RÁDIO BAIANO TROCOU OS LUGARES DE ADRIANA QUADROS E THIAGO MASTRIOIANI.
Quando começa-se a discutir o estilo de locução das chamadas "rádios rock" - a Rádio Cidade, no Rio de Janeiro, e a 89 FM, em São Paulo, usam e abusam do estilo "colorido" dos locutores animadinhos - , há 25 anos atrás o rádio baiano teve seus exemplos constrangedores.
Em Salvador, houve a rádio 96 FM (sua razão social é Rádio Aratu Ltda.), que entre 1989 e 1993 assumiu uma desastrada e despreparada experiência como "rádio rock", sem adotar as caraterísticas necessárias e adotando deslizes diversos na abordagem do gênero.
A rádio tinha estilo de locução parecido com o das rádios que tocavam axé-music, e estranhamente tinha programas de pop dançante, de música romântica e até oração de Ave-Maria, algo que não cabe bem em rádio de rock, até porque roqueiro quando quer ser religioso vai para a igreja de sua preferência.
Um dado que chamava a atenção no rádio baiano em 1990 é que dois locutores estavam praticamente em lugares trocados, e hoje são figuras conhecidas regionalmente na televisão em Salvador, a jornalista e apresentadora Adriana Quadros e o apresentador esportivo Thiago Mastroiani.
Adriana Quadros tem um estilo de locução próprio para rádios de rock, que dava a impressão de que ela teria feito algum teste para entrar na Rádio Fluminense FM e não passou por excesso de demanda. Mas ela, nos anos 90, trabalhava na emissora de brega-popularesco Itapoan FM (hoje uma rádio de aluguel para donos de blocos e para os "cartolas" do Esporte Clube Bahia).
Thiago Mastroiani era o principal astro da 96 FM. Ele chegava mesmo a co-apresentar programas de surf ou de rock alternativo, que não eram a sua praia, com aquele estilo de locutor pop que destoa do mais básico perfil de rádio de rock. Ele chegava mesmo a dar pitacos, dando a falsa impressão que entendia do assunto.
Os lugares eram trocados, porque o estilo animadinho de Thiago tinha muito mais a ver com a Itapoan FM, e Adriana Quadros, com seu estilo sóbrio e sua dicção simples e direta, cairia melhor numa rádio com proposta de assumir o segmento rock.
Só que nessa época o rádio baiano era tomado da mais explícita politicagem - ela continua forte, mas está mais sutil, apesar do poderio dos barões midiáticos Mário Kertèsz e o "ruralista" Marcos Medrado - e não havia preocupação de adaptar formatos para favorecer a audiência. Até porque Ibope, no rádio baiano, é na base do "pagou, levou", havendo até ouvintes de aluguel em portarias de prédios, botequins, táxis, lojas em shoppings e outros estabelecimentos.
Hoje Adriana Quadros e Thiago Mastroniani são figuras televisivas, e Thiago encontrou sua verdadeira "praia", o noticiário esportivo, estando há vários anos na TV Bahia, sendo até narrador esportivo (é dele o bordão "Tá...na rede!!!").
Todavia, o episódio dos lugares trocados é uma lição para os cariocas e paulistas que ainda não sabem o que é mesmo uma locução de rádio de rock, e aceita confortavelmente a locução poperó que domina quase toda a programação diária das "rádios rock", Depois querem falar mal dos músicos emo, sem ver o astral "colorido" das "matinês eletrônicas" dos "perdidos" e "balacobacos".
Quando começa-se a discutir o estilo de locução das chamadas "rádios rock" - a Rádio Cidade, no Rio de Janeiro, e a 89 FM, em São Paulo, usam e abusam do estilo "colorido" dos locutores animadinhos - , há 25 anos atrás o rádio baiano teve seus exemplos constrangedores.
Em Salvador, houve a rádio 96 FM (sua razão social é Rádio Aratu Ltda.), que entre 1989 e 1993 assumiu uma desastrada e despreparada experiência como "rádio rock", sem adotar as caraterísticas necessárias e adotando deslizes diversos na abordagem do gênero.
A rádio tinha estilo de locução parecido com o das rádios que tocavam axé-music, e estranhamente tinha programas de pop dançante, de música romântica e até oração de Ave-Maria, algo que não cabe bem em rádio de rock, até porque roqueiro quando quer ser religioso vai para a igreja de sua preferência.
Um dado que chamava a atenção no rádio baiano em 1990 é que dois locutores estavam praticamente em lugares trocados, e hoje são figuras conhecidas regionalmente na televisão em Salvador, a jornalista e apresentadora Adriana Quadros e o apresentador esportivo Thiago Mastroiani.
Adriana Quadros tem um estilo de locução próprio para rádios de rock, que dava a impressão de que ela teria feito algum teste para entrar na Rádio Fluminense FM e não passou por excesso de demanda. Mas ela, nos anos 90, trabalhava na emissora de brega-popularesco Itapoan FM (hoje uma rádio de aluguel para donos de blocos e para os "cartolas" do Esporte Clube Bahia).
Thiago Mastroiani era o principal astro da 96 FM. Ele chegava mesmo a co-apresentar programas de surf ou de rock alternativo, que não eram a sua praia, com aquele estilo de locutor pop que destoa do mais básico perfil de rádio de rock. Ele chegava mesmo a dar pitacos, dando a falsa impressão que entendia do assunto.
Os lugares eram trocados, porque o estilo animadinho de Thiago tinha muito mais a ver com a Itapoan FM, e Adriana Quadros, com seu estilo sóbrio e sua dicção simples e direta, cairia melhor numa rádio com proposta de assumir o segmento rock.
Só que nessa época o rádio baiano era tomado da mais explícita politicagem - ela continua forte, mas está mais sutil, apesar do poderio dos barões midiáticos Mário Kertèsz e o "ruralista" Marcos Medrado - e não havia preocupação de adaptar formatos para favorecer a audiência. Até porque Ibope, no rádio baiano, é na base do "pagou, levou", havendo até ouvintes de aluguel em portarias de prédios, botequins, táxis, lojas em shoppings e outros estabelecimentos.
Hoje Adriana Quadros e Thiago Mastroniani são figuras televisivas, e Thiago encontrou sua verdadeira "praia", o noticiário esportivo, estando há vários anos na TV Bahia, sendo até narrador esportivo (é dele o bordão "Tá...na rede!!!").
Todavia, o episódio dos lugares trocados é uma lição para os cariocas e paulistas que ainda não sabem o que é mesmo uma locução de rádio de rock, e aceita confortavelmente a locução poperó que domina quase toda a programação diária das "rádios rock", Depois querem falar mal dos músicos emo, sem ver o astral "colorido" das "matinês eletrônicas" dos "perdidos" e "balacobacos".
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