Pular para o conteúdo principal

DUAS MEDIDAS DOLOROSAS, MAS EFICAZES, PARA PREVENIR VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

 BARES SÃO REDUTOS DE HOMENS MACHISTAS E GROSSEIROS.

A nossa sociedade, hipermidiatizada e hipermercantilizada, não percebe a realidade em que vive. Acha que tudo é natural como o ar que respiramos, que tudo flui conforme a vontade de cada pessoa, a ponto de ignorar sutilezas como o fato de que tatuagem quem faz não é a pessoa que pede para ser tatuada mas outro indivíduo, e a maior parte da filantropia não é o filantropo que faz, mas os seus devotos. Da mesma forma que, quando uma mulher-objeto posa "sensual demais" na Internet, ela não se mostra para si mesma, mas para outros internautas.

A sociedade brasileira de hoje é idiotizada de tal maneira que, neste Dr. Jekyll e Mr. Hyde polarizado do nosso país, apenas o Mr. Hyde está sendo, em tese, eliminado. A maioria dos brasileiros acredita que basta o Brasil manter a essência dos valores da Era Geisel, exterminando apenas alguns aspectos negativos, ligados à violência e a raiva formais, para alcançar o Paraíso, conquistar o Primeiro Mundo e se tornar a nação mais poderosa do planeta.

Esse maniqueísmo entre raiva e alegria se torna uma grande pegadinha nas pessoas. E o raciocínio binário e algorítmico da maioria dos brasileiros faz com que o inferno bolsonarista, terminando, trará a imediata entrada no Paraíso com Lula. E isso faz com que a sociedade se engane no que se refere a problemas graves como o feminicídio, que atingiu níveis recordes este ano.

Crime comparável, de certa forma, ao extermínio de bebês na narrativa bíblica do rei Herodes, no sentido de que, exterminando centenas de mulheres, elimina-se mães em potencial, o feminicídio é uma prática socialmente aceita no Brasil, embora seja considerado um crime e, desde 2015, um crime hediondo, o qual não cabe mais a famigerada liberdade condicional dos homens que mataram as próprias mulheres e depois roubaram as mulheres dos outros. Tanto é uma prática aceita que ela ocorre muito em várias partes do nosso país, apesar de ser considerado um mal.

E isso é tão certo que os feminicidas acreditam numa "brodagem" masculina, como se os homens fossem todos amigos deles, exceto os familiares e amigos da vítima. Numa sociedade midiatizada, os machistas sanguinários acham que até homens solitários e de perfil mais frágil dariam ótimos camaradas, pois "todo homem é amigo". Só que eu, sinceramente, fico profundamente irritado com os feminicídios e furioso com os feminicidas.

E os feminicídios acontecem por conta de um machismo estrutural que precisa ser desmontado. Um machismo estrutural que se torna cruel quando impõe, à mulher emancipada, optar entre o macho e o machismo, condicionando a vida da mulher emancipada ao casamento e liberando as mulheres-objetos de viverem sob a sombra de um marido ou um namorado.

Só que há dois aspectos que influem muito na ocorrência de feminicídios e que deveriam ser eliminados de vez: um é a obrigatoriedade do homem de ter uma mulher e outro, o de consagrar os bares, boates e casas noturnas em geral como ambientes ideais para paqueras e namoros.

Isso pode soar muito desagradável para muita gente. É a negação de um aparente prazer humano, em  ambos os casos. O machista - que na Antiguidade clássica era gay, pois o machista só se tornou hetero a partir do Catolicismo medieval e patriarcalista - se acostumou, quase pelo piloto automático, a desejar uma mulher e muita gente se acostumou com a vida noturna como um hábito para arrumar pares para uma vida amorosa.

Paciência. São zonas de conforto que precisam ser interditadas de vez. Devemos ver que, por trás de tudo isso, há realidades problemáticas, prejuízos que podem não ser, em tese, inerentes ao fato de homens desejar mulheres ou de alguém ir a uma casa noturna para se divertir, mas no contexto brasileiro são muitíssimo influentes, sim.

No caso da obrigatoriedade dos homens terem mulheres, reforçado pelo sentimento de solteirofobia que acende a fúria dos "tribunais de Internet" em todo o Brasil, vamos parar para pensar. Num país em que se acredita que o melhor é casais não terem afinidade, os homens dificilmente conquistam as mulheres de sua afinidade e desejo. Tendem a conquistar mulheres com profundas divergências com eles.

Os machos mais violentos e atormentados, insensíveis a ponto de não amarem as mulheres que "aparecem no caminho", tentam idealizar essas mulheres. Esses homens produzem, nas mentes deles, imagens idealizadas de suas namoradas ou esposas, e lutam para que as mulheres de sua realidade, que eles odeiam, correspondem às fantasias desses homens.

