Qual foi a grande música da MPB autêntica de 2014? Nenhuma. Não adianta relativizar e dizer que teve "Lepo-Lepo", "Beijinho no Ombro", porque isso não é MPB, A MPB de verdade não se define por plateias lotadas e outros artifícios, se ela nada acrescenta de relevante ao patrimônio musical brasileiro, ela não é MPB. Chorem, intelectuais "bacanas"!
Infelizmente, a MPB autêntica de repente parou. O que se viu foram as apresentações ao vivo de medalhões ou tributos intermináveis a diversos projetos de música brasileira, seja estilos ou artistas específicos. A MPB se atolou na autorreverência.
Claro que essa queixa vem desde muito tempo. A crise da MPB vem mais ou menos de uns 35 anos para cá. MPB reduzida a evento de gala, a colunismo social a céu aberto, a um imenso camarote vip e um mero desfile dos mesmos sucessos de sempre, em boa parte músicas excelentes, mas cuja repetição acaba tornando-as muito cansativas.
Por exemplo, "Garota de Ipanema". A canção é belíssima, mas ninguém aguenta mais. A banalização da música a tirou do contexto original, tanto quanto o bairro carioca que, dias atrás, sofreu um arrastão que assustou muitos banhistas.
É tanta regravação que a aura original se perde, O prazer de sentir as melodias originais é comprometido, não porque a música passa por "diversas mãos" em si, mas porque o elenco de intérpretes é irregular e, claro, canastrões do neo-brega da safra 1990, que metem o nariz na MPB onde não são chamados, estragam a reputação da música.
O público mais jovem já não é muito interessado por MPB. Pelo menos o público que predomina nas mídias sociais, pois não se fala dos bons samaritanos que não são marionetes da mídia. Mesmo assim, a MPB autêntica deveria ter um pouco mais de força de vontade e lançar material inédito, em vez de se perder em eternas autorreverências.
A MPB não deveria compactuar com o brega-popularesco. Deveria mostrar que existe um caminho viável fora da canastrice, da cafonice e do comercialismo. A MPB não precisa se autorreverenciar, precisa, sim, se autovalorizar e mostrar ao grande público um acervo musical de qualidade, mas sem tributos excessivos, e sempre renovando com músicas e artistas realmente renovadores.
Infelizmente, a MPB autêntica de repente parou. O que se viu foram as apresentações ao vivo de medalhões ou tributos intermináveis a diversos projetos de música brasileira, seja estilos ou artistas específicos. A MPB se atolou na autorreverência.
Claro que essa queixa vem desde muito tempo. A crise da MPB vem mais ou menos de uns 35 anos para cá. MPB reduzida a evento de gala, a colunismo social a céu aberto, a um imenso camarote vip e um mero desfile dos mesmos sucessos de sempre, em boa parte músicas excelentes, mas cuja repetição acaba tornando-as muito cansativas.
Por exemplo, "Garota de Ipanema". A canção é belíssima, mas ninguém aguenta mais. A banalização da música a tirou do contexto original, tanto quanto o bairro carioca que, dias atrás, sofreu um arrastão que assustou muitos banhistas.
É tanta regravação que a aura original se perde, O prazer de sentir as melodias originais é comprometido, não porque a música passa por "diversas mãos" em si, mas porque o elenco de intérpretes é irregular e, claro, canastrões do neo-brega da safra 1990, que metem o nariz na MPB onde não são chamados, estragam a reputação da música.
O público mais jovem já não é muito interessado por MPB. Pelo menos o público que predomina nas mídias sociais, pois não se fala dos bons samaritanos que não são marionetes da mídia. Mesmo assim, a MPB autêntica deveria ter um pouco mais de força de vontade e lançar material inédito, em vez de se perder em eternas autorreverências.
A MPB não deveria compactuar com o brega-popularesco. Deveria mostrar que existe um caminho viável fora da canastrice, da cafonice e do comercialismo. A MPB não precisa se autorreverenciar, precisa, sim, se autovalorizar e mostrar ao grande público um acervo musical de qualidade, mas sem tributos excessivos, e sempre renovando com músicas e artistas realmente renovadores.
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