resolver os problemas brasileiros, com um quadro que vai da carestia dos preços à devastação ambiental, ele precisa aparecer no exterior como um pretenso herói, para ver se obtém, de fora, uma projeção que não consegue obter ficando no Brasil.
O maior erro de Lula é querer sonhar demais enquanto o Brasil vive um grande pesadelo.
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