Como isso não ocorre, vêm as brigas e os conflitos, as relações se dissolvem ou já terminam pela violência física ou, no caso extremo, em feminicídio. Os motivos vão desde desavenças pessoais sérias até o sentimento possessivo em que o macho obriga a fêmea a se submeter à personagem criada pela imaginação pessoal do macho, que no caso do feminicídio ele não suporta ver a ex-parceira "existindo" e a elimina.

Tudo isso é conhecido mas tem o dado que pouca gente percebe, dentro desse esquema "o médico e o monstro" que regula a sociedade brasileira em sua quase totalidade. O feminicida não é um sujeito que conquistou a mulher que matou por fúria ou ameaças. No início das relações, tudo parece um mar de rosas. O feminicida de hoje foi o divertido e habilidoso conquistador de outrora, um rapaz simpático e bem humorado, que prometia ser o protetor e provedor da mulher conquistada.

A sociedade, por puro preconceito, discrimina o inocente solteiro incurável, rotulado de "InCel" e tratado como se fosse um terrorista, construindo, com a lógica de um algoritmo, um estereótipo baseado numa interpretação confusa e precipitada dos terroristas estudantes como em Columbine, Colorado, EUA, na famosa tragédia escolar de 1999 que fez o termo bullying ser consagrado, mas até agora sem termo equivalente em português no Brasil (eu proponho "valentonismo").

Ou seja, "violento" é o rapaz pacato incapaz de conquistar uma mulher e que, ainda adulto, vive na casa dos pais, e "não gosta das coisas boas da vida" ao escolher, nos fins de semana e feriados, ficar em casa jogando Paciência no computador e comer biscoitos com bebida láctea. De forma lamentável, até mesmo as esquerdas têm essa visão preconceituosa do rapaz pacato visto como "terrorista", vendo de maneira confusa narrativas como as do filme Laranja Mecânica (Clockwork Orange), filme de 1971 de Stanley Kubrick.

Já o machista violento é, muitas vezes, o "piadista da boate", o rapagão "divertido" e "simpático", bom de papo, bom de conquista. Até ele se transformar no feminicida rancoroso e brutal ele segue um caminho gradual, mas de início ele é aquele sujeito alegre e calmo, que dá bom dia para as pessoas, que conversa coisas animadas e é muitíssimo sociável.

Este tipo de homem também tem a influência de um sistema de valores medieval, persistente no Brasil de hoje, em pleno século XXI. No Brasil que finge ser moderno mas é um dos países mais atrasados e conservadores do mundo - mesmo sob o contexto de um governo Lula, inclinado ao "conservadorismo do bem" - , o homem é forçado a ter uma vida amorosa. Homens solitários são discriminados, ridicularizados e ofendidos, vítimas de uma solteirofobia despejada sob risos sarcásticos.

Já no caso dos bares, eles não são socialmente ambientes confiáveis. E a burrice de muitos brasileiros faz com que se interprete bares, boates e similares como ambientes de amizade sincera e amor fraternal pleno, quando se sabe que isso não é verdade. Esses ambientes são socialmente tóxicos, regados ao álcool, que altera as mentes das pessoas e corrompe o senso cognitivo, se não totalmente, pelo menos em parte importante.

Essa burrice não consegue perceber que, se os ambientes desses bares são "amistosos", "amáveis" e "fraternais", não é porque a gente estranha ali presente é dotada de tais virtudes. Na vida noturna, as pessoas que mais se dão bem já têm um convívio prévio nos ambientes familiares, profissionais e estudantis.

Mas como interesses comerciais estão em jogo, donos desses estabelecimentos do divertimento noturno precisam mentir para atrair mais demanda. Daí que, aliados à mídia corporativa, precisam vender bares, boates, clubes noturnos etc como "paraísos fraternais", com base na ideia de que "à noite, todos os gatos são pardos". Ou seja, "à noite, todos os estranhos são 'irmãos'".

Isso faz com que as mulheres levem gato por lebre, e iludidas por homens de papo habilidoso e um notável senso de humor, acabam levando para casa inimigos mortais, enganadas por uma situação temporária de alegria plena e muita simpatia. 

Já se fala no fenômeno da "empatia sombria", daquele indivíduo sinistro e perverso que, momentaneamente, se passa por alguém muito simpático, sociável e alegre, que só muito tardiamente revela seu lado negativo e extremamente perigoso da personalidade.

Por isso mesmo, se a violência contra a mulher deve ser prevenida, diminuindo o número de ocorrências e poupando a vida do maior número de mulheres possível, duas coisas bastante dolorosas e desagradáveis, porém necessárias, deveriam ser feitas.

Uma, banir os bares, boates e similares como redutos de paqueras. Há outros lugares, como bibliotecas e supermercados, e outros horários, como o diurno, ainda que somente em fins de semana. E, outra, é desobrigar o homem a querer ter uma mulher. O homem só pode ter uma mulher se realmente quer e está preparado para conviver com uma. Se não está e prefere ficar solitário, ele deveria ser respeitado por essa escolha. Temos que mudar esses valores sociais, antes que algo terrível aconteça, coisa que até mesmo os idiotas da Internet estarão sujeitos a sofrer.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

FOMOS TAPEADOS!!!!

Durante cerca de duas décadas, fomos bombardeados pelo discurso do tal "combate ao preconceito", cujo repertório intelectual já foi separado no volume Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , para o pessoal conhecer pagando menos pelo livro. Essa retórica chorosa, que alternava entre o vitimismo e a arrogância de uma elite de intelectuais "bacanas", criou uma narrativa em que os fenômenos popularescos, em boa parte montados pela ditadura militar, eram a "verdadeira cultura popular". Vieram declarações de profunda falsidade, mas com um apelo de convencimento perigosamente eficaz: termos como "MPB com P maiúsculo", "cultura das periferias", "expressão cultural do povo pobre", "expressão da dor e dos desejos da população pobre", "a cultura popular sem corantes ou aromatizantes" vieram para convencer a opinião pública de que o caminho da cultura popular era através da bregalização, partindo d

ALEGRIA TÓXICA DO É O TCHAN É CONSTRANGEDORA

O saudoso Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC - UNE), era um dos críticos da deterioração da cultura popular nos últimos tempos. Ele acompanhava a lucidez de tanta gente, como Ruy Castro e o também saudoso Mauro Dias que falava do "massacre cultural" da música popularesca. Grandes tempos e últimos em que se destacava um pensamento crítico que, infelizmente, foi deixado para trás por uma geração de intelectuais tucanos que, usando a desculpa do "combate ao preconceito" para defender a deterioração da cultura popular.  O pretenso motivo era promover um "reconhecimento de grande valor" dos sucessos popularescos, com todo aquele papo furado de representar o "espírito de uma época" e "expressar desejos, hábitos e crenças de um povo". Para defender a música popularesca, no fundo visando interesses empresariais e políticos em jogo, vale até apelar para a fal

PUBLICADO 'ESSA ELITE SEM PRECONCEITOS (MAS MUITO PRECONCEITUOSA)'

Está disponível na Amazon o livro Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , uma espécie de "versão de bolso" do livro Esses Intelectuais Pertinentes... , na verdade quase isso. Sem substituir o livro de cerca  de 300 páginas e análises aprofundadas sobre a cultura popularesca e outros problemas envolvendo a cultura do povo pobre, este livro reúne os capítulos dedicados à intelectualidade pró-brega e textos escritos após o fechamento deste livro. Portanto, os dois livros têm suas importâncias específicas, um não substitui o outro, podendo um deles ser uma opção de menor custo, por ter 134 páginas, que é o caso da obra aqui divulgada. É uma forma do público conhecer os intelectuais que se engajaram na degradação cultural brasileira, com um etnocentrismo mal disfarçado de intelectuais burgueses que se proclamavam "desprovidos de qualquer tipo de preconceito". Por trás dessa visão "sem preconceitos", sempre houve na verdade preconceitos de cl

LULA, O MAIOR PELEGO BRASILEIRO

  POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989. A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político. O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular. Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lul

MAIS DECEPÇÃO DO GOVERNO LULA

Governo Lula continua decepcionando. Três casos mostram isso e se tratam de fatos, não mentiras plantadas por bolsonaristas ou lavajatistas. E algo bastante vergonhoso, porque se trata de frustrações dos movimentos sociais com a indiferença do Governo Federal às suas necessidades e reivindicações. Além de ter havido um quarto caso, o dos protestos de professores contra os cortes de verbas para a Educação, descrito aqui em postagem anterior, o governo Lula enfrenta protestos dos movimentos indígenas, da comunidade científica e dos trabalhadores sem terra, lembrando que o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) já manifestou insatisfação com o governo e afirmou que iria protestar contra ele. O presidente Lula, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinou, no último dia 18, a demarcação de apenas duas terras para se destinarem a ser reservas indígenas, quando era prometido um total de seis. Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT) foram beneficiadas pelo document

O ETARISTA E NADA DEMOCRÁTICO MERCADO DE TRABALHO

É RUIM O MERCADO DISCRIMINAR POR ETARISMO, AINDA MAIS QUANDO O BRASIL HOJE É GOVERNADO POR UM IDOSO. O mercado de trabalho, vamos combinar, é marcado pela estupidez, como se vê na equação maluca de combinar pouca idade e longa experiência, quando se exige experiência comprovada em carteira assinada até para coisas simples como fazer cafezinho. O drama também ocorre quando recrutadores de "oficinas de ideias" não conseguem discernir reportagem de stand up comedy  e contratam comediantes para cargos de Comunicação, enganados pelas lorotas contadas por esses humoristas sobre uma hipotética carreira jornalística, longa demais para suas idades e produtiva demais para permitir uma carreira paralela ou simultânea a gente que, com carreira na comédia, precisa criar e ensaiar esquetes de piadas. Também vemos, nos concursos públicos, questões truncadas e prolixas - que, muitas vezes mal elaboradas, nem as bancas organizadoras conseguem entender - , em provas com gabaritos com margem